20080928

Encontro em Âncora

Este sábado fui a Vila Praia de Âncora almoçar com John Symonds...


O arroz de marisco no Farol continua excelente. John há muito que é ali cliente, onde o tratam pelo nome próprio. Regressará a Inglaterra no fim desta semana, mas ficou combinado que iremos manter-nos em contacto...

("Mas, quem raios é esse tal John Symonds?")

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20080925

A escolinha do nosso Presidente

Quando há dias a Catarina Sousa me passou o texto com os testemunhos de antigos colegas de escola de Cavaco Silva, que ela escreveu para a edição desta semana na "Focus", fiquei com a certeza de que tinhamos ali uma reportagem histórica. Daquelas que vale a pena guardar...




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20080923

Um computador do Carvalho

Corre para aí uma qualquer polémica sobre o facto de um computador para as crianças e que o governo anda a propagandear - com nome de família portuguesa - não tem controlo parental. Isto faz-me rir e digo-vos que, fala quem sabe, não há maior alegria do que ser criança e aprender, desde cedo, que convém escrever com todas as letrinhas o seu nome de família, senão isso dá uma outra coisa completamente diferente!...

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20080922

Há uma nova maternidade no Porto...

Estão a ver a maternidade Júlio Dinis, no Porto?...


Esqueçam-na, agora, segundo a TVI, chama-se D. Dinis...


P.S. Depois daquela do "esta igreja" sobre o templo onde estão túmulos de dois reis de Portugal, foi uma forma simpática de falar de um outro rei...

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Zarpar no Samar



Pessoal, o iate que fotografei há dois anos no Porto de Lisboa, o Samar, que está listado em 41º lugar no Top 100, pode agora ser alugado durante uma semana por 650 mil euros! Como aquilo dá para 12 passageiros, podemos fazer uma vaquinha e dividir por todos - dá 55 mil euros a cada... Bute lá?!



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Olha só quem andava às compras num templo do consumo capitalista...



Local e hora da foto conforme me foi comunicado: IKEA de Alfragide, domingo, 14 de Setembro de 2008, perto da uma da tarde...

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Esta Igreja

Ontem à noite, num canal de televisão (não sei especificar qual), ouvi a jornalista dizer qualquer coisa parecido com isto durante a reportagem sobre as inundações na baixa de Coimbra: "E esta igreja teve de cancelar uma missa...". Nada mais. Ainda entrevistaram o padre da mesma, mas nem mais uma palavra sobre a igreja e a sua importância. Afinal, "esta igreja" era apenas a Igreja de Santa Cruz, aquela onde estão os túmulos de D. Afonso Henriques e D. Sancho I...

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20080920

A brincar, a brincar, o diálogo mais sério

Sete anos e sete dias depois, o comediante norte-americano Jon Stewart entrevistou o ex-primeiro-ministro de Inglaterra, Tony Blair. Um exemplo de dois mundos diferentes que encontram, mas onde todos saiem a ganhar. Pena que, tal como Jon Stewart se queixou no fim, o presidente Bush ainda não tenha ido ao mesmo programa. Mas, Tony Blair prontificou-se a dar-lhe uma palavrinha...

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20080918

Bem que podia ter sido evitado...



in "Sol", 13 de Setembro de 2008, pág. 15

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20080916

"W" significa "Wonderful World"...

20080915

Tiro ao Álvaro




Com Adoniran Barbosa na memória...

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20080914

Fazer o pino

Eu já devia ter aprendido, mas mesmo assim fui comprar o "Expresso" e, francamente, deveria estar agora a pedir o meu dinheiro de volta...
Na primeira página puseram Nuno Morais Sarmento a mostrar que tem força de braços para carregar o PSD até ao poder. Acrescentaram isso com uma afirmação colocada entre aspas sobre o facto de Durão Barroso ter-lhe perguntado se o queria substituir quando escolheu rumar para Bruxelas:



Só que no miolo da entrevista, a tal afirmação entre aspas da primeira página nunca aparece... E, pior ainda, surge esta explicação atrapalhada, feita à medida para alguém que achou que o resto da entrevista não tinha qualquer interesse noticioso...



Digo-vos que até senti uma certa pena de Morais Sarmento. O semanário, na ânsia de agradar ao amigo do patrão e ainda membro do grupo de Bilderberg, acabou por provocar um desmentido de Durão Barroso. Acho que Morais Sarmento deveria avisar o "Expresso" dizendo-lhes: "Calma, pessoal! Não me empurrem assim de forma tão descarada que a malta ainda desconfia!"...

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20080912

Um certo olhar da América pós-11 de Setembro






Para ver mais: "Death of the Party"...

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20080911

Estava escrito... no "Matrix" e numa BD de... 1984!

Toda a Liberdade para Siné

Esta foi a resposta de Siné depois de ter sido despedido do semanário satírico francês "Charlie Hebdo": fundou o "Siné Hebdo"...



São já 150 mil exemplares na rua, lançados ontem, dia 10 de Setembro, dia em que ninguém vai esquecer que houve Liberdade por aquelas paragens...



