20060429

Apenas uma impressão...

Nos últimos tempos tenho sido "assaltado" por uma espécie de pressentimento, uma impressão que se aninha na minha consciência e que tenho de partilhar.
Trata-se sobre o que Cavaco poderá fazer em Belém face ao actual panorama político.
O percurso do actual Presidente da República, é sabido, foi traçado a computador. Já muito estava escrito há mais de 20 anos. Aliás, o Presidente da República que se seguirá a Cavaco está já hoje a preparar o caminho de intrigas e de troca de favores para assegurar o seu futuro lugar (coisa que num regime monárquico seria um esforço desnecessário).
A Europa da União não permite ditaduras ou aventuras militares como, por exemplo, a de um Hugo Chávez na Venezuela (com mudança de nome de país e de bandeira). Mas isso é o que nos querem fazer acreditar...
Eu acredito que, se quisermos, seria possível fazer uma revolução. É só os homens quererem, ou, como alguém disse, deixarmos de ser cobardes e libertar-nos a nós próprios.
O futuro há muito que está previsto. E Cavaco sabe-o. Está lá no computador do economista. As críticas de hoje são as mesmas de há 30 anos. O petróleo é o combustível que alimenta as nossas almas, sujas, como a sua cor. E o preço sobre todos os dias.
Polui a nossa terra, provoca guerras.
E aumenta todos os dias.
O povo individa-se e o dinheiro que ganha por mês mal chega para sobreviver, quanto mais para poupar.
Os ricos, esses, estão cada vez mais ricos (a família Bush parece que quadriplicou a sua fortuna pessoal desde o 11 de Setembro). Os pobres mais pobres e etc, etc...
Agora vejam esta ideia, este cenário, e digam se ele não seria plausível:
Um dia, daqui a um ano por exemplo, quando o desemprego atingir os 600 mil em Portugal e o petróleo tiver ultrapassado os 100 dólares por barril, a quem é que o povo vai pedir ajuda?
A Sócrates? Não.
Vai em massa a Belém pedir ajuda.
Belém, será essa luz. A chama da esperança social...
E Cavaco, seguindo passos inaugurados por Sampaio, terá legitimidade para demitir o Governo. Manterá a AR durante uns tempos, mas nomeará um governo composto pelos seus conselheiros de Estado. Marcelo Rebelo de Sousa como primeiro-ministro e Manuela Ferreira Leite como ministra das Finanças. E Dias Loureiro como ministro da Administração Interna.
E o povo agradecerá a ditadura.
O único ponto positivo deste cenário de caos é que, nesse dia poderemos, finalmente, começar a pensar na Revolução que faz falta...

O código do juiz Smith

O juiz inglês do caso de plágio de Dan Brown divertiu-se a esconder um código dentro da sentença...
Agora, o que ainda ninguém revelou foi "O Código dentro do 'O Código da Vinci'". Mas esse serei eu a revelá-lo.
E isso está para breve...

20060427

O padre homónimo

Depois do Carlos Narciso ter dado o mote, aqui fica a minha história sobre o padre Frederico, que conheci quando o fui entrevistar no Rio de Janeiro, em 2002.
Não fiz qualquer espécie de juízo de valor sobre o seu julgamento e fuga de Portugal. Apenas procurei escutar a verdade daquele homem. O julgamento, em 1993, coincidira com o início da minha actividade profissional de jornalista. Recordo-me mesmo do "O Primeiro de Janeiro", o diário do Porto onde então trabalhava, apesar de viver fortes dificuldades financeiras, ainda assim mandou uma jornalista à Madeira fazer a cobertura do julgamento. Era o início das televisões privadas, o que muito ajudou para a divulgação do caso. Sempre acreditara que o padre Frederico fora condenado porque a justiça era cega e que houvera provas suficientes para tal. Suficientemente fortes para basear uma "convicção"...
Frederico Cunha, que eu saiba, não guarda muitas imagens ou recortes das notícias do seu julgamento. Mas tem lá em casa no Rio de Janeiro, religiosamente guardada, uma cassete com a gravação de uma reportagem da RTP da autoria de Rui Vasco Neto, onde se levantam dúvidas sobre o seu caso.
Vou citar algumas dessas dúvidas de memória, por isso corro o risco de não ser rigoroso. Mas, por agora, aqui ficam as questões mais marcantes:

1 - O jovem morto desapareceu num ponto isolado da ilha da Madeira. Quem encontrou o seu corpo não foi uma pessoa qualquer. Foi o padrasto. Como soube ele onde procurar? E será que isso tem alguma relação com o facto do jovem ter confidenciado a amigos que ia abandonar a ilha, provavelmente por não se dar bem com o padrasto?

