20100629

España, por favor...

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20100625

"24 Horas" para sempre

Leio que vão matar o "24 Horas". Há uns jornalistas que se vão safar - sei de um que está farto de se safar, aliás - há os outros que por lá passaram e agora até estão a mandar noutros sítios - fez escola, portanto. Lamento é pelos bons que não se vão safar... É nesses que penso sempre.

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20100624

Barroso debaixo de fogo

20100623

Já estamos em guerra?



AWACS sobre Lisboa.

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20100621

Onde está Júlio Sebastião?

Em Setembro de 1997 - nunca o esqueci -, entrevistei Júlio Sebastião...






Morreu um mês depois da entrevista...





Onde está hoje Júlio Sebastião?

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PIGS

Depois da Grécia (2004), Itália (2006) e Espanha (2008), só faltava Portugal ganhar o campeonato internacional do jogo da bola deste ano para termos mais PIGS...

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O génio da banalidade não se despediu do Prémio Nobel

Sabemos que Saramago não era grande apreciador de Cavaco Silva...



Qualquer um compreenderia, portanto, que o cidadão Cavaco Silva não quisesse estar presente na cerimónia fúnebre dedicada ao cidadão José Saramago. Agora, é ridículo o alegado presidente "de todos os portugueses" justificar a sua ausência física no funeral do único Prémio Nobel da Literatura português que ainda estava vivo alegando que é "diferente daquilo que deve ser feito pelos amigos ou pelos conhecidos. Devo dizer que nunca tive o privilégio na minha vida, se me recordo, de alguma vez conhecer ou encontrar José Saramago" e que emitiu "uma nota oficial prestando homenagem à obra literária de José Saramago e ao seu contributo para a projecção da cultura portuguesa no mundo, enviou uma coroa de flores e promulgou o decreto de declaração de dois dias de luto nacional. Hoje [ontem] de manhã, o meu chefe da Casa Civil e o meu chefe da Casa Militar apresentaram sentidas condolências aos familiares de José Saramago". Esclarecendo igualmente que "todos os portugueses sabem que desde quinta-feira à noite estou nos Açores, em S. Miguel, cumprindo uma promessa que fiz há muito tempo a toda a minha família, filhos e netos, de lhes mostrar as belezas desta região".
Acrescento ainda que, para além dos líderes do PCP e BE, o outro líder de um partido político português que esteve presente na cerimónia privada foi Paulo Estêvão, presidente do PPM, e que é dos... Açores.

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20100619

Quem será?

Saramago no céu de Lisboa

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20100618

O dia e o ano da morte de José Saramago

20100616

Hipocrisia denunciada

Não, Rodrigo, não te sintas de esquerda. Isto é a linguagem da verdade. Vem do centro... do coração e da razão... É o que faz cada vez mais falta...

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As fotos de Bilderberg





E uma entrevista a Daniel Estulin na rotunda - e sim, o gajo que lhe está a fazer perguntas num péssimo inglês sou eu...

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20100615

Bilderberg no "O Diabo"

O semanário "O Diabo" publica hoje uma crónica de minha autoria sobre o mais recente encontro do Clube Bilderberg. Vale a pena comprar a edição em papel e guardar. Entretanto, fica aqui a versão integral do texto:

Ao encontro de Bilderberg

Frederico Duarte Carvalho
em Sitges, Barcelona

Os “senhores do mundo” reuniram-se no início deste mês em Sitges, perto de Barcelona. Este é o relato de quem lá foi e ficou à porta

