20071029

Informação pedófila

Ouvi há pouco na SIC, no meio do noticiário - sem grande destaque, portanto -, a informação de que nove franceses de uma "organização humanitária" e oito espanhóis - tripulação de uma companhia de aviação - foram presos no Chade quando se preparavam para embarcar uma centena de crianças com destino a França, naquilo que as autoridades locais afirmam ser uma operação para "vender as crianças a redes de pedofilia ou de tráfico de órgãos"". Estranhei o facto desta notícia não ter sido uma das primeiras do telejornal - afinal, este é o país da Casa Pia e do desaparecimento de Madeleine -, pelo que fui fazer uma busca e rapidamente descobri aquilo que a SIC não disse: "Entre os franceses detidos, contam-se três jornalistas Marie-Agnès Peleran, do canal público de televisão 'France-3'; Marc Garmirian, repórter da agência 'Capa'; e Jean-Daniel Guillou, da organização de fotógrafos 'Synchro-X'".
Este é um caso que está a agitar a opinião pública em França: "'Reporters Sans Frontières' (RSF) a demandé dimanche la libération des deux journalistes français 'venus couvrir les activités de l'association 'L'Arche de Zoé'".
Não digo que não haja jornalistas pedófilos - e acredito que detidos do Chade podem estar inocentes -, mas também não havia necessidade da SIC ser tão corporativista na protecção aos mesmos. Assim, até parece que por cá também protegem alguns camaradas de profissão...

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20071025

Fiesta!



"Se acabaron los toros!".

"- Ahora, Juan, ya sólo te queda morir en la plaza.
- Se hará lo que se pueda, don Ramón, se hará lo que se pueda"
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P.S. O concurso SMS já não está em vigor, mas o primeiro leitor a mandar-me um e-mail para este blogue com a resposta correcta à mesma pergunta eu ofereço-lhe um exemplar do meu próximo livro...

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20071021

Ora escute lá esta...

... se há mesmo alguém que anda a escutar um dos telefones do senhor Procurador-Geral da República sem autorização para tal e, se em Portugal todos os que poderiam ter os meios para o escutar respeitam escrupulosamente a lei, então uma explicação lógica e racional para os "barulhos esquisitos" que ele diz ouvir deve-se a escutas feitas por entidades estrangeiras. Também pode ser um problema de qualidade do aparelho, pelo que há muito o devia ter substituído em vez de andar a dizer ao jornalistas estas declarações sensacionalistas...

P.S. Quem faz escutas de modo profissional tem muito cuidado para que ninguém ouça "barulhos esquisitos". Eu, por exemplo, desconfio que o meu telemóvel esteja sob escuta porque as minhas comunicações são sempre claras e sem interferências, percebem?

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20071020

Quando ele ainda fazia perguntas

Quero aqui esclarecer, mais uma vez, que nada de pessoal me move contra o sr. Tavares. Aliás, devo dizer que foi graças ao exemplo dele que decidi entrar no jornalismo. Era um jornalista frontal, directo, acutilante, informado, educado e com cultura. E fazia perguntas que poucos ousavam fazer...



Agora, o sr. Tavares já não faz as mesmas perguntas...



Para isso, tem de ser aqui o Frederico Duarte Carvalho - sem metade dos amigos importantes do senhor Tavares - a dizer aquilo que, afinal, o sr. Tavares sabe mas nunca nos disse...

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Subtilmente

A leitura da sentença do processo da RTP contra o barricado Manuel Subtil está marcada para o fim do próximo mês. A RTP queixa-se dos prejuízos que sofreu quando aquele, por protesto, se barricou na casa-de-banho do canal do Estado. Agora, será que a defesa de Subtil chamou a atenção para os níveis de audiência que a RTP obteve com o caso? Bem vistas as coisas, acho que Subtil, que não foi nenhum Tony Kiritsis, ainda deveria ter algum dinheiro para receber...

