20081130

"Provas documentais"...

Ronaldo, génio ou "bluff"?

Festa amarga, mas de esperança

O Filinto comunica:

Jornalistas despedidos assinalam aniversário do jornal

«O Primeiro de Janeiro»


No dia 1 de Dezembro de 1868, no culminar da revolta portuense da «Janeirinha», nasceu o jornal «O Primeiro de Janeiro». Ao longo de 140 anos, o periódico foi ganhando importância, tornando-se no principal jornal de referência em Portugal, no período da ditadura salazarista.

Nascido numa revolta contra a política fiscal do Governo de Fontes Pereira de Melo, «O Primeiro de Janeiro» atravessou outros períodos conturbados, como a transição para o regime democrático, acabando por se debater com a mais grave crise da sua história, na década de 1980, quando o seu vasto património foi desbaratado. O jornal foi persistindo, na década seguinte, mas já sem o seu emblemático edifício na Rua de Santa Catarina, e sem muitos dos grandes profissionais que ajudaram a consolidar o título a nível nacional.

Foi nesta altura, no início dos anos 1990, que um empresário da indústria gráfica, de Oliveira de Azeméis, comprou a empresa detentora do jornal. Associando-se a um título que era sinónimo de prestígio, o empresário foi diversificando os seus negócios para as áreas da construção civil, águas engarrafadas, passando pela organização de espectáculos e agências de viagens. Nunca realizou, no entanto, qualquer investimento na redacção de «O Primeiro de Janeiro», que se manteve, desde 1990, na Rua Coelho Neto, no Porto, num espaço sem condições.

No início da presente década, o mesmo empresário alterou a constituição da empresa fundadora do jornal, registada em 1919, mudou-lhe o nome para Sedico – Serviços de Edição e Comunicação, SA, e transferiu a sede para Gondomar, para uma morada fictícia.

Já sob a direcção de Nassalete Miranda, e apesar do desinvestimento votado pelo empresário, o jornal foi conquistando espaço no panorama da imprensa regional do Norte, não tendo praticamente concorrentes. Todavia, no dia 31 de Julho de 2008, a directora, cumprindo ordens da administração da empresa, demitiu em bloco mais de 30 jornalistas e outros funcionários administrativos, sem uma justificação plausível, sem qualquer indemnização e com salários em atraso.

Os jornalistas despedidos, que se viram obrigados de um momento para o outro, em pleno Verão, a lutar pela sua sobrevivência, não querem agora deixar de assinalar os 140 de existência de um dos mais importantes jornais que se publica em Portugal e para o qual contribuíram, por longos períodos, com muito esforço e dedicação.

Os jornalistas despedidos de «O Primeiro de Janeiro» reúnem-se domingo, dia 30 de Novembro de 2008 num jantar comemorativo dos 140 anos do diário portuense, às 20h30, no Restaurante Mar do Norte, nº 95, Rua Mouzinho da Silveira, no Porto.
Os jornalistas despedidos de «O Primeiro de Janeiro» assinalam o aniversário do jornal, manifestando respeito pelos seus leitores, fontes, antigos trabalhadores e por todos aqueles que demonstraram solidariedade com os seus despedimentos ilegais.

Jornalistas de «O Primeiro de Janeiro» despedidos a 31 de Julho de 2008

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20081129

"Escola de Criminosos", o DVD do...

20081128

Boas notícias para todos nós, que também somos pessoas

Já aqui confessei a admiração que tenho pelas novelas policiárias de Fernando Pessoa. Sou um fã.



Soube agora a boa notícia de que se prepara uma adaptação para televisão. E isto quando foi igualmente anunciado que, desde ontem, está disponível "on-line" o "Arquivo Pessoa". Boas notícias para a alma.

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20081126

Eu não preciso dizer nada...

... porque o Rui Costa Pinto já diz muito no novo livro que agora lança...





E sobre a investigação que fez nos Açores e que "Visão" não quis publicar, o Rui respondeu isto numa entrevista ao "Diário de Notícias" que, lá está, também nunca foi publicada...



E estas fotos são uma "borla" minha para o Rui...

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20081125

"Teimoso"


José Oliveira e Costa era tido como uma "pessoa com uma enorme capacidade de trabalho, muito determinado e exigente, mas também um pouco teimoso" e ainda com "visão prática" e "pressa de fazer". Agora, quem disse estas coisas do homem que se viria tornar no primeiro banqueiro em Portugal a ser detido preventivamente por suspeita de irregularidades? Dou uma pista: foi o mesmo que um dia provocou o pânico na Bolsa de Lisboa quando disse publicamente que ali se andava a "vender gato por lebre".