Agora já posso dizer que estive num encontro do Clube de Bilderberg. Pelo menos, até onde me deixaram ir: até junto do apertado cordão de segurança policial. Ao fim de quase 10 anos a escrever sobre este clube restrito, onde apenas os políticos convidados têm assento junto dos grandes empresários multinacionais, tive finalmente a oportunidade de me aproximar: o encontro deste ano teve lugar em Sitges, perto de Barcelona, aqui mesmo ao lado.
Em 1999 a reunião foi em Sintra, mas confesso que, nessa altura, ainda não estava suficientemente familiarizado com a importância destes encontros. Para mim, não havia mal nenhum no facto de um grupo de políticos se reunir com alguns empresários. Afinal, é esse o trabalho de cada um. Na era moderna chama-se a isso “lobby” ou “grupos de pressão” e são perfeitamente legais e regulamentados.
Contudo, comecei a suspeitar de que talvez houvesse alguma razão nos protestos daqueles que desconfiavam desses encontros. E por uma única razão: eram à porta fechada, sem o devido escrutínio posterior na Comunicação Social e também sem direito a uma conferência de Imprensa no final. Aí comecei a torcer o nariz, pois pareceu-me – como jornalista que sou – que havia nesta atitude algo que não estava de acordo com o que é transparente.
“A privacidade destes encontros não tem outra intenção senão a possibilidade dos seus intervenientes poderem falar abertamente e com franqueza”, explica-se num recente endereço electrónico “oficial” da organização criada em 1954 no hotel Bilderberg, na Holanda - http://bilderbergmeetings.org. Por esta ordem de ideias, confirma-se que quer políticos, quer empresários, não são francos nem honestos quando falam em público. E como também afirmam que não há lugar a um comunicado de Imprensa ou declarações à saída que os vinculem a decisões, nem sequer vale a pena aos jornalistas lá aparecerem a bater à porta. Também se diz que, como há patrões da Imprensa presentes nestes encontros, não faz sentido pensarmos que os membros do Clube Bilderberg estejam a preparar uma conspiração terrível contra a humanidade – uma das teorias defende, por exemplo, que os membros do Clube trabalham no sentido de criarem condições a uma redução drástica da população mundial, pois os recursos naturais estão a chegar ao fim. Entre os donos de órgãos de Comunicação Social mais próximos de nós que estão sempre presentes nestes encontros, destacam-se o ex-primeiro-ministro português Pinto Balsemão, dono da SIC...