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O novo livro do sr. Tavares



Sinto que não posso escrever sobre o sr. Tavares (que lança no fim do mês o mais recente romance, "Rio das Flores") porque ele colocou-me um processo em tribunal por causa de um artigo que escrevi para a "Focus" sobre a questão de plágio do "Equador" e que também aborda este blogue. Por isso, aqui fica o sr. Tavares através das palavras do próprio sr. Tavares na entrevista de hoje ao "Expresso" com o título "Finalmente estou a tornar-me um escritor".

"Gostei imenso do primeiro título, que era 'Uma Vida Inteira'. Tinha-o registado e quando já estava adquirido descobrimos que o Miguel Esteves Cardoso escreveu um romance há dez anos chamado 'A Vida Inteira'".

" - Foi a todos os sítios que estão no livro?
- Não fui a Berlim, em 1936. Adorava ter ido. Faz-me lembrar uma coisa que o Chico Buarque me disse uma vez. Estava a falar-lhe do Budapeste, que achava extraordinário como alguém conseguia escrever sobre uma cidade onde nunca esteve. Disse-lhe que para escrever sobre um sítio tenho de lá ter estado. E ele respondeu assim: 'Engraçado, você esteve em África em 1900 para escrever Equador' (risos)".

"Há uma passagem no livro em que conto que na primeira noite que o Diogo dorme numa fazenda, ele está de janela aberta e vê-se um bocado de Lua, até que há um pássaro que pousa no parapeito. Isso aconteceu-me realmente. E achei fascinante estar a adormecer a ver a Lua através da janela, com um pássaro a parar e olhar para dentro do quarto como que a dizer: quem és tu"?

" - O protagonista do livro, Diogo Flores, tem também essa sua necessidade. Andámos à procura do Miguel Sousa Tavares na personagem principal.
- Se procuraram, não é nenhum elogio. Eu comecei por querer que o Diogo fosse uma personagem simpática e no fim do livro não gosto dele.
- E, portanto, não se revê nessa atitude?
- Não, não me revejo (risos). Por isso é que estava a dizer que, se o quiserem comparar comigo, não é nenhum elogio. Digamos que o Diogo é uma personagem que começou bem mas que cresceu mal ao longo da história. Se tivermos em conta que o tinha projectado para ser uma personagem simpática e atraente, acho que sim. Tudo esmiuçado, ele não é um grande caracter, como dizem os ingleses".

(Esta é sobre o Euro 2004 e concordo a 100 por cento!)
"- Mas achou que havia um aproveitamento e um sentimento demasiado nacionalista?
- Em termos colectivo, havia. Eu, que escrevo no jornal A Bola todas as semanas, como não alinhei nisso, às tantas já era anti-patriota. Porque dizia que não percebia porque de repente andávamos todos de bandeirinha à janela de casa e no carro. Era uma coisa ridícula. Amar a pátria não tem nada a ver com isso. Começa, por exemplo, por pagar os impostos. Gostava de saber quantos dos que andaram de bandeirinha pagaram os todos os seus impostos".

(Contudo, depois desta, temo o pior...)
" - Mas qual é a sua rotina de escrita?
- Só não escrevi aos fins-de-semana. Começo a escrever a seguir ao almoço e depois vai até parar. Às vezes pára às cinco da manhã. Isso significa que janto num quarto de hora e apenas vejo os telejornais, por dever de ofício. Mas escrevo devagar. Posso estar ali dez horas e escrever uma página. Pode acontecer-me o contrário, mas nunca consigo escrever mais do que 12 por dia. É o meu limite absoluto. Não consigo. Depois, quando é um livro baseado em documentação, como este, a escrita é muito mais lenta, porque tenho de tomar notas de tudo o que li. Tenho de ter essas notas ao lado do meu computador e estou constantemente a lá ir. Para datas, locais, nomes. Se for uma cena puramente romanceada, que não tenha suporte documental nenhum, é mais rápido, sobretudo se eu tiver pensado nela antes. Acredito naquela máxima do Picasso: 'Espero que quando a inspiração chegar me encontre acordado'".