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20081124

"Slumdog Millionaire" estreia nos EUA

20081123

Afinal, Hillary Clinton ganhou



Há dois anos, em Novembro de 2006, quando escrevi esta crónica na "Focus", sabia-se que havia grandes probabilidades de Hillary Clinton ser candidata às eleições presidenciais nos EUA. Confirmou-se, sem grandes surpresas, dois meses depois, em Janeiro de 2007, quando fez o anúncio oficial. Entretanto, aconteceu o "fenómeno" Obama e percebi que iria ter de rever a minha opinião. Voltei às previsões quando supus que, na sequência de um encontro do grupo Bilderberg, Hillary Clinton poderia ser a escolha de Obama para a vice-presidência. Aí, alguém deve ter avisado o candidato que era demasiado arriscado apostar num negro e numa mulher para a Casa Branca e arranjaram um branco "experiente", Joe Biden, como vice-presidente. Finalmente, no momento em que Hillary Clinton se prepara para ocupar o cargo de Secretária de Estado - um posto que é tudo menos honorífico - apesar até de provocar polémica, declaro que, para mim que tanto faz, quem ganhou estas eleições foi mesmo Hillary Clinton...

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20081122

Quem matou JFK Jr.?

No dia em que se cumpre mais um ano do atentado contra JFK, prefiro lembrar a data através do seu filho JFK Jr... As duas pessoas que aparecem nesta entrevista já morreram...



John Kennedy Jr. era um "man with a plan" e hoje poderia ser o novo Presidente dos EUA. Mas o "destino" não o quis...

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Quem vai ganhar um Oscar?

Uma das apostas para os Oscares do próximo ano vai para o jovem actor Dev Patel e o filme onde é personagem principal, "Slumdog Millionaire", do britânico Danny Boyle - realizador de "Trainspotting", "A Praia" e "28 Dias".
Trata-se da adaptação do livro "Q&A", de Vikas Swarup, que conta a história de um órfão criado nas ruas da Índia que, aos 18 anos, ganha o prémio máximo do concurso de televisão "Quem Quer Ser Milionário".



A conquista dos 20 milhões de rupias leva os organizadores do programa a suspeitar que o jovem fez batota e tentam, através de tortura policial, que confesse quem foi o seu cúmplice dentro da produção. Ninguém acredita que alguém como ele poderia ter tanta cultura geral. Contudo, ao longo da história, iremos aprender que cada pergunta do concurso, afinal, encerrava uma pista sobre a vida do pobre menino de rua...



A tradução em português do livro foi publicada em 2006 pela ASA...



... e também no Círculo de Leitores, onde podem ler o primeiro capítulo. Procurem a obra o quanto antes nas livrarias, pois vai dar que falar, acreditem...
O filme transporta-nos para o ambiente de um dos concursos mais populares da televisão e recria as emoções inerentes à expectativa que resulta da progressão de cada concorrente...



... mas também tem o outro lado da história da vida do herói nas ruas da Índia...



E, sobretudo, revela-nos ainda um nome de uma actriz indiana cuja sonoridade portuguesa leva-me a dizer que convém tê-la debaixo de olho. A fazer de personagem Latika, está Freida Pinto...

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20081120

Watch It

A mais aguardada adaptação de todos os tempos de Banda Desenhada ao cinema, o filme "Watchmen", está marcada para o início de Março do próximo ano...



O autor do argumento da BD, o genial Alan Moore, nunca concordou com a forma como Hollywood tratou a obra que assinou com o desenhador Dave Gibbons, isto apesar do realizador até ser o mesmo Zack Snyder que levou à grande tela a BD "300" de Frank Miller, pelo que lançou um feitiço sobre o filme...



Ainda assim, depois deste "trailer", ficamos desde já com a certeza de que este é um daqueles filmes que, desculpa lá Moore, vamos mesmo querer ver...

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20081119

Não pensem mais no que vão oferecer no Natal!

Chega amanhã às livrarias o livro do João Vasco Almeida e Rui F. Baptista, "12 Erros Que Mudaram Portugal"...



Recomendo-o como a prenda ideal para este Natal.

Declaração de interesses: O posfácio é assinado por mim, mas não ganho um único tusto com a venda do livro. É uma sugestão sincera e desinteressada porque o livro está mesmo bom!