... e o seu compadre espanhol Juan Luis Cébrian, actualmente dono da TVI. Mas, a nível internacional, também há quem represente o diário norte-americano “Washington Post” e a influente revista de economia internacional “The Economist”. Estranhamente, algo me diz que, ainda assim, deveria estar realmente preocupado com o conteúdo das conversas e das amizades forjadas em Bilderberg. Acho até que teria bem mais interesse conhecer as suas conversas do que as escutas entre Armando Vara e José Sócrates.
Quem não tenha participado activamente nos encontros não pode dizer com a certeza absoluta o que se passou lá dentro, pois os intervenientes estão proibidos de falar publicamente sobre os assuntos em debate. É uma regra do clube. Não é que as reuniões ou os encontros sejam “secretos”, pois por definição só é secreto aquilo que não se sabe que existe. E Bilderberg, sabe-se, existe mesmo. Há, inclusive, jornalistas que escrevem livros e alimentam blogues com informações que, alegadamente, saem de lá de dentro.
Um desses jornalistas é um conhecido meu. Jantei com ele uma vez no Porto e chama-se Daniel Estulin, filho de um agente secreto russo, cidadão canadiano a viver há anos em Espanha. É autor de vários livros – dois editados entre nós – e publicou recentemente uma ficção, “Conspiração Polvo”: “Diz-se que os membros do Clube Bilderberg querem criar uma Nova Ordem Mundial. Não é verdade. O que eles pretendem é a criação de um Governo Mundial Único”, afirma Estulin. E ele costuma estar certo em muitas coisas. Foi ele que me disse que o petróleo iria subir para os 150 dólares o barril numa altura em que andava perto dos 40 dólares. Quando a crise rebentou, ouvi um director de um reputado jornal de economia nacional que até poderia chegar aos 200 dólares. Mas, garante Estulin, são tudo medidas “fictícias”. Destinadas a manter-nos na crise, enquanto os membros do grupo Bilderberg ganham cada vez mais poder. E Estulin também lá estava, como eu, a assistir ao encontro, numa rotunda, à torreira do sol, atrás do cordão policial montado na via de acesso ao hotel Dolce, onde durante quatro dias – entre 3 e 6 de Junho – se reuniram os cerca de 120 membros do clube.
Juntaram-se ainda uma série de jornalistas e activistas anti-globalização, que iam desde o Reino Unido, Espanha, Suíça, Alemanha, Rússia, EUA e Roménia. Em comum, um propósito: confirmar quem iria participar na reunião e fotografá-los à entrada ou à saída, no interior dos carros de alta cilindrada em que se faziam transportar – alguns identificados com uma misteriosa letra “K”, talvez em honra de um dos mais altos impulsionadores destes encontros, o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger.
Paulo Rangel, o eurodeputado do PSD e ex-candidato a líder dos sociais-democratas, também esteve lá, fechado no hotel, sem poder vir beber um copo num bar local – isto por razões de segurança. Só não se percebe se por haver a ameaça real de alguém querer fazer-lhe mal ou se para evitar que ele fizesse mal a alguém. A única confissão que Rangel acabaria por fazer (ao diário “i”) sobre o encontro foi a de que ficou positivamente “impressionado” por ter almoçado ao lado de Kissinger, pessoa que agora considera “brilhante”.
Não sabemos, entretanto, se Rangel teve a oportunidade de perguntar a Kissinger o que realmente veio ele fazer a Portugal a 2 de Outubro de 1980. Conforme contou na sua autobiografia o coronel Hugo Rocha – ex-chefe de Gabinete do então ministro da Defesa, Amaro da Costa –, o norte-americano teria vindo falar secretamente com o nosso governante sobre a venda de armas de Portugal ao Irão. Dois meses depois acontecia Camarate, e ainda hoje subsistem suspeitas de que, a ter havido atentado, um dos prováveis motivos seria precisamente a investigação de Amaro da Costa ao tráfico de armas para o Irão.
Teria sido, assim, uma boa oportunidade para Rangel conhecer a opinião de Kissinger sobre o assunto. Tanto mais que em Camarate, caso Rangel não se recorde – é jovem – também morreu Sá Carneiro, então primeiro-ministro e líder do PSD, cargo ao qual Rangel se candidatou recentemente, tendo perdido para Pedro Passos Coelho.