"Se eu quiser vender meio milhão de exemplares amanhã, sei o que faço. Palavra que sei.
- O que é que faz?
- É fácil de imaginar. Faço uma literatura light e erótica, melhor do que a que existe. E vendo meio milhão de exemplares tranquilamente".

" - O próprio primeiro-ministro tentou convencê-lo a ir para a RTP?
- O próprio primeiro-ministro. Um convite para director-geral da RTP. E eu dei-lhe uma resposta que, passados uns anos, o Sócrates, já como primeiro-ministro, me fez recordar: 'Eu faço as três coisas que mais gosto na vida, ler, escrever e pensar e ainda me pagam bem por isso. Porque é que eu hei-de ir para a RTP?' E ele diz que ficou com uma inveja profunda e o Guterres também, que lhe terá dito: 'Nem vale a pena pedir-lhe para pensar oito dias'".

" - Está preparado para a crítica do Vasco Pulido Valente?
- O Vasco Pulido Valente arrasou o Equador sem o ter lido. Dizia que era exotismo, culinária e erotismo. E, passados uns tempos, estive com um amigo comum que me disse: 'Sabes que o Vasco não tinha lido o teu livro e eu insisti, 'ó Vasco, mas lê o livro' e o Vasco, 'não, é uma merda''. Até que um dia ele disse que o livro até não era mau. Foi-me contado assim e eu acredito na fonte. Eu sou grande admirador do Vasco. Costumo dizer a brincar que, de facto, só há duas coisas que precisavam ser subsidiadas no país: a agricultura e o Vasco Pulido Valente. A agricultura porque, se não, o país desequilibra-se e tombamos ao mar; e o Vasco Pulido Valente porque aquele pessimismo é necessário. A mim faz-me falta. Eu leio o Vasco e digo: 'Também não é assim tão mau!' (risos) Com o seu pessimismo militante, o Vasco contribui para o optimismo de muita gente. Ele escreve maravilhosamente, tem talento e é engraçadíssimo. Agora, só conhece dois países no mundo: Oxford e o Gambrinus. Acho pouco".

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20071019

Thank God it's Friday!



A 29 de Janeiro de 1979, Brenda Spencer, de 16 anos, pegou na arma que o pai lhe dera pelo Natal e matou duas pessoas e feriu nove estudantes que iam a caminho da escola. Quando lhe perguntaram porquê, respondeu: "Mondays are always so boring". Desta frase nasceu a música "I don't like Mondays" dos Boomtown Rats - de Sir Bob "Live Aid" Geldof-, que fez a juventude de muita gente que, provavelmente, só hoje vai ficar a conhecer a história "that lies beneath".

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Registemos...

Diz hoje a BBC que "Brown discusses missing Madeleine". Com Sócrates. Em Lisboa.
"Gerry and Kate will naturally be pleased to hear that Mr Brown is seeking such assurances", disse Clarence Mitchell, o porta-voz dos McCann.
Nós também estamos "pleased"...
Very.

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20071018

Em 1970...

... o quarto golo da final do Campeonato do Mundo no México, entre o Brasil e a Itália, foi considerado como um dos melhores de sempre. A jogada começou perto da baliza do Brasil e terminou com um potente remato de Carlos Alberto, a passe de Pelé. Quase metade da equipa do Brasil participou na jogada. Foi um poema que se escreveu no campo e é nestas alturas que salta o Manuel Alegre que há em mim...

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Is Anne right?

"Disliking the McCanns", por Anne Enright, que ganhou o Booker Prize deste ano (cujo livro "The Gathering" será editado em breve entre nós pela Gradiva).

"McCann family hits back at Enright attack".