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As críticas às críticas ao caso do Lar do Comércio

Foram colocados três comentários particularmente críticos e insultuosos no mais recente texto sobre os últimos dias da avó Alda no Lar do Comércio da Maia:

"Se não fossem parvos, o q gostariam de ser? Tenham contenção e preocupem-se com as vossas vidas e deixem as dos outros. São uma cambada de inúteis que passam o tempo a tentar perturbar quem quer fazer algo de útil".

"Não têm mais nada q fazer? Deixem a velha morrer de uma vez por todas, porque ela com tanta coscuvilhice nem consegue".

"É estranho q estejam agora somente tão preocupados com a avó alda e durante o tempo em q ela viveu a tivessem metido num lar e poucas vezes a fossem visitar, como ela mesmo se queixava (a quem quisesse ouvir) da familia que tão mal a tratou em vida, segundo palavras da própria (a nora, o filho,por exemplo). Será a consciência pesada?".

Aceito todos os comentários que os leitores queiram colocar, até os anónimos como foi este caso, e não os submeto sequer a uma aprovação prévia. Sei que há pessoas dentro da direcção do Lar do Comércio que conhecem este blogue e lêem os comentários. Foi assim, aliás, que colocaram um processo disciplinar a uma pessoa que não concordava com os seus métodos. Não sei se as pessoas da direcção do Lar do Comércio estão tão desesperadas a ponto de deixarem comentários anónimos, mas é possível que assim seja...
A única resposta que posso dar a este tipo de textos é que a grande parte da família nunca abandonou a avó Alda. Foi a própria avó Alda que, conscientemente, quis ir viver para o Lar do Comércio e sempre que lá esteve foi a "vedeta" da instituição e nunca lhe faltou nada. Nunca deixou de ser visitada ou de visitar a parte da família que a adorava.
E essa parte da família sabe que a avó Alda, hoje, lá onde está a descansar, aprecia esta luta pela justiça: A vergonha aconteceu nos últimos dias de vida e isso nunca conseguirão esconder.
Por isso, continuem a mandar postais...

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Leite, a ditadora

As declarações de Manuela Ferreira Leite sobre a suspensão da democracia por seis meses devem ser devidamente contextualizadas: a líder dos sociais-democratas estava a falar num encontro da Câmara de Comércio Americana e estes estão habituados a um Presidente que não tem problemas em assumir que o ideal seria a ditadura...



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20081118

A pequena história de um grande pacto político

O realizador britânico Stephen Frears, que assinou o filme "A Rainha" e veio a Portugal participar no Festival de Cinema do Estoril, dirigiu um filme em 2003 que permanece inédito entre nós. Foi um trabalho concebido originalmente para a televisão britânica e não deveria passar disso mesmo, mas com o passar do tempo transformou-se numa lição política a nível mundial. O filme chama-se "The Deal" e conta a história de um suposto pacto que teve lugar, em 1994, entre Tony Blair e Gordon Brown durante um jantar no restaurante londrino Granita.


De acordo com os termos do suposto pacto, Gordon Brown, após a repentina morte do líder John Smith, aceitou desistir da disputa à liderança dos Trabalhistas a favor de Tony Blair. Em contrapartida, caso Blair viesse a ser o novo primeiro ministro nas eleições de 1997, deveria desistir mais tarde do cargo a favor de Brown. Como se viu, tal veio efectivamente a acontecer quatro anos após conclusão do filme. O acordo, conhecido como o "Granita Pact" foi desmentido recentemente pelo mulher de Blair: Cherie Blair garantiu que o pacto nunca teve lugar naquele restaurante, mas sim na casa de um vizinho. Não importa, vai dar ao mesmo, pois admite-se que houve mesmo um pacto político à margem das regras da democracia...
O único dado positivo do acordo foi o facto de, graças a este filme, Stephen Frears criou a base para realizar o célebre e premiado "A Rainha", com o mesmo actor que usou para fazer de Blair no "The Deal", Michael Sheen, e que poderá ser visto em breve no filme "Frost/Nixon":

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20081116

Sporting-Leixões

73.27


74.46


75.43


76.33


77.42


78.12


79.38


80.35


81.45


83.08

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20081114

António Lobo Antunes gostava de ler Flash Gordon

20081113

A minha nova t-shirt



Já voltei de Las Vegas. Deu para perceber que a América passou um cheque em branco a Obama. Para já, as t-shirts de apoio ao novo presidente dos EUA vendem-se depressa. A que comprei era a última...

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20081108

Volto já...