Apoiar o "Siné Hebdo".

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O ministro que gosta de teorias da conspiração

Portugal tem um ministro da Administração Interna que quer convencer os seus cidadãos que o aconteceu dentro da esquadra da polícia de Portimão - onde uma desavença acabou com um indivíduo a disparar sobre uma outra pessoa à frente de vários polícias - pode ser comparado à morte de Lee Harvey Oswald por Jack Ruby na esquadra da polícia de Dallas...



Isso só é possível em Portugal porque os jornalistas, depois de terem ouvido as declarações do ministro, não fizeram uma pergunta cuja resposta pode ser facilmente encontrado na Internet: "Mas, afinal, e o que foi que aconteceu ao gajo que matou lá o tipo Osvaldo?"...
E, já que estamos em dia 11 de Setembro, aqui fica mais uma memória conspirativa para explicar que, afinal, a culpa começou por ser mesmo da polícia, que facilitou a missão àqueles que mataram o presidente JFK e depois deixaram matar o homem que diziam que matara JFK...

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20080909

Do outro lado da carta do Lar do Comércio

Foi há dez anos. A avó Alda tinha então 84 anos e encontrei-me com ela no aeroporto da Portela, onde chegara do Porto vinda de avião. Iria depois apanhar uma ligação aérea de Lisboa para Luanda, para se encontrar com o filho mais novo, o meu tio Carlos, radicado há anos em Angola. Depois, seguiriam ambos para o Lubango. Quem diria que com aquela idade iria meter-se na aventura de viajar para uma África que desconhecia? Mas o desafio lançado pelo meu tio - que pedia a presença da mãe no dia dos seus anos - revelou-se mais forte e a avó Alda acabou mesmo por dar essa alegria ao filho e foi passar férias a Angola, na antiga Sá da Bandeira. Durante a conversa que tive com ela na mesa do café Astrolábio, enquanto fazíamos horas, tive a oportunidade de ficar a conhecer muitas histórias da sua vida que até então ignorava. Pensei na ironia da minha profissão que me permitia saber tantas histórias sobre a vida de pessoas que não conheço, quando, ali, na minha família, brotava um manancial de episódios dignos de serem contados. Um dia talvez os conte...
Serve isto para dizer que, quando há uns meses a avó Alda baixou à “enfermaria” do Lar do Comércio, continuava uma pessoa lúcida e, segundo creio, os cuidados médicos pediam um acompanhamento normal de enfermagem. Ou seja, a avó Alda poderia manter-se no seu quarto, na cama que era a dela, com os móveis que conhecia, rodeada das fotos dos seus familiares. Era o sítio ideal para os seus últimos dias. Mas não deixaram que isso fosse possível.
Fui visitá-la no início das minhas férias. Ela estava na tal “enfermaria”, pois, alegava-se, tinha um “vírus infecto-contagioso”. Ela e mais duas senhoras. As três estavam numa quarto ao fundo da “enfermaria”, sem qualquer protecção para o exterior (podia ser que o tal vírus fosse respeitador e não passasse da porta), enquanto os visitantes eram submetidos a uma tortura psicológica, pois, antes de entrar, tinham de calçar luvas, colocar uma bata e uma máscara. E era assim que falavam com os seus familiares. Dias antes dessa minha visita, a avó Alda - contou-me o meu pai - tinha sido levada para um hospital e depois para outro, onde pernoitou, mas onde os médicos nada encontraram que justificasse um internamento e remeteram-na de volta à proveniência, ou seja, o Lar do Comércio da Maia.
Quando há dias o meu pai recebeu a carta, liguei pela primeira e única vez para o presidente do Lar do Comércio. Perguntei-lhe se me podia explicar, de forma lógica, o que se estava a passar.
Da explicação pouco ou nada me lembro. Tudo isto mexeu com os meus sentimentos - por isso, como jornalista, não consigo fazer nada e deixo isso ao critério de quem ler este testemunho. Para mim, a situação era completamente inexplicável e a desculpa da falta de meios ou da crise do país não pode servir para tudo. Mas, tomei alguns apontamentos que escrevi no verso da minha cópia da carta...



As soluções propostas pelo presidente do Lar do Comércio eram então as seguintes:

- Quando a “infecção” passar, seja daqui a cinco ou 15 dias, a D. Alda pode voltar ao quarto.
- O Lar do Comércio compromete-se a dar, no quarto, três refeições diárias (uma “benesse”, segundo me pareceu), ou seja, pequeno-almoço, almoço e jantar.
- Os medicamentos que eram pagos pelo Lar passam a ser pagos pelos familiares.
- Haverá duas a três mudas de fraldas diárias com respectiva mudança de posição.
- Pode ter uma pessoa paga pela família para lhe fazer companhia, mas apenas durante o dia. À noite não.
- Não pode deixar o quarto à noite para ir para a enfermaria, pois isso implicaria ocupar um outro espaço.