Sitges, a 35 quilómetros de Barcelona é uma simpática cidade costeira. De raízes piscatórias, é hoje mais conhecida como capital do turismo “gay” em Espanha. Foi ali que, alegadamente, se debateu o futuro do Euro. Irá a moeda única sobreviver à crise grega ou iremos todos ser arrastados no caminho? E Portugal no meio disto? O nosso ministro das Finanças esteve lá. Teixeira dos Santos até faltou ao debate quinzenal na Assembleia da República e fechou-se no hotel Dolce. Mas a fazer o quê? Ele não nos pode dizer, pois são as regras do clube – isto apesar de ser funcionário público e a Constituição portuguesa defender que temos direito a ser informados sobre a gestão do Governo. Ficou para a história do encontro o momento em que o ministro de Estado e das Finanças de Portugal saiu do encontro com cara de poucos amigos ao ver que estava a ser fotografado. Ficou também a ideia de que, afinal, não será lá muito bom para a Democracia, especialmente numa altura de crise financeira, vermos um ministro das Finanças participar em encontros com empresários privados, à porta fechada, durante três dias, e sem direito a declarações à Imprensa. Irá algum país sair momentaneamente do Euro até resolver a sua dívida? Irá haver uma invasão do Irão? São alguns dos temas, supostamente, discutidos entre aquelas quatro paredes.
Especulou-se durante o encontro, na rotunda à torreira do sol, que Durão Barroso também estaria presente no encontro de Sitges. Mas, até ao momento, não há imagens que o confirmem, nem a lista “oficial” alude à sua presença. Sabemos, isso sim, que Barroso esteve na reunião de 2003, em Versalhes – Ferro Rodrigues declarou no DIAP que esteve nesse encontro e falou aí com Barroso sobre o processo Casa Pia. No ano seguinte, em 2004, Portugal sentiu de forma bem visível aquilo que, até então, apenas se especulava sobre o real poder do Grupo Bilderberg: a capacidade dos convidados políticos serem literalmente “catapultados” para altos cargos públicos após a participação nestas reuniões fechadas à Imprensa e onde se pode falar “abertamente e com franqueza”.
registos fotográficos e testemunhos oficiais que os dois políticos portugueses convidados para o encontro de 2004, em Stresa, Itália, foram o então presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, e o ex-ministro do Ambiente e então deputado socialista, o actual primeiro-ministro José Sócrates. O encontro teve igualmente lugar nos primeiros dias de Junho, numa altura em que, publicamente, ainda não se sabia quem poderia vir a suceder ao italiano Romano Prodi na presidência da Comissão Europeia. O nosso primeiro-ministro Durão Barroso apoiava publicamente a candidatura do comissário europeu português, o socialista António Vitorino. E conta Santana Lopes no livro “Percepções e Realidade” (pág. 41): “Lembro-me que, por essa altura, participei nos encontros de Bilderberg onde estava António Vitorino. Sabendo que eu pertencia à direcção do Partido no Governo português, as pessoas sondavam-me sobre a hipótese de Vitorino ir para a Comissão. Tive então ocasião de transmitir o apoio de Durão Barroso e do Governo português a essa candidatura, mas parecia claro que o presidente da nova Comissão Europeia tinha de ser do PPE, Partido Popular Europeu (centro-direita). Assim aconteceu”. Barroso foi o “escolhido”. Ora, soube-se no Natal passado, Durão Barroso almoçou em Lisboa, uma semana antes da reunião de Bilderberg, com o presidente do PPE, o ex-primeiro-ministro belga Wilfred Marteens. Foi no dia seguinte ao XXV congresso do PSD – em Oliveira de Azeméis -, onde Barroso garantira no discurso final que apoiava a candidatura de Vitorino. Mas, conforme escreveu o belga nas suas memórias, Barroso disse-lhe que, se não fosse possível a solução Vitorino, ele próprio estaria disponível a aceitar o cargo – apesar de estar a meio do mandato como primeiro-ministro de Portugal. Contudo, pedia segredo. Ora, se Santana Lopes não sabia disto quando esteve em Bilderberg – e ninguém falou com ele “abertamente e com franqueza” sobre essa possibilidade -, isso significava que Santana era carta fora do baralho. Calhou depois a fava do Governo a José Sócrates – que, primeiro, teve de esperar pela demissão de Ferro Rodrigues e consequente eleição a secretário-geral do PS para, finalmente, poder chegar a primeiro-ministro com maioria absoluta. Quanto a Vitorino, logo se verá, pois não há lugar para todos. No entanto, também não me parece que ele hoje esteja mal na vida.
As reuniões do Clube Bilderberg têm assim o condão de, ò coisa bonita!, aproximar pessoas de países e culturas tão díspares num propósito comum: a procura do bem para todos nós. Pelo menos assim o esperamos. Ficámos preocupados apenas quando vemos o actual presidente do clube, o belga Étienne Davignon, a afirmar: "Quando as pessoas dizem que isto é um governo mundial secreto, respondo que se fossemos o governo mundial secreto deveríamos estar cheios de vergonha de nós próprios". Ou seja, eles afinal não mandam mesmo em nada e, ainda assim, são uma vergonha, pois o mundo está a assistir à desintegração do sistema financeiro mundial ao mesmo tempo que quem poderia fazer a mudança – os políticos eleitos democraticamente - preferem reunir-se à porta fechada com quem vive à custa da crise do que ir ao Parlamento nacional debater as soluções. Mas, agora, o que interessa isso quando temos a Vuvuzela para podermos ir puxar pela Selecção?