2 - Poderá haver alguma relação entre esta história e casos de tráfico de droga naquela área da ilha?

3 - A autópsia deixou dúvidas. As marcas no corpo não parecem indicar que o corpo terá sido atirado pelo penhasco. Poderia ter sido ali colocado...

4 - Testemunhas dizem ter visto a vítima noutro local e à mesma hora em que outras testemunhas dizem ter visto o padre no carro com a vítima. A primeira testemunha afirma ter tido um contacto directo com a vítima. As outras estavam dentro de viaturas e o seu contacto foi indirecto.

5 - O corpo do jovem foi encontrado no início de Maio, salvo erro a 2. O padre Frederico esteve em Fátima a 13 de Maio e regressou à Madeira. Caso tivesse sido ele o criminoso, não teria fugido logo para o Brasil? É claro que isso poderia ser entendido como uma confissão. Mas, ainda assim, porquê arriscar regressar à Madeira?

Faz hoje 30 anos...

... que a CIA elaborou este relatório sobre as eleições portuguesas.




O ponto mais "interessante" é aquele onde se diz que Mário Soares, líder do PS, até que aceitaria coligar-se com o PPD, caso Sá Carneiro não fosse o líder dos sociais-democratas, mas sim Magalhães Mota. E que confidenciou isso ao amigo americano, Carlucci...
Foi assim que começou a frágil Democracia em Portugal, com estas querelas pessoais...
Aquilo que podia ter sido feito em 1976, só aconteceu em 1983, quando Sá Carneiro já tinha morrido...
Muitas vezes dou por mim a pensar que se o "Bloco Central" (governo de coligação PS/PSD) tivesse sido instituído em 1976 e não em 1983, Portugal não teria vivido anos de atraso que ainda hoje se sentem...

20060426

Armazém 6

A Bruaca declarou que o dia 26 de Abril doravente será dia da Liberdade, pois marca a data em que saiu do Armazém 6. Porém, descansem os fãs, pois ela promete que vai manter o blog, possivelmente com as memórias... Esperemos que a promessa não se perca como aconteceu com aquelas feitas há 32 anos e que ainda hoje estão por cumprir...

Em Espanha ainda se vai fazendo jornalismo...

O diário espanhol "El Mundo" do passado sábado teve a LIBERDADE de publicar um extenso artigo com o autor do livro sobre o Grupo de Bilderberg, Daniel Estulin.




Daniel Estulin revela, por exemplo, que o plano para a invasão do Irão está em andamento e que isso deverá acontecer no fim deste ano ou princípio do próximo. até lá, o petróleo deverá atingir os 150 dólares por barril...

Entretanto esta é capa da versão espanhola do livro de Daniel Estulin.



Um livro que, em Portugal, foi editado pela Temas&Debates, e ainda no Círculo de Leitores...



Agora, comparem a versão espanhola com a versão portuguesa neste pequeno trecho que nos diz respeito e descubram as diferenças!!!




Afinal, nesta terra da LIBERDADE, ainda existe mesmo CENSURA!!!!!

20060425

Amigos...


Abril, 25

Achas mesmo que tens Liberdade?...

20060421

Livreiros com sentido de humor...


20060420

"Abril Sangrento" em destaque



"Abril Sangrento" em destaque na Bulhosa das Amoreiras...

Não fui eu!!

De facto, queixei-me na semana passada sobre o constante assédio por parte de angariadores na Baixa. E perguntei mesmo se não havia maneira de acabar com aquela situação. E eis que esta semana teve lugar uma acção policial...