Quando transmiti estas informações ao meu pai - que andava a esgotar a via do diálogo com o presidente - perguntou-me a minha opinião. Sugeri que, se a pudesse tirar de lá, que a tirasse. Contudo, tal solução não era comportável com o investimento feito na compra do direito vitalício do quarto. Então que a avó Alda fosse para o quarto, para a companhia dos seus bens e das suas referências, quando a suposta “infecção” estivesse sarada e logo se veria o que se podia fazer em relação ao acompanhamento médico nocturno.
Não foi necessário esperar, pois a avó Alda resolveu-nos o problema mais cedo do que o que se esperava. Deu descanso aos meus pais e conquistou o descanso que há tanto almejava. Agora, espero, que a sua morte não dê descanso a quem sancionou aquela carta e só tinha aquelas soluções. O sofrimento e a forma como foi tratada não merece cair no esquecimento. A bem do futuro de todos nós.

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20080906

Faleceu hoje a filha do 1º Cabo nº 271 da 9ª Companhia de Infantaria 18

Telefonou-me hoje a minha mãe a dizer-me que a minha avó paterna faleceu esta tarde. Iria fazer 95 anos no próximo dia 4 de Outubro. Vou ter muitas saudades da avó Alda. Quando ela ainda morava na casa de Francos, onde nasci, fui o mais novo de todos os seus netos e isso criou fortes laços entre nós. A história da Alda Augusta terá de ser contada um dia...
Não iria incomodar-vos com uma notícia familiar se não sentisse que há algo que tem de ser partilhado publicamente com quem me conhece pessoalmente e com quem é leitor anónimo deste blog.
A minha avó nunca conheceu o pai, pois este morreu durante a I Guerra Mundial, quando ela tinha apenas 4 anos. António Costa, meu bisavó, era o 1º Cabo nº 271 da 9ª Companhia de Infantaria 18, que, em 1915, partiu para Angola. Fico contente por saber que esta noite vão estar a conversar sobre todos estes anos em que estiveram separados...




Agora, o que eu não posso esquecer e perdoar é a vergonha que foram os seus últimos dias na terra. A avó Alda estava há alguns anos a residir no Lar do Comércio, na Maia. Uma instituição de Terceira Idade com pergaminhos, mas onde a nossa família acabou por descobrir - da pior maneira - que, enquanto os idosos têm saúde e força para, por exemplo, ir cantar as Janeiras à Assembleia da República e tirar lindas fotos são o máximo, por outro lado são mal-queridos quando a ordem natural da vida os atira para a "enfermaria" da instituição. Aí há um novo mundo onde se nota a falta de meios e sensibilidade para lidar com situações naturais da vida.
Não acreditam? Eu também não acreditava, mas o meu pai recebeu esta carta na semana passada que, por si só, é suficientemente elucidativa ...



A Alda Augusta descansa agora em paz. Aconselho-vos a não descansarem enquanto casos como este acontecerem com os que ainda estão vivos.

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20080903

O jornalismo de Pilatos



O jornalismo de Pilatos não se compromete, nem informa. Divulga. Não importa que sejam 12 páginas a cinco colunas, muitas delas sem qualquer foto e contra todas as regras de uma boa comunicação. O importante é não fazer qualquer análise que possa comprometer os jornalistas. O jornalismo de Pilatos apresenta um documento jurídico sem qualquer contextualização nem decifra anexos que não podem ser consultados. Mas mostra o documento todo. Todinho. Não se pode dizer que escondeu informação, mesmo que ninguém tenha capacidade de conhecer todos os factos, que só são sobejamente conhecidos pelas partes intervenientes. Como o jornalismo de Pilates não quer confrontos com os poderosos, mas também não quer parecer que está a esconder algo do público (por medo da crítica), o jornalismo de Pilatos diz "Ecce Documentus!" e depois lava as mãos.

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20080901

Regresso... ao chip


De regresso ao activo, recupero uma notícia que foi colocada na caixa de comentários:

"Cavaco Silva promulga decreto que vai permitir instalação de 'chip' electrónico nos automóveis

Lisboa, 28 Ago (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou hoje o diploma que autoriza o Governo a legislar sobre a instalação obrigatória de um dispositivo electrónico de matrícula em todos os veículos motorizados.
O chefe de Estado fez acompanhar a promulgação de uma mensagem, disponível no site da Presidência, onde considera que 'as dúvidas quanto à limitação à reserva de intimidade da vida privada dos cidadãos que o novo mecanismo de identificação e detecção electrónica de veículos suscita, e que não foram dissipadas durante o debate parlamentar, poderão ser resolvidas pelo Governo no decreto-lei a aprovar ao abrigo da autorização contida na lei agora promulgada'".

Esta medida é mais um passo em direcção a algo que já chamei a atenção e que podem relembrar nesta recolha de textos.
Não me parece que os avisos de Cavaco Silva venham a preocupar muito os senhores legisladores da medida. Agora, existe uma maneira de defender-nos de eventuais abusos decretados pelo Parlamento. Isso passa pela constituição de uma associação de cidadãos que possam monotorizar as Liberdades e Garantias. Não é nada de novo. Desde 1934 que, em Inglaterra, existe a Liberty.

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