20081104

A sala de eutanásia do Lar do Comércio

Durante uma das discussões com o presidente do Lar do Comércio, o meu pai classificou a "enfermaria" onde fora colocada a mãe, a minha avó Alda, como uma "sala de eutanásia". O presidente do lar zangou-se. Retorquiu que o meu pai estava a ser mal-educado, garantiu que não havia ali mais ninguém tão empenhado quanto ele pelo bem-estar dos idosos e que se sentia ofendido com a acusação.
Quando o meu pai me relatou esta conversa ao telefone, ele no Porto, eu em Lisboa, fiquei do lado do presidente do Lar do Comércio. Achei que o meu pai estava a exagerar e nunca haveria em Portugal - principalmente numa instituição onde um dos membros da direcção até é o assessor do primeiro-ministro José Sócrates para a área dos assuntos sociais e laborais, Artur Penedos -, algo remotamente semelhante a uma "sala de eutanásia". Falei depois com Artur Penedos ao telefone para, mais uma vez, perguntar o que se passava. O governante já conhecia o teor da conversa e, inclusive, pensava que eu também estivera presente durante aquela discussão e que fora igualmente mal-educado para com o presidente do Lar do Comércio, José Moura. Esclareci-o que não, nunca falara com o presidente e, nos últimos tempos, nunca estivera nas instalações do lar. Concluímos que a pessoa em causa deveria ter sido então o meu primo Paulo. Eu conhecia Artur Penedos do tempo em que trabalhei no "O Primeiro de Janeiro" e era ele activista sindical na área bancária. Graças a esse nosso antigo conhecimento, Artur Penedos acedeu telefonar para o presidente do Lar do Comércio de forma a combinar depois um telefonema da minha parte para que se pudesse esclarecer de uma vez por todas a situação da avó Alda. Essa conversa teve lugar uma semana antes dela morrer e já aqui dei conta do teor da mesma.
Ontem à noite, contudo, recebi finalmente uma informação da parte do meu pai que não possuia aquando da conversa com o presidente do Lar do Comércio. Era um elemento que me faltava e, recordo-me bem, o presidente ficou bastante nervoso quando eu disse que o queria ver... Agora entendo porquê. Trata-se do relatório médico do hospital de S. João, para onde o Lar do Comércio havia queria mandar a minha avó quando procurava libertar-se dela, cerca de um mês antes de falecer. O documento médico é demolidor para as intenções da instituição:

"Pedido de Colaboração de Especialidade de Doenças Infecciosas pelo facto do Lar do Comércio se recusar a receber paciente aí habitualmente internada".

"(...) não exige qualquer tratamento específico, nomeadamente antibiótico, para além dos cuidados de desinfecção e penso diário".

"Relativamente ao risco de transmissão dos agentes isolados no estudo microbiológico está apenas relacionado com a transmissão por contacto directo ou indirecto através dos profissionais que cuidam da doente a outros doentes, e que pode ser impedido com as adequadas medidas de higiene das mãos - sempre que se contacta com a pele da doente -, uso de luvas e bata aquando dos cuidados de penso ou banho (retirados logo após cessar o contacto e feita a higienização das mãos), não havendo assim qualquer impedimento para manter o seu internamento no Lar".



Quer isto dizer que, poucos dias após a elaboração deste relatório médico, fui visitar a avó Alda na "enfermaria" do Lar do Comércio, na tal "sala da eutanásia", era manifestamente exagerado para os familiares terem de usar máscaras na cara, bata e luvas. Era tudo parte da pressão psicológica levada a cabo sobre os familiares e, pior do que tudo, sobre a já frágil avó Alda...



Para além de terem contribuido para a morte da minha avó, soube ainda que após um processo disciplinar os responsáveis do Lar do Comércio decidiram expulsar da direcção a pessoa que colocou um comentário no meu blogue a chamá-los de "malfeitores". E "malfeitores" até era o mínimo que se lhes poderia chamar...

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20081103

Soares é Panda

Se Soares é fixe...



... e se a nova publicidade ao canal Panda diz o mesmo sobre o dito canal infantil...



... isto significa que Soares prepara uma nova candidatura a Belém e está já a trabalhar para ganhar apoios entre os mais pequenos...
Esperto...

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Palavra de Rainha

"Libertad Digital":

El club Bilderberg

"Para mí son unas reuniones apasionantes. A lo largo de los años, vas conociendo gente muy diversa, bien informada, bien relacionada, cada una con un bagaje formidable en su terreno, en su área o en su país. Allí se juntan personas de muchos mundos: política, finanzas, energía, defensa, comunicaciones, investigación científica...¡Se aprende tanto!". Respecto a su secretismo la Reina afirma: "El secreto es para que cada uno pueda decir con libertad lo que piensa, lo que en un debate le viene a la cabeza, y que eso no se difunda. Pero no es secreto porque estemos conspirando. ¡Nada de conjuras!".