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20071017

O que diz Leamas



O Basílio, do Mote para Motim, deixou-me o seguinte comentário no texto sobre David Shayler: "Há dois anos atrás David Shayler e a mulher (tb ex-agente) disseram que havia dedo do MI5 nos atentados de Londres, na morte da Diana e noutros assassinatos. Depois parece que ele começou a passar-se da cabeça...".
Bem, Basílio, que o MI5 colocou o dedo isso é óbvio. Mas Shayler há muito que devia saber que os agentes do serviços secretos não são monges que julgam o que está certo ou errado. John Le Carré já o explicara no "O Espião que Veio do Frio" através do personagem Alec Leamas (Richard Burton na adaptação ao cinema, em 1965): "What the hell do you think spies are? Moral philosophers measuring everything they do against the word of God or Karl Marx? They're not! They're just a bunch of seedy, squalid bastards like me: drunkards, queers, hen-pecked husbands, civil servants playing cowboys and Indians to brighten their rotten little lives. Do you think they sit like monks in a cell, balancing right against wrong?".

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20071016

Adriano

Presente!

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Ainda vou preso...

... por isto.

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Mobilidade

20071015

Caso Diana - testemunho de Francois Levistre

Pedro Luís Santana de Menezes e Lopes

Há quem esteja para aí a deitar postas de pescada sobre o facto de Santana Lopes, como líder parlamentar, poder vir a roubar o destaque a Luís Filipe Menezes ao ponto de, em breve, o recém-eleito líder do PSD deixar de o ser. Enganam-se. O que na realidade vai suceder é a abertura de uma frente de desgaste em dois campos contra José Pinto de Sousa. Na rua, Pinto de Sousa vai ter Menezes pela frente para o lembrar do que está por fazer. No Parlamento, Pinto de Sousa vai ter Santana pela frente para o lembrar de onde realmente veio. A única coisa que temo desta chefia/coligação é a táctica poder vir mesmo a funcionar em 2009...

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Os negócios do "Sir" em Portugal

Sir Richard Branson, que de certeza tem no banco mais dinheiro do que eu, pagou aos melhores advogados para defenderem os McCann, critica a Imprensa portuguesa e as nossas autoridades: "They had no proper legal representation and so I felt it was important they got the top Portuguese and British lawyer on board so that they could get the truth out. I think over the last month since that has happened the tide has turned and people generally accept around the world that the Portuguese police and press overstepped their mark".
Ele sabe bem do que fala, tanto mais que agora prepara-se para regressar aos negócios em Portugal, pelo que deve estar bem informado sobre quais os nomes das pessoas que convém ter por perto para, desta vez, tudo resultar na perfeição - a antiga mega-loja da Virgin que fechou funcionava onde está hoje a Loja do Cidadão, nos Restauradores: "Uma curiosidade: o 'call center' europeu da Virgin está em Lisboa, mais exactamente num prédio na Estefânia, desde Setembro de 2005. Não consta que o multimilionário tenha algum tipo de predilecção por Portugal, acontece apenas que o salário pago a um operador português, cerca de 500 euros/mês, é muito mais baixo do que o praticado noutros países".

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Bem, se calhar o que mais me custaria seria mesmo rapar as sobrancelhas...

Falei várias vezes com David Shayler. Ele estava exilado em Paris porque, em Agosto de 1997, dias antes da morte da princesa Diana, este agente do MI5 denunciou práticas menos correctas dentro dos serviços secretos britânicos.
David fora recrutado em 1992, após ter respondido a um enigmático anúncio de emprego no "The Independent" que dizia apenas "Godot não vem" - seguido de uma morada. Uma das primeiras tarefas foi pesquisar os dados pessoais dos candidatos a governantes do Reino Unido. Obviamente que Tony Blair estava incluído...
Quando, em finais de 1999, rebentou o escândalo dos arquivos Mitrokhine - onde era dito que havia uma lista com o nome de portugueses que espiaram para o KGB -, foi ele quem me garantiu que os nossos serviços secretos, se ainda não tinham os nomes dessa lista, bastava apenas pedi-los aos ingleses...