("Público", 19/4/2006)

Sinceramente, acho que neste caso foi realmente uma coincidência...

20060419

"AIR FORCE ONE" COM UM GRAFFITI!!!!!!!


O avião do Presidente dos EUA, o "Air Force One", foi pintado com um graffiti!!!! Incrível!!!!... O autores da proeza iludiram a segurança e filmaram tudo! Não vi ainda isto em qualquer televisão!... E ouçam ainda o que o mentor da ideia, Marc Ecko, tem para dizer sobre essa acção em "Still Free"!.....

20060418

Notícias de Israel

Para conhecer uma verdade alternativa do lado dos israelitas, podem consultar o site de Barry Chamish.

E-mail enviado em 1956

De vez em quando encontramos coisas destas esquecidas num livro comprado aos alfarrabistas. Acho que não cometo qualquer crime de violação de privacidade se partilhar convosco este e-mail enviado em 1956...


Joe Weil convida-nos

Abril 2006

É tempo de revisitar a revolução.

Por Joe Weil

Adolfo Ayala passou a vida a lutar. Era um corcunda e um revolucionário. O objectivo da sua vida era derrubar o regime de Salazar. Mas, após a revolução de 25 de Abril, a sua mente não estava ocupada apenas com festejos. Ayala estava profundamente pertubado, pois estava a par de algo que envolvia a oposição que agora se instalava no governo revolucionário.

Tendo sido secretário do General Humberto Delgado, Ayala estava por dentro de um segredo sórdido que implicava essa oposição que agora ascendia ao poder em Portugal. Alguns dias após o 25 de Abril, Ayala contactou José Pelágio, que tinha estado com ele e com Delgado na noite do Golpe de Beja. Quando do encontro com Pelágio, Ayala falou como um homem que temesse pela sua vida: "Não digas nada sobre Beja!", vociferou, "Estás a ouvir-me? Mantém o bico fechado quanto a Delgado e Beja! Colocar-nos-ias a ambos em perigo se dissesses alguma coisa sobre o que se passou naquela noite!"

José Pelágio levou a sério o aviso de Ayala e manteve-se calado. E, nesse período pós-revolução, à medida que os dias se foram transformando em semanas e meses, ele foi compreendendo, pouco a pouco, as razões por detrás do receio e alarme de Ayala. O PCP e outros grupos de extrema esquerda estavam a tomar conta de Portugal. Pelágio e Ayala sabiam que o PCP e a extrema esquerda tinham sido responsáveis pelo fracasso da revolução iniciada por Delgado, uma vez que este pretendia substituir Salazar pela democracia – não pelo comunismo.

O conhecimento que Pelágio tinha da traição a Delgado resultara do seu envolvimento com o General no decurso Golpe de Beja. Na noite do golpe, Pelágio, conduzindo o seu próprio carro, levara o General, sob disfarce, a Beja, onde pretendia assumir o comando das operações. Porém, para grande contrariedade do General, alguns dos revoltosos informaram-no de que chegara demasiado tarde.

Contudo, Pelágio estivera com esses conspiradores algumas horas antes, quando eles tinham tomado a decisão de manter Delgado afastado do golpe. Em seu lugar, foi o capitão Varela Gomes, um radical de esquerda, que assumiu a chefia da revolta. Mas a liderança de Varela Gomes foi inepta e deitou o golpe a perder.

Além disso, Pelágio e Ayala sabiam que o episódio de Beja era apenas uma numa sucessão de traições que tinham comprometido a revolução iniciada por Delgado. Ayala tinha estado na Argélia quando o sector mais extremista da oposição afastara Delgado da chefia da FPLN, a principal força que desafiava o regime de Salazar.

Ayala e Pelágio sabiam que o sector mais à esquerda da oposição tinha marginalizado e isolado Delgado. Eles sabiam que Delgado tinha sido abandonado por essa oposição crescentemente radicalizada, e que fora isso que o impelira a uma última e desesperada tentativa para entrar em Portugal, tentativa que resultara na sua captura e assassinato às mãos da PIDE.

