20100331

Algumas perguntas ao "O Diabo"

Na última página do semanário "O Diabo" desta semana foi publicada esta crónica assinado por um tal "Fra Diavolo"...



Sendo este semanário uma publicação dita "independente" e com um historial democrático único na história da Imprensa nacional - que outro jornal agarrou de forma tão séria a questão de "Camarate" e contribuiu decisivamente para que o caso não caísse no esquecimento? - queria, à luz desse passado, deixar aqui algumas questões:

1 - Quando se diz que o Clube Bilderberg "não é secreto" - e, neste caso, tem toda a razão, pois o que é secreto é o que não se sabe que existe. Seria o mesmo que dizer que o SIS são os serviços secretos de Portugal quando toda a gente sabe que o SIS existe, logo, não pode ser um serviço secreto -, acrescenta que "as suas reuniões e a sua agenda são divulgados com abundância na Comunicação Social". A minha pergunta é: qual foi a Comunicação Social que "divulgou" com "abundância" as últimas reuniões? Consegue quantificar quantos órgãos noticiaram a agenda das últimas reuniões? Já agora, algum deles calhou ser, por exemplo, um canal de televisão? Pública ou privada?

2 - "E relatos pormenorizados do que lá se passa são anualmente publicados por jornalistas convidados para assistir"? Ah, sim? Mostre-me um artigo publicado por um jornalista que lá tenha estado a assistir. Basta um.

3 - "O Clube nada decide politicamente". Como sabe? Já esteve em alguma reunião? Então o que vão lá fazer os políticos? Turismo?

4 - "É, isso sim, um poderoso 'lobby' onde banqueiros e financeiros vão comunicar o que lhe convinha para o próximo ano, envolvendo à mistura uma dúzia de políticos e barões da Imprensa, para ouçam o que é preciso ouvirem". Então, acha democrático que políticos eleitos para cargos públicos aceitem convites de grande agentes financeiros para "ouvirem" o que estes têm para dizer em reuniões fechadas e longe de qualquer escrutínio público? Se sim, então libertem já Manuel Godinho, pois esse só ofereceu robalos e canetas de luxo. Não ofereceu empregos a políticos nem garantiu a "Boa Imprensa" necessária para os eleger.

5 - "Quanto a Rangel, já se viu o enorme 'poder oculto' de Bilderberg. Passos, o vencedor, é que nunca lá pôs os pés". Luís Filipe Meneses também já foi líder do PSD sem nunca ter ido a Bilderberg, mas não chegou a primeiro-ministro. Rangel ainda não foi à reunião deste ano. Quando for, logo veremos o que vai acontecer no país. Entretanto, tenho quase a certeza que a próxima reunião e a agenda da mesma vai ser "abundantemente" divulgada no semanário "O Diabo".

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20100329

Uma boa ideia

20100328

À espera da bomba...

20100326

Bandeira de Portugal



Não entendo por que lhe chamam "Bandeira da Monarquia". Será que chamam à actual "Bandeira da República"? Ou não existia Portugal antes da República? Quando muito, que lhe chamem "Bandeira de Portugal quando o País era uma Monarquia europeia respeitada em todo o mundo e cujas cores, azul e branco, são bem mais simbólicas do que as actuais". Aí sim, seria uma boa designação para esta bandeira, que também fica muito bem na fotografia.

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20100325

Registe-se...

20100323

Professores em 1981...

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20100322

Qual será o mais surreal?