"El Mundo":

"La Reina no puede decir lo que piensa. No debe. Ni pronunciarse sobre opciones políticas. Ni censurar algo que ha estado mal hecho". (...) "Hacerse el sordo, cuesta. Hacerse la tonta cuesta. Callarse cuesta".

"Los Reyes estamos para solucionar conflictos, no para provocarlos".

"La utilidad de la Corona está en servir al pueblo, a la comunidad de tu país, sin entrar en políticas de grupos, de partidos, de sindicatos, de 'lobbies'... Los Reyes no pueden tomar partido ni meterse en política".

"Todos nos sentimos hartos alguna vez. Todos hemos protestado alguna vez. Todos tiraríamos el tacón... las condecoraciones y nos escaparíamos por ahí alguna vez... Pero, como dice el Rey, en esta casa hay tres palabras que jamás pueden decirse juntas: 'No me apetece'".

"El pueblo ha hablado ya varias veces y varias veces ha dicho sí a la Monarquía. Es lo que hay. Es la Ley. Hoy, un republicano en españa está tan fuera del contexto actual del país como... un monárquico en Francia".

"Para los republicanos, nadie tiene derechos de cuna. Ahora bien, cuando esos republicanos son ricos, o tienen un negocio, o una casa, o un campo, ¡bien que dejan las propiedades en herencia a sus hijos! Ahí, en su patrimonio no cuestionan los derechos de cuna. Coherencia, pues".

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20081102

Uma questão líquida

José Pacheco Pereira criticou com grande severidade a promoção que José Sócrates fez do computador "Magalhães" na última Cimeira Ibero-Americana, quando disse que era um computador para os 7 aos 77 anos. Comparou assim as palavras do nosso primeiro-ministro às de Oliveira da Figueira, o português que conseguia vender tudo nas aventuras do Tintin. A dada altura da crónica no "Público", o comentador saiu-se com esta: "Sócrates nem sequer se apercebe, que, quando diz que o computador é resistente aos líquidos, pela cabeça daqueles adultos empedernidos, os líquidos que se imaginam não são propriamente nem água, nem leite, nem iogurte".
Depois de ler estas linhas, tentei entrar na cabeça de Pacheco Pereira para tentar perceber a fina ironia do comentador. Que outros líquidos, segundo o intelectual, poderiam ser vertidos sobre o "Magalhães"? De acordo com as referências intelectuais que temos, pensei nas aventuras do Tintin e acho que Pacheco Pereira só poderia estar a referir-se ao líquido que o personagem de Hergé provou por aquelas mesmas paragens sul-americanas:





É. Só pode ser mesmo esse líquido. Não estou a ver o Pacheco Pereira a pensar noutro...

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Depois da nacionalização da banca...

20081101

Caso encerrado

O julgamento da Casa Pia vai ouvir as alegações finais na última semana deste mês. Há seis anos, portanto, que se espera por justiça e, contudo, tanta coisa mudou que já ninguém se lembra da crise política que o caso provocou, sobretudo quando prenderam Paulo Pedroso. Será que aprendemos alguma coisa com isto? Deixou de haver pedófilos? Deixou de haver políticos suspeitos? Fez-se justiça? À medida que se aproxima o fim do julgamento, há cada vez mais dúvidas sobre se a investigação da PJ funcionou bem, se os juízes aplicaram bem os princípios da prisão preventiva e se os jornalistas fizeram todas as perguntas que deveriam fazer. É um mar de dúvidas na Casa Pia.
Há dias, no entanto, descobriu-se uma solução mágica para todos estes problemas: um desenhador apresentou o novo logotipo da Casa Pia. É um desenho a fazer lembrar "O Principezinho" do Saint-Exupéry. De facto, vai-nos fazer esquecer todo este drama, da mesma forma que nos esquecemos que o Antoine de Saint-Exupéry, que era aviador, morreu quando o avião foi abatido, mas o seu corpo nunca foi encontrado.
Também a verdade da Casa Pia morre neste deserto do tempo para nunca mais ser encontrada...


“A nova identidade é tão simples e emotiva que nos faz esquecer as más imagens que andaram por aí na cabeça de muita gente e nos projecta para uma coisa bonita, que é a concretização dos sonhos daquelas crianças”.

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