Em síntese, Ayala e Pelágio sabiam que as forças que manobravam Portugal no período de radicalismo do pós-25 de Abril, tinham sido cúmplices no aniquilamento da Revolução liderada por Delgado nos anos 50 e 60. Eles sabiam que Portugal estava a pagar um preço terrível pela traição a Delgado. Ao fazer fracassar Delgado e a sua revolução, as forças de esquerda permitiram que Portugal se envolvesse na guerra colonial e suportasse mais catorze anos de ditadura. No entanto, Ayala e Pelágio nada podiam fazer contra os movimentos de esquerda de meados dos anos 70 e tinham receio de alguns dos seus líderes.

Após o 25 de Abril, o mesmo Varela Gomes que tomara o lugar de Delgado no Golpe de Beja, chefiava a temida 5ª Divisão, uma unidade militar de extrema esquerda responsável por assegurar a "integridade da Revolução". Fernando Piteira Santos, que orquestrara a traição a Delgado em Beja e na Argélia, era um intelectual revolucionário muito próximo dos centros de poder dos partidos de esquerda.

Além disso, havia o resto da oposição, os moderados que não tinham contribuído para atraiçoar Delgado, mas que também nada tinham feito para o ajudar. Ayala e Pelágio receavam enfrentar quer os que tinham derrubado Delgado, quer os cobardes que se limitaram a assistir à sua queda.

Ayala viveu uma vida obscura em Lisboa. Um pouco antes da sua morte, proferiu algumas declarações em que revelava estar a par do movimento que atraiçoara Delgado, nomeadamente através de um artigo com Joaquim Vieira intitulado "Ayala, o resistente".

Pelágio mudou-se para uma quinta remota na província e guardou silêncio durante três décadas. Tropecei na sua história há três anos, quando o visitei – acontece que ele é meu tio-avô. Para confirmar as suas memórias do Golpe de Beja, entrevistei dezenas de revolucionários que tinham estado envolvidos no dito golpe. Não só recolhi abundantes provas que corroboravam a sua versão dos acontecimentos, como descobri que outros revolucionários também estavam inteirados das traições a Delgado quando dos episódios de Beja e da Argélia, mas que também eles tinham mantido silêncio.

Na posse destes factos sobre Delgado, fui obrigado a olhar para o governo português sob uma nova luz. O legado do 25 de Abril ganhou para mim um novo e mais sinistro significado. Porque demorou tantos anos a eclodir a alegria libertadora trazida pela revolução de Abril? Tem sido dita a verdade aos portugueses sobre o seu passado? E pode um país a quem contaram mentiras sobre o seu passado ter sucesso no futuro?

Estas e muitas outras questões têm de ser consideradas, agora que nos aproximamos de mais um aniversário do 25 de Abril. Porque se Portugal quer atingir uma posição de desenvolvimento e estabilidade, tem de alicerçá-la solidamente na justiça e na verdade.

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No âmbito do lançamento nacional do livro "Portugal Livre", em edição de autor, vimos por este meio convidar V. Exas para a sua apresentação com a presença do seu autor, Joe Weil, que se realiza em:

Coimbra 20 de Abril – 5ª Feira na Livraria Almedina (Finisterra)
Rua Alexandre Herculano nº 3 , pelas 19H00.

Porto 21 Abril – 6ª Feira na Livraria Almedina (Arrábida Shopping)
Vila Nova de Gaia, pelas 21H00.

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Sinopse do livro


Um americano com raízes portuguesas descobre uma conspiração ocorrida numa encruzilhada do passado recente de Portugal.

O autor , Joe Weil, desenterrou uma faceta sombra da revolução portuguesa ao investigar o Golpe de Beja. No processo de trazer à luz a verdade, Weil descobriu factos há muito ocultos sobre o Golpe de Beja – Um movimento que se enredou em conspirações e traições. Em última análise, os factos vindos a lume sobre o Golpe de Beja geram uma perspectiva inteiramente nova sobre a luta pela liberdade em Portugal.

Inspirado pelas surpreendentes revelações sobre o mesmo, "Portugal Livre" põe a nú as mentiras sobre a revolução portuguesa e levanta questões fundamentais sobre a marcha de Portugal, da tirania até à liberdade.

