O Francisco aprende a pagar a crise
Será que isto significa que:
1 - Apesar da crise, houve mais pessoas a dar alimentos?
2 - Apesar da crise, as mesmas pessoas que deram alimentos no ano passado decidiram agora dar um pouco mais?
3 - Apesar da crise, as poucas pessoas que ainda conseguem dar alimentos decidiram dar muito mais do que todas aquelas que deram no ano passado?
4 - O medo que a crise criou junto dos consumidores fez com estes decidissem ser mais solidários de forma egoísta a pensar que, um dia destes, podem ser eles a necessitar daquela comida e esquecem-se que, se há mesmo fome em Portugal - envergonhada ou não -, isso é da responsabilidade dos governantes e não de uns quantos voluntários solidários que, por não terem mais nada para fazer, decidem esquecer o ditado chinês do “não dês um peixe a quem tem fome, ensina-o a pescar”, apenas para se sentirem bem do ponto de vista pessoal quando, na realidade, estão a ajudar a agravar a situação social, pois assim nunca mais há a revolta da classe média? Sendo ainda de acrescentar que, provavelmente, este ano, houve mais voluntários - entre crianças e reformados, também pessoas com medo de cair na desgraça que conta, ao ser voluntário, poder no futuro vir a beneficiar da comidinha que ali pingar - e uma maior disponibilidade do número de supermercados onde foram feitas recolhas - e que assim lucram mais uns euros com as compras extras.
Foto: Lisa Soares/"JN".
Etiquetas: A regra do medo, Banco Alimentar, ensina-os a pescar, os ricos que paguem a crise, povo desgraçado sem conhecer a causa histórica de isto tudo andar assim, solidariedade