Passados dez anos, quando os serviços secretos ingleses estão cada vez mais fortes no controle aos cidadãos, Shayler, segundo as palavras da sua namorada, está diferente:"Last summer, I went away for a weekend. When I returned, David had shaved off all his hair and his eyebrows as part of his spiritual evolution. He knew that I had always loved his long, thick hair, so it felt like a personal slap in the face. He was in trouble. He was quick to anger if anyone questioned him. He became obsessive about little details, espoused wacky theories and shunned his family and old friends. His paranoia also escalated".

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20071014

Presidente da Câmara

Agora é oficial, o PSD tem um presidente de Câmara à frente dos seus destinos. Não quero menosprezar o homem nem o posto, mas isto é um bom sinal para todos os presidentes de Junta de Freguesia deste país que sabem agora que podem - e devem! - lutar sempre por postos mais elevados.

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Como mataram o Tal&Qual

Um dos passos para a morte do "Tal&Qual" foi dado há cinco anos.



Aliás, abordei este episódio num Conto de Natal.

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Um apelo para uma verdade sobre Lockerbie

Durão no 10

Manchetes Tal&Qual 6





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Manchetes Tal&Qual 5





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Manchetes Tal&Qual 4





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Manchetes Tal&Qual 3





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Manchetes Tal&Qual 2





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Manchetes Tal&Qual 1









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20071010

PS... P



Inauguração da secção da PSP da Covilhã há apenas três meses e que já mostra serviço!

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Fausto


Lembro-me dele. Lembro-me dele com os papéis, sentado à mesa do Pedro V. Lembro-me dele a tirar os óculos e a falar de igual para igual, olhos nos olhos. Lembro-me dele a dizer pausadamente e com verdade o que pensava que tinha acontecido, o que estava a acontecer e, mais ainda, a dizer o que ia acontecer antes de tudo se concretizar na realidade. Lembro-me de o ter ido entrevistar ao Algarve, em 2002. Era perto da Praia da Luz, lembro-me agora. Lembro-me de ter visto a colecção de jornais. Ele tinha uma colecção com o primeiro número de todos os jornais. Lembro-me de ter ficado com pena dele quando se queixou que os filhos não pareciam lidar bem com o facto de ele ser político. Lembro-me de ele dizer-me que queria candidatar-se à Câmara de Coimbra quando viesse de Bruxelas. É graças a ele, não se esqueçam, que hoje temos as Lojas do Cidadão. Fora um modelo que ele vira no Brasil, em Salvador (e não Curitiba), e logo ele que fez aquela viagem com o coração nas mãos porque tinha medo de viajar de avião. Contou-me que foi preciso Jorge Coelho insistir para que ele fizesse a viagem. Jorge Coelho foi também o ministro com quem, por solidariedade, ele deixou o Governo no dia em que caiu a ponte em Entre-os-Rios.
Aos 55 anos foi chamado para mais altos cargos. Mas, ainda havia tanto para ele nos fazer lembrar aqui em terra...

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Nem de borla...

Não posso dizer que sou contra os jornais gratuitos. Há-os bem feitos e dão emprego a jornalistas. Mas, sou obrigado a constatar que a empresa que acabou de fechar o semanário "Tal&Qual", vangloria-se agora de ter 30 por cento de publicidade numa publicação gratuita diária que funciona sem um corpo redactorial próprio porque utiliza os artigos dos outros jornais que ainda sobrevivem no grupo. Se houvesse um sindicato dos jornalistas em Portugal (não há, não) isto não seria possível. O que vale é que, segundo parece, há pessoas que, mesmo dado, não estão interessadas em ler o dito gratuito:"Dos 150 mil exemplares diários estamos a receber sobras entre os 1300 e os 1500 exemplares".