-Aquilo que sabemos da revolução portuguesa é falso?
-A verdade acerca da revolução foi encoberta?
-O General Humberto Delgado quase conseguiu libertar Portugal e evitar a guerra colonial, mas a verdade foi omitida ? Alguns portugueses têm mentido sobre o seu verdadeiro passado ?

Joe Weil
Biografia

Joe Weil tem 26 anos, nasceu e vive em Nova Iorque. Tem visitado e permanecido em Portugal com frequência ao longo de toda a sua vida. Dedica parte do seu tempo a pesquisar acontecimentos e factos históricos portugueses. Curioso, decidiu por iniciativa própria levar a cabo uma investigação sobre factos e acontecimentos ocorridos em Portugal. O resultado para já, a edição do livro e tertúlias sobre o assunto.

Portugal Livre, escrito e editado por Joe Weil, revela o seu empenhamento em contribuir para o esclarecimento da nossa história como alicerce de um presente e consequentemente por um futuro melhor. Um desafio sustentado pela perspectiva do autor do Portugal contemporâneo que diz respeito a todos nós. Universalmente portugueses.

Paralelamente Joe weil integra uma empresa de publicidade televisiva em Nova Iorque chamada www.321launch.com na qual é Director criativo e produtor executivo de directos televisivos, posteriormente a um percurso de inúmeras realizações de curtas metragens da sua autoria. Tendo escrito, dirige e produz actualmente um programa televisivo.

20060416

As fotos oficiais

No dia 11 de Setembro de 2001 estava eu de férias e na altura dos ataques preparava-me para ir de carro de Lisboa até ao Porto. Só vi as principais imagens ao fim do dia. Tal como grande maioria de nós, durante os dias que se seguiram, sentado no sofá de casa, longe da redacção, "comi" a versão oficial de que tinha caído um avião no Pentágono. "Comi" ainda com a história de que tinha caído um segundo avião, o voo 93, após uma luta a bordo.
Agora que a actualidade se ocupa do julgamento de Moussaoui, desafio os jornalistas portugueses a não "comerem" tudo o que vem dos EUA. Olhem para as fotos oficiais da acusação e vejam se ainda conseguem dizer sem se rirem para dentro que, no caso do Pentágono, por exemplo, ainda há quem consiga "comer" que aquele "buraquinho" foi provocado pela queda de um avião comercial...




Aquelas imagens já não conseguem ser "vendidas" com a ideia física que temos de desastres aéreos. Estive naquele local dois meses após o atentados e comprovei, por exemplo, a proximidade da auto-estrada sobre a qual, alegadamente, terá voado o pesado avião comercial que foi embater no Pentágono...



... e que só terá arrancado uma meia-dúzia de postes de electricidade.





Houve mortes, lá isso houve, contudo tal como a história dos canivetes ou faquinhas com que os terroristas conseguiram dominar a tripulação e desviaram os aviões... (e que agora até surgem em saquinhos de "government exhibit"!)



...tudo isto, ainda hoje, ou melhor, SOBRETUDO HOJE, não deveria ser encarado levemente como algo sobre o qual não vale a pena reflectir. Por exemplo, o voo 93, aquele do qual há dias as televisões passaram as supostas gravações dos últimos minutos, antes de, SUPOSTAMENTE, se ter despenhado no solo (onde, mais uma vez, as imagens do local não correspondem fisicamente à ideia de uma queda de avião...)



... foram convenientemente "recuperadas" as caixas negras com essas gravações (sim, são cor de laranja!)...




... quando não há corpos para amostra. Em compensação, porém, temos cartas de condução e outros documentos à "fartazana" para quem quiser "engolir" a versão oficial!...




Para que os jornalistas portugueses possam ver mais fotos oficiais do julgamento de Moussaoui, basta ir aqui.
Para conhecerem uma notícia diferente da oficial sobre a queda do voo 93, basta passear-se na companhia do "Homem das Cidades".
Também aconselho a visita ao site "Loose Change 911", onde, no fim da secção "Evidence" têm lá boas informações FACTUAIS para reflectirem, caso ainda possuam essa humana capacidade...

20060413

Porque é Abril...


