20111230

EDP chinesa



A música combina tão bem com as imagens que até se coloca a questão se não estaria o negócio decidido quando a campanha publicitária foi encomendada...

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20111227

Assim se vê a qualidade do nosso jornalismo...

É nestes pequenos detalhes que se constata como o nosso jornalismo está pobre: enquanto os brasileiros sabem que Benazir Bhutto foi primeira-ministra do Paquistão, aqui, em Portugal, acham que foi um "primeiro-ministro"... E, ainda por cima, copiam-se...


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20111221

Postalinho

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20111220

Portas apanhado!

A agência noticiosa Reuter escolheu as 100 melhores fotos de 2011, onde figura um instantâneo do líder do CDS e actual ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, da autoria de Rafael Marchante...



A juntar a esta imagem não resisto ainda a apresentar um texto do semanário "Tempo", em 1980, onde o então jornalista Paulo Portas apresentava aos leitores a deputada Helena Roseta. Um mimo!...

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20111219

Ainda há quem ame a rádio... Ga Ga!

20111215

Jornalismo cibernético à moda da "Sábado"

A edição "on-line" da revista "Sábado" publicou ao início da tarde de hoje, quinta-feira, uma notícia na secção "Obrigatório ler" sobre uma jovem e promissora actriz inglesa, Lucy Gordon, que fora encontrada morta no seu apartamento de Paris, suspeitando-se de suicídio...



Só que a notícia acabaria por ser retirada minutos depois, quando, nas redes sociais, os leitores reagiram e fizeram notar que a "Sábado" estava a colocar em destaque uma notícia com mais de dois anos de atraso, pois Lucy Gordon morrera a... 20 de Maio de 2009! A "Sábado", no entanto, não teve depois a decência de explicar aos leitores o que se passara e não creio que tenha publicado uma nota de desculpa com a explicação lógica daquele engano. Procurei tentar perceber como é que aquilo aconteceu. Em conversa, percebi que essa coisa maravilhosa que serve de comunicação entre muitos seres humanos, e que dá pelo nome de "Facebook", tem uma aplicação que regista os artigos que uma pessoa consulta na Internet. Assim, se eu consultar um artigo, os meus "amigos" vão saber que o fiz. E, alguns deles, terão a curiosidade de espreitarem o que estive a ler. Por sua vez, os "amigos" dos meus "amigos", acabam por fazer o mesmo, pelo que, passado um bocado, esse artigo torna-se num dos mais consultados da Internet. Muito provavelmente, o artigo até pode não interessar a ninguém, excepto a mim, que fui o primeiro que o consultou. Entretanto, se um desses "amigos" calhar ser jornalista, irá analisar o interesse público do conteúdo e decidir se o mesmo merece ou não ser noticiado. Ora, soube que, horas antes do texto da "Sábado" ter sido publicado, andava a circular um artigo do jornal inglês "The Independent" com o título British actress found dead in Paris flat. Era a notícia da morte da actriz Lucy Gordon, datado de 22 de Maio de 2009. Vendo depois o texto da "Sábado", facilmente se constata que se trata de uma mera tradução e adaptação das informações do artigo inglês. Ou seja, quem escreveu o texto na "Sábado" nem sequer fez uma simples busca "on-line" sobre a actriz no sentido de acrescentar "mais-valia" à informação da fonte original. Se o tivesse feito, notaria logo que havia algo de errado na data da morte. Assim, limitou-se a pegar naquele texto em inglês, traduziu-o, adaptou-o e... publicou-o. Isto não é jornalismo. É algo muito mais preocupante: uma revista que ainda há tempos denunciava a ignorância dos universitários, revela ser ela própria uma fonte de ignorância.

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República





20111210

O iPad do PM

O "Expresso" garante hoje que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ficou sem o seu iPad, há 15 dias, quando foi a Luanda e que ainda não o recuperou...



Sabendo com antecedência o facto de que o "Expresso" iria publicar essa informação, Pedro Passos Coelho, na quinta-feira, no momento em saiu do carro à entrada da cimeira europeia, em Bruxelas, exibiu ostensivamente para as câmaras um iPad...



Será este o iPad perdido e que, entretanto, foi recuperado, ou um outro? E, em relação ao iPad que, alegadamente, esteve perdido, será que alguém teve acesso não autorizado aos e-mails do PM de Portugal? Estaremos perante um caso semelhante ao do desaparecimento do BlackBerry de DSK?

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20111201

Mário Soares e o risco de reescrever a História

Mário Soares não está gagá, mas sente-se impune e, pela frente, encontra jornalistas sem memória e um povo adormecido. Por isso engana-se e ninguém dá por isso. A recente obra autobiográfica - "Um político assume-se – ensaio autobiográfico político e ideológico" contém um pequeno mas determinante erro histórico. Diz Mário Soares, na página 221, que, a 17 de Agosto de 1974, na altura em que o director-adjunto da CIA, Vernon Walters, visitou Portugal, encontrou-se com o "Presidente Costa Gomes"...



No entanto, nessa data, o Presidente da República ainda era o general António de Spínola, autor do livro "Portugal e o Futuro", editado em Fevereiro desse mesmo ano e que legitimara o general do monóculo para surgir no dia 25 de Abril como a pessoa que receberia o poder das mãos de Marcello Caetano. Spínola só deixou de ser Presidente da República cerca de um mês depois da visita do homem-forte da CIA, na sequência do fracasso da manifestação da "Maioria Silenciosa", a 28 de Setembro. Mário Soares, que era ministro dos Negócios Estrangeiros, não deveria ter deixado passar numa obra autobiográfica um erro tão óbvio, tanto mais que, poucas páginas mais à frente, menciona precisamente a demissão de Spínola. O engano, pelos vistos, também passou despercebido aos revisores da obra que, sendo assim, terão de alterar esta informação numa próxima reedição.
O maior problema do erro de Mário Soares, no entanto, é o de lançar ainda mais dúvidas em relação ao papel da CIA na Revolução portuguesa de 1974. António Spínola, que era um defensor da ideia da criação de uma Federação Lusitana com as ex-colónias, não agradava à política de independência defendida pelos EUA. Sendo assim, Costa Gomes seria o preferido dos norte-americanos. Daí que o "erro" de Soares não se trata de um "engano" da sua cabeça, pois, para a CIA e para Mário Soares, o verdadeiro "Presidente" já era Costa Gomes e não Spínola...
Foi ainda na sequência dessa visita de Vernon Walters a Portugal que ficou combinado que o embaixador dos EUA iria ser substituído. No regresso aos EUA, o chefe da CIA sugeriu ao secretário de Estado Henry Kissinger um nome para lidar com o problema português: Frank Carlucci. E foi a amizade entre Frank CarlucCIA e Mário Soares que permitiu ao líder do PS destacar-se durante o Verão Quente de 1975. Uma amizade que perdura e, exemplo disso, foi o recente encontro entre ambos, logo após as eleições legislativas, na antiga lavandaria da residência do embaixador norte-americano em Lisboa, à Lapa...



Resulta por isso estranho que Mário Soares não tenha incluído qualquer referência ao nome do "amigo americano" - Carlucci, Frank - nesta sua grossa obra autobiográfica...



E, recorde-se como facto, Frank Carlucci, depois de ter sido embaixador em Portugal, em 1978, foi nomeado director-adjunto da CIA, afinal o mesmo cargo que Vernon Walters ocupava quando visitou Portugal e, segundo e "evangelho" de Soares, encontrou-se com o "Presidente" Costa Gomes.

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