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Força Selecção...



... da Tailândia!

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20100613

Reflexões com 25 anos de atraso

Celebraram-se ontem, sábado, no Mosteiro dos Jerónimos, os 25 anos da assinatura da entrada de Portugal na Comunidade Europeia...




Foi um momento de palavras solenes e de "solidariedade". E recordou-se as primeiras páginas dos jornais da altura, como este exemplo...



Mas, poucos se devem ter lembrado que foi no dia seguinte a esta assinatura que Cavaco Silva acabou com o "Bloco Central". Cavaco Silva, caso não tenham reparado, é o actual Presidente da República e ex-professor de Economia que, um dia, quando era primeiro-ministro, disse que Portugal era "o bom aluno da Europa". E é o mesmo que anda agora a apelar à união nacional para combater a crise europeia...



Entretanto, descobri este livro na minha biblioteca pessoal...



Onde, da conclusão final, destaco: "Era preciso que uma certa Europa se fizesse porque servia os interesses dos grupos multinacionais. Era preciso que as fronteiras se entreabrissem, que as mesmas normas técnicas pudessem ser impostas nos diferentes países. Mas não mais. Teria sido perigoso para os grupos multinacionais que se instalasse em Buxelas um poder político forte, capaz de lhes fazer face, de os impedir de ditar a sua lei"...



E quando é que este livro foi editado em Portugal? Teria sido antes ou depois da assinatura da entrada de Portugal? Foi antes... Nove anos antes...



Depois não digam que não fomos avisados...

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20100610

Balanço Bilderberg 2010 - Sitges, Barcelona

Em Espanha, já muitos sabem o que significa Bilderberg. As televisões noticiaram o encontro...



E debateram...



O diário "El Mundo" até fez humor com o tema - é um dado importante, pois o humor só se faz quando o assunto é suficientemente reconhecido pela maioria da população...



Depois, as manifestações que aconteceram no centro de Barcelona, tornaram a questão "oficial"... Acho que, a partir do encontro de Sitges, não se pode continuar a negar que existe mesmo uma elite financeira que se reúne, à porta fechada, com políticos eleitos, por detrás de um forte cordão policial, durante três dias, sem direito a declarações públicas. Chamam a isso Democracia, mas não é...







Entretanto, Daniel Estulin tem aqui as alegadas notas do encontro deste ano:

"Think Greece Is Alone? Think Again! Bilderbergers admitted that the pain isn’t confined to Greece. Portugal’s benchmark 2-year note yield just blew out to 4.82 percent from 1.58 percent. That’s a tripling in interest rates in less than a month. Ireland? Its 2-year yield rocketed to 3.83 percent from 1.62 percent in 23 days. Spain´s yields recently shot up to 2.08 percent from 1.36 percent. Bottom line: A virulent sovereign debt contagion is spreading like wildfire throughout the euro zone. But, as another Bilderberg admitted, 'if the Greeks get bailed out, who’s next? And where the heck is all the bailout money going to come from? Policymakers may need to cough up almost $800 billion to 'save' everyone'".

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Livres e independentes

20100609

Sinais de resistência



Se o exército e a polícia não estão ainda ao lado do povo, em Espanha, os bombeiros são os primeiros a dar o exemplo: "Han interrumpido la sesión con despliegue de pancartas, silbidos y consignas en contra de la especulación y del comportamiento de los mercados". E tem vídeo...
Chamo ainda a atenção para um nome espanhol que descobri durante a visita a Espanha e que é um símbolo da luta anti-Bilderberg: Rafael Palácios, ou, como é mais conhecido, Rafapal.

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"Souvenir" de Sitges...

20100608

E é assim que o País avança...

E no dia seguinte...

E falaram sobre Camarate, Paulo?

Paulo Rangel conheceu Henry Kissinger durante o encontro Bilderberg que decorreu este fim-de-semana em Sitges, perto de Barcelona. O eurodeputado e ex-candidato à liderança do PSD almoçou ao lado do antigo secretário de Estado norte-americano e, sobre essa experiência, para além de ter achado a personalidade "brilhante", afirmou ao diário "i": "Estamos perante um grande senhor da política internacional. E para uma pessoa como eu, que se interessa por esses assuntos, foi um privilégio privar com ele e verificar que é um homem de completa excepção". Não sabemos se durante as conversas que tiveram falaram sobre isto. Teria sido igualmente interessante conhecer a opinião de Henry Kissinger em relação ao que aconteceu em Camarate...

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20100607

É isto a Democracia?

Ministro de Estado e das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, fotografado em Sitges, Espanha, no domingo, 6 de Junho de 2010, pelas 13 horas locais - meio-dia em Portugal -, à saída do encontro do Clube Bilderberg...




Para quem trabalha ele? Para um Governo legitimamento eleito em sufrágio universal ou para privados que se reúnem à porta fechada?
A Democracia pede uma resposta.
Da Constituição da República Portuguesa:

Artigo 48.º
Participação na vida pública
1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.
2. Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre actos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos
.

(...)