O meu mais recente livro, "Abril Sangrento", pode ser adquirido na FNAC. Também podem enviar um e-mail com um pedido para polvolivros@gmail.com.

Está decidido!

Depois disto:



Está decidido: Vou mesmo mandar tirar os canais pagos de cinema da TV Cabo!...

Midas Prestige


Francamente, já estou farto de percorrer as ruas da Baixa, desde o Rossio à Praça do Comércio, e ser constantemente abordado pelos angariadores do Midas Prestige e o seu pseudo-inquérito: "Olá! Trabalha em Lisboa?!", é a pergunta da abordagem...
A paciência de uma pessoa tem limites e depois queixam-se que somos mal-educados! Não haverá uma lei qualquer que impeça este tipo de angariação de clientes?! Se o clube é tão bom como dizem, então porquê esta necessidade de incomodar as pessoas na rua? Se um funcionário de uma loja de roupa ou de uma ourivesaria da Baixa nos viesse igualmente chamar à rua, o que seria esta zona de Lisboa?
O "Casbah", é claro!

Falta de quórum

Ontem houve falta de quórum na Assembleia da República, pois, alegadamente, os nossos deputados baldaram-se e foram logo de férias da Páscoa. Hoje, o povo não se indignou, pois a avaliar pela falta de carros na rua e de pessoas nos transportes públicos, houve falta de quórum na cidadania. E ainda se queixam os desempregados, quando, pelos vistos, nem sequer há trabalho para quem está empregado...

20060409

Contribuição para uma discussão sobre o 25 de Abril

Este é um artigo publicado no diário norte-americano "Washington Post" a 8 de Abril de 1974, poucos dias antes do golpe militar que iria mudar o rumo de Portugal. É um artigo que hoje, 32 anos volvidos, poucos portugueses conhecem. Também foram poucos os que então o conheceram. Mas quem o leu há 32 anos sabia bem por que tal artigo havia sido escrito pelo correspondente norte-americano na Península Ibérica, Miguel Acoca.
Este artigo explicava aos políticos e diplomatas norte-americanos que o golpe de Estado em Portugal podia avançar visto os importantes homens de negócio portugueses, os Mello e Champalimaud, os "capitalistas", estarem ao lado das ideias de Spínola. Só quem não souber ler jornais não consegue ver aqui a "luz verde" para a legitimação internacional das acções que os "Capitães de Abril" viriam depois a levar a cabo.
E ainda dizem hoje que o golpe foi algo "100 por cento português" e que os norte-americanos "foram apanhados a dormir"... Está bem abelha!...