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20071007

Lição de ligações

Imagine duas pessoas que não se conhecem. Um dia encontram-se e descobrem que, entre elas, podem nascer muitas amizades e... ligações...



Imagem: Representação de um dendrímero sintético à base de aminas e ferroceno (macromolécula orgânica)

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Os homens de Glasgow

Após o anúncio da saída de Tony Blair do Nº10 de Downing Street (a 10 de Maio), o antigo ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, tomou em mãos a liderança do governo de Sua Majestade a meio do termo, sem eleições. Foi a 27 de Junho. Tal como Portugal 2004, com a saída de Durão Barroso para Bruxelas e a chegada de Santana Lopes a S. Bento, a oposição pediu eleições antecipadas para legitimar o novo poder. Gordon Brown beneficia de uma maioria superior a 60 lugares no Parlamento, tinha bons níveis de intenções de voto pelo que se especulava que iria convocar eleições para este mês. Ou Novembro. David Cameron, o jovem líder dos Conservadores preparava-se para o embate. Só faltava a decisão final de Brown - na Monarquia de Inglaterra, ao contrário do que acontece na nossa República, a Rainha não dissolve o Parlamento nem convoca eleições. É obrigação da consciência política do primeiro-ministro a tomada dessa decisão.
Gordon Brown estava encerrado no seu labirinto...



Este sábado, depois do aniversário do seu filho John (de quatro anos), conheceu-se a decisão final do primeiro-ministro inglês: não haverá eleições até ao fim do mandato originalmente dado a Tony Blair e que termina em 2009. O Governo de Brown, tal como o de Santana Lopes, está agora mais exposto às críticas...



Vão por mim, que tanto faz, que ainda haveremos de vir a ouvir falar de grandes coisas nos próximos tempos e acho mesmo que até o caso da pequena menina inglesa que desapareceu em Maio no Algarve, pouco antes de cumprir quatro anos de idade, poderá conhecer novos e interessantes desenvolvimentos.
Não é uma certeza. Apenas um receio...

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20071004

Como seguir de perto o julgamento do caso da Princesa Diana

Qualquer um de nós pode ler as transcrições das sessões no tribunal de Londres e ter acesso às fotografias e vídeos que são apresentados como prova. A justiça britânica, para surpresa dos indígenas do nosso país, tem destas coisas. Basta para isso ir a este endereço electrónico. Divirtam-se, pois obviamente que não se vai provar nada, mas muitas mais surpresas poderão vir a surgir. Afinal, está previsto que o caso dure seis meses...

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20071002

E este é o resultado da reflexão...

"Coordenador da PJ de Portimão afastado do caso Maddie". Para mim, que tanto faz, a culpa dele foi a de não se ter lembrado de avançar com a tese de que o rapto também poderia ter sido levado a cabo por um jornalista sensacionalista inglês...

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Morte de Diana vai a tribunal em Londres... 10 anos depois

Ler na BBC e ver um detalhe vindo da Austrália...

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Reflicta-se no reflexo das reflexões

Recomendação do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas às direcções dos órgãos de comunicação social e aos jornalistas a propósito da cobertura do caso Madeleine McCann, "para que alguns erros que foram cometidos neste processo sejam evitados em situações futuras: "O uso de fontes anónimas não desresponsabiliza o jornalista; pelo contrário, obriga-o a um redobrado cuidado, pois em caso de a informação se revelar falsa será a credibilidade do jornalista e do seu órgão de comunicação social que está em causa. E não apenas em relação a esse trabalho".

Notícia de hoje do "DN": "De resto, em finais de Agosto, princípios de Setembro, poucos dias antes de Gerry e Kate terem sido constituídos arguidos, por suspeitas da morte por negligência da sua filha Madeleine, um alto responsável da Judiciária proferiu o seguinte comentário: 'Depois de termos comprado uma guerra com os media britânicos, agora estamos a comprar outra com a polícia inglesa'".

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20071001

Dia Mundial da Música

Hoje dou-vos música...

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