20100320

Lembrar Roldán

20100318

Estrada para a Liberdade

Por que razão não se evoca o 16 de Março? É por ter sido um golpe falhado? Mas, então, se não tivesse havido essa intentona, esse dito "ensaio" de Revolução, será que a acção militar de 25 de Abril teria tido sucesso? Por que não se aproveitam estes dias que antecedem a festa de Abril para organizar palestras, fazer conferências, iniciativas cívicas, debates, discussões, encontros, concursos, exposições, corridas, feiras populares, jogos florais, livros, festival de música e outras iniciativas tais sob uma denominação de, por exemplo, "Estrada para a Liberdade - Do 16 de Março ao 25 de Abril"? Assim, vamos chegar ao dia 25 de Abril - que este ano, ainda por cima, nem sequer vai dar direito a feriado, pois calha a um domingo - e a data histórica vai ser marcada com mais discursos e flores na Assembleia da República que não atraem ninguém e uma qualquer marcha "popular" na Avenida da suposta Liberdade, engajada a uma esquerda cada vez mais fracturada pela sociedade de consumo, encabeçada por uns quantos que quase não têm voz activa - ou emprego - e, prontos, já está! Celebrou-se a data, cumpriu-se a "praxe" e, no dia 26, vai a malta trabalhar feito carneiro - os que podem, lá está. Se há "mito" sobre o nosso 25 de Abril é o do que, em Lisboa, nada acontecia antes da Revolução que merecesse a atenção da Imprensa norte-americana. É mentira. A 16 de Março de 1974, o mui respeitável "New York Times", através do seu correspondente na Península Ibérica, o jornalista Henry Giniger, escreveu que havia um livro escrito por um general e que estava a abalar o país...



Dois dias depois, o mesmo diário norte-americano publicou uma reportagem do seu correspondente sobre a intentona do 16 de Março. Foi então realçado o facto de que a Imprensa portuguesa, sempre controlada e habituada à censura em relação a assuntos militares ou de dissidência política, desta vez fora autorizada a fornecer detalhes completos sobre os acontecimentos, "talvez como aviso a outros aspirantes a golpistas". E a única "invasão" que ocorrera nesse dia fora a dos adeptos do FC Porto, que vieram com as suas bandeiras e cornetas jogar contra um clube de Lisboa. Contudo, o "contigente" do Porto teve de regressar a casa após ter sido batido por 2-0. Linguagem bélica a lembrar o célebre artigo desportivo do diário português "República", desse mesmo dia 18 de Março - faz hoje 36 anos -, que terminava com estas palavras: "Perdeu-se a batalha, mas não a guerra"...

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20100315

Marionetas e censura

É lógico que quem critica a direcção do próprio partido a dois meses de eleições tem razões políticas para o fazer. Logo, estará bem identificado no alcance propósito das suas acções. Os eleitores que decidam depois quem tem razão: ele ou a direcção do partido. Penso que se chama a isso... err... Democracia, não? Deve haver disciplina, sim e sempre. Mas, quando alguém não concorda com determinada política, ou muda internamente o que não está bem, ou sai pelo próprio pé. Boicotar premeditadamente uma campanha política ou apresentar-se como candidato numa campanha alheia são motivos facilmente compreendidos pelo cidadão comum para levar à expulsão de um militante - caso o militante ainda não tenha percebido que aquele, se calhar, não é o seu partido. Agora, impôr uma regra que impede a livre expressão, apenas por um breve período de tempo, de um militante cujas ideias contrárias são sobejamente conhecidas, não só é "censura desnecessária", como se torna perigosamente risível...

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20100312

"O Complexo", sem complexos...

20100310

Amador?!

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20100308

O acidente ou atentado de Montemor-o-Novo?

Costa Martins, capitão de Abril, ex-ministro do Trabalho responsável pelo "um dia de trabalho para a Nação", acusado de ter desviado fundos, preparava-se para "apresentar um requerimento à actual ministra do Trabalho, Helena André, para que 'tomasse a iniciativa de divulgar publicamente os resultados de um inquérito feito no ministério há uns anos e que o ilibavam'". Faleceu na queda do avião onde seguia, em Montemor-o-Novo, juntamente com um experiente piloto.

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Será que Morais Sarmento vai fazer a rodagem ao carro?

O que este País precisa

É preciso um primeiro-ministro que inspira confiança e não um que corre e transpira mas, quando fala, deixa-nos sempre desconfiados. É preciso que no PSD apareça alguém que recupere a História do partido. Não basta citar Sá Carneiro, é preciso agir à Sá Carneiro. É necessário que haja um candidato que diga, por exemplo, que neste momento, Cavaco Silva ainda não anunciou se é recandidato a Belém, pelo que o PSD tem de pensar na hipótese de ter de vir a escolher um outro candidato. É assim que se faz a "ruptura" e se promove a "mudança". De outra forma, é mais do mesmo e disso estamos nós cansados.

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