Os grandes homens de negócio apoiavam as "Pombas" contra os "Falcões" da Guerra.
A guerra custava a Portugal cerca de 1.2 milhões de dólares por dia.
"O herói dos rebeldes e dos grandes homens de negócio é o general António de Spínola", explicava o jornalista, que caracterizava o general como o "homem do monóculo", com credenciais dadas na luta em Espanha com Francisco Franco e ainda na Alemanha Nazi. Depois falava do livro "Portugal e o Futuro", que vendera já 150 mil exemplares.
E prossegue o artigo:
"O general não escreveu o livro sozinho. Ele teve ajuda de oficiais militares, homens de negócio, economistas, cientistas políticos e sociólogos. Eles acreditam que a única maneira que Portugal pode acabar com a custosa guerra, e recuperar o apoio dos aliados da OTAN, é criando a república federal incluindo os três territórios africanos – Angola, Moçambique e Guiné portuguesa – numa base de igualdade.
O livro também sugere que todos os 'portugueses' na Europa e África – 10 milhões de brancos e 15 milhões de não-brancos – recebam as liberdades que lhe têm sido negadas em mais de 40 anos de regime autoritário.
Existe uma grande confiança entre os elementos pró-Spínola de que os Estados Unidos receberiam de bom grado a mudança da política africana de Portugal. Washington poderia depois providenciar a Portugal as armas que tanto necessita. Actualmente, a Marinha portuguesa compra navios de patrulha e transporte aéreo militar a Espanha. Portugal está isolado politicamente, com a África do Sul e a Rodésia como os seus principais apoiantes.
O governo de Lisboa, contudo, está desencantado com os Estados Unidos. Sente que ficou alienado dos países árabes durante a guerra de Outubro ao autorizar a ponte aérea dos Estados Unidos para Israel na base norte-americana em território português. 'E para quê?', disse um oficial amargurado.
Não há dúvida que o primeiro-ministro Marcelo Caetano que chegou a este cargo após a morte de António Oliveira Salazar, há quatro anos, simpatiza com a abordagem de Spínola. Mas aparenta estar cativo do Almirante Américo Thomaz, 79, o presidente, e membros da linha dura, que apoiam as presentes políticas de guerra.
Enquanto Spínola não se juntou aos oficiais rebeldes a 16 de Março – e poderá, de facto, ter desmantelado a rebelião ao ordenar o batalhão armado de Santarém a retirar o seu apoio – as suas propostas dizem respeito à 'africanização' da guerra de 13 anos em Angola, Moçambique e Guiné. Elas são apoiadas por dois das mais poderosas famílias de industriais – os de Mellos [sic], que controlam o complexo industrial da CUF e os Champilinauds [sic], que estão no cimento, aço e banca.
O governo foi ao ponto de censurar um depoimento pró-Spínola feito por António Champalinaud [sic] num anúncio de jornal do Banco Pinto Sotto Mayor, que ele controla.
Os falcões à volta do Presidente Thomaz parecem controlar a situação. Não só pressionam Caetano a expulsar Spínola como vice-comandante Chefe das Forças Armadas, mas também a ver-se livre do Comandante Chefe das Forças Armadas, general Francisco da Costa Gomes, que partilha das ideias de Spínola.
O novo Comandante chefe das Forças Armadas, General Joachim Luz Cunha [sic], é um adepto da linha dura que desdenha as mudanças políticas defendidas pelos Spinolistas. Os falcões acreditam que devem aprofundar o seu pé em África a todo o custo. Se Portugal perder os seus territórios africanos, eles acreditam que o País poderá ser engolido quer pela Espanha quer pelo pequeno mas bem organizado Partido Comunista Português.
Os partidos da Oposição, incluído os comunistas, têm-se mantido afastados da luta. Porém, não há dúvidas que muitos dos capitães dissidentes que emitiram um manifesto antes e depois dos oficiais a 16 de Março têm laços com a esquerda.
Até ao momento, o governo prendeu 33 oficiais implicados na revolta, mas ainda não os acusou.
DGS a ubíqua polícia secreta, está a reter pelo menos 100 potenciais rebeldes há semanas. Um capitão rebelde, de acordo com alguns relatórios, partiu para as montanhas no Norte de Portugal. Mas rumores de que está a formar um bando de guerrilheiros foram negados.
Uma das razões pela qual Spínola tem tanto apoio do sistema é a crença de que uma federação, mais as garantias de liberdade política, poderá trazer apoio a Portugal por parte das nações Ocidentais que montaram um embargo de armas ao pequeno País”.
O artigo terminava com a ideia de que havia a crença de que este plano de uma federação colocaria fim à devastadora taxa de inflação – então a correr a um ritmo anual de 20 por cento –, e mencionava ainda a grande perde de população através da imigração para os Países do mercado comum e da média de 30 baixas mensais no Ultramar, a maior parte por minas e granadas.
O jornalista do "Washington Post" não deixaria de terminar o seu texto com mais esta mensagem que, para os olhos dos políticos estrangeiros, não poderia passar despercebida:
"Nas recentes semanas, os portugueses, cuja Imprensa é censurada, têm sido colocados perante uma quantidade pouco vulgar de notícias. A revolta dos oficiais foi largamente reportada e o livro de Spínola circula livremente.
Um debate nacional sobre o assunto está aí e estende-se não só nas casernas, mas nos corredores da institucionalizada Assembleia Nacional, nos escritórios dos directores de bancos e nos editoriais dos jornais", terminava assim o artigo do importante diário norte-americano, dezassete dias antes da rebelião.