Artigo 80.º
Princípios fundamentais
A organização económico-social assenta nos seguintes princípios:
a) Subordinação do poder económico ao poder político democrático;
b) Coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;
c) Liberdade de iniciativa e de organização empresarial no âmbito de uma economia mista;
d) Propriedade pública dos recursos naturais e de meios de produção, de acordo com o interesse colectivo;
e) Planeamento democrático do desenvolvimento económico e social;
f) Protecção do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;
g) Participação das organizações representativas dos trabalhadores e das organizações representativas das actividades económicas na definição das principais medidas económicas e sociais.

Do Código Penal:

Artigo 308.º - Traição à Pátria

Aquele que, por meio de usurpação ou abuso de funções de soberania:

a) Tentar separar da Mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro ou submeter à soberania estrangeira todo o território português ou parte dele; ou
b) Ofender ou puser em perigo a independência do País;

é punido com pena de prisão de dez a vinte anos.

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20100602

Vou a Bilderberg

Viajo esta sexta-feira para Barcelona onde irei fazer a reportagem sobre o encontro Bilderberg, em Sitges. Poderão depois seguir em directo alguns dos acontecimentos através da minha conta do Twitter na coluna aqui ao lado. Entretanto, ontem, no Parlamento Europeu, o jornalista Daniel Estulin deu um alertou sobre os planos deste grupo: "Look at Greece. What they are trying to do is blow up the system by, instead of allowing Greece to reorganise its money system, they are imposing that Greece be used, that the Greek debt be bailed out by Europe. But, that debt is worthless. It´s garbage, it´s monopoly money. So, asking Europe, which is going through its own financial meltdown, to absorb an unpayable debt, which the Greeks, by the way, can NEVER repay, means you are going to FOR SURE, destroy Europe". E concluiu: "And, it is being done on purpose, because nobody, not even Barroso, who with all due respect to him is absolutly intellectually challenged or Trichet are that stupid".
O encontro, como se sabe, é fechado à Imprensa. Nem mesmo uma simples conferência de Imprensa é realizada. Tal situação torna este tipo de reuniões perigosas para a Democracia, porque reúne interesses privados de multinacionais com os dos representantes políticos de vários países da Europa e EUA. Tudo sem o merecido escrutínio público. É assim uma obrigação jornalística, cívica, pessoal e política, estar presente nos bastidores do encontro e registar o que se passar durante este fim-de-semana à volta do Hotel Dolce...



Essa necessidade é agora mais evidente quando a SIC On-line - propriedade de um membro do grupo Bilderberg, Pinto Balsemão - acabou de difundir uma notícia da Agência Lusa a confirmar o encontro deste fim-de-semana e o secretismo do mesmo: "A reunião, que decorre anualmente, é privada e fechada à imprensa, com as suas conclusões a serem mantidas em segredo". Esta notícia é ilustrada com a imagem do ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão, dono da SIC e "Expresso", militante número 1 de PSD e membro permanente do grupo Bilderberg...



Confirma a notícia que "temas económicos e políticos dominam a agenda destas reuniões, onde já participou um amplo leque de líderes portugueses, incluindo José Sócrates, Durão Barroso, Jorge Sampaio, Francisco Pinto Balsemão, Mira Amaral, António Guterres, Vítor Constâncio, Ferreira Oliveira e Ricardo Salgado, entre muitos outros". Como também já foi tornado público, o ex-candidato a líder do PSD e actual eurodeputado social-democrata, Paulo Rangel, será um dos participantes do encontro deste ano. Lá por ser fechado à Imprensa, tal não significa que a Imprensa deva demitir-se de fazer o seu trabalhou, ou seja, informar o público sobre questões que influenciam a nossa vida em sociedade. Ora, um encontro de vários dias entre os principais empresários do mundo e os mais importantes políticos da Europa e EUA, deveria ser um óbvio motivo de interesse jornalístico. Digno de abrir telejornais com a notícia: "Boa-noite, os principais empresários do mundo estão reunidos com os políticos mais representativos da Europa e EUA. Eles procuram soluções para a crise que vivemos. Pelo menos, é isso que acreditamos, pois não está previsto a divulgação das suas conclusões. Vamos em directo para o local do encontro, isto apesar de sabermos que não vai haver qualquer tipo de declarações à saída".
Já vi fazerem reportagens em directo sobre futebol com casos bem menos interessantes do que este.

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20100601

Agora é oficial...