20060407

Mais dados para uma discussão sobre o 11 de Março

Em Espanha, este país tão perto de nós e, contudo, ainda desconhecido para a maioria dos portuguees, existe quem coloque questões. Há seres humanos que querem saber mais do que o seu governo lhes diz. No primeiro exemplo temos um engenheiro de telecomunicações que teve a ousadia de se interessar e soube fazer perguntas após os relatórios oficiais do 11 de Março. E publicou o resultado dessa sua busca em livro...





Também podem seguir a actualização dessa busca de Luis del Pino em "Libertad Digital".

Depois, o antigo presidente do governo de Navarra e membro da comissão de investigação do 11 de Março, Jaime Ignacio del Burgo, descobriu que, afinal, há demasiadas perguntas sem resposta. E também as colocou em livro...




E já, agora, lembro ainda esta manchete do nosso "Tal&Qual" de Março último...





Só faltou lembrar neste texto que o então chefe dos serviços secretos espanhóis (CNI), Jorge Dezcallar, foi o primeiro civil à frente daquele organismo e, na altura em que o nomearam para o cargo, em Junho de 2001, era precisamente o embaixador espanhol em Marrocos...
E actualmente, depois de ter sido embaixador espanhol no Vaticano, Dezcallar terá ido trabalhar para a petrolífera espanhola Repsol...

20060406

Para relaxar

20060404

Destaque



no "Destak" de hoje.

20060402

Abril Sangrento

A história alternativa sobre o 25 de Abril de 1974 já está à venda...





Caso não o encontre, pode procurar, por exemplo, na FNAC ou então envie um e-mail com um pedido para polvolivros@gmail.com.

20060401

Mensagem numa parede em Cacilhas



Para mim, é apenas para ajudar mais à discussão...

Mais exemplos para histórias alternativas

Ainda na sequência dos textos sobre a possibilidade de um 25 de Abril alternativo, deixo exemplos de outros livros e ainda de alguns filmes onde a ideia de uma história diferente é explorada.

Livros:
"How Few Remain", sobre como seria a América se a Guerra da Sucessão tivesse sido ganha pelo lado dos Confederados...
"For Want of a Nail", como seria a América se não tivesse obtido a independência da Grã-Bretanha...
"Pastwatch" - E se Cristóvão Colombo não tivesse descoberto a América?...
"SS-GB" - E se Hitler tivesse ocupado a Inglaterra?...
Existe inclusive um prémio literário para livros de história alternativa, o "Sidwise Awards"...

Filmes:
O mais emblemático, para mim, é sem dúvida o clássico de Frank Capra "It's a Wonderful Life" ("Do Céu Caiu uma Estrela", aquele que passava todos os natais). James Stewart interpreta o papel de George Bailey, um chefe de família que perde todo o dinheiro e deseja nunca ter nascido. Quando pensava atirar-se para um frio rio acaba por saltar para salvar um velho homem, Clarence (interpretado por Henry Travers), que diz ser um anjo. Clarence leva George Bailey a ver o que seria a vida dos seus familiares e amigos caso ele nunca tivesse existido. Um dos momentos mais dramático é quando Clarence mostra a campa do irmão de George, morto aos seis anos, porque George não estava lá para o salvar do acidente. E, como o irmão de George morreu, não pôde depois, no futuro, salvar os seus companheiros durante uma acção de combate na Segunda Guerra...
Outro filme de história alternativa é o "Groundhog Day" ("O Feitiço do Tempo"), com Andie MacDowell e Bill Murray. Aqui não é bem o "como seria se...", mas antes uma história de uma pessoa que acorda todos os dias no mesmo dia e tem a oportunidade de mudar as suas acções através dos erros que cometeu no dia anterior. É um exemplo assaz poético.
Em "Sliding Doors" ("Instantes Decisivos") -, a actriz Gwyneth Paltrow vive duas vidas, mas paralelas. Ou seja, durante o filme podemos ver como seria a sua vida caso ela tivesse apanhado o metro a tempo de chegar a casa e encontrar o namorado na cama com outra mulher e como seria a sua vida caso tivesse chegado atrasada...
O segundo capítulo da série "Regresso ao Futuro" é um dos meus preferidos em relação a histórias alternativas.

E mais esta...

Para ajudar à discussão sobre o 9/11...