20040831

Já estava à espera

Quem não chora...

Nunca é tarde para pedir, portanto se alguém quiser oferecer-me uma prenda de aniversário, pode escolher qualquer prancha original de BD deste "site". Para ajudar, digo que a minha preferência vai para qualquer uma das pranchas de Manara e Bilal. Desde já, o meu muito obrigado.

20040830

Diana

Ver aqui o documento de Al Fayed que foi apresentado há quatro anos atrás, em Washington, a pedir esclarecimentos.

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20040829

História mundana de Espanha

Há cerca de um mês, a "Focus" publicou um artigo, assinado por Paulo Pizarro, onde este jornalista analisava um livro do director do diário espanhol "El Mundo", Pedro J. Ramiréz, chamado "El Desquite" (A Desforra).
No dito artigo estava lá um detalhe que me chamou atenção... mas já lá vamos.
Comprei o tal livro no nosso "El Corte Inglés" e li-o como se fosse um romance de aventuras (aviso: aquilo ainda tem pouco mais de 600 páginas...).
Pedro J. Ramírez começou a investigar as acções do grupo GAL contra a ETA, ou seja, o terrorismo ilegal do Estado espanhol através dos seus serviços secretos na altura em que o país vizinho era governado pelo PSOE de Filipe González.
No caso dos GAL, recorde-se, há ainda referências a mercenários portugueses...
O diário "El Mundo" seria fundado em 1989 por Pedro J. Ramírez, sete meses depois de ter sido demitido do "Diario 16", precisamente devido à investigação ao caso GAL.
Pedro J. Ramírez, para além de ser casado com a famosa estilista espanhola Ágatha Ruiz de la Prada, é ainda um conhecido amigo pessoal do antigo primeiro-ministro espanhol e líder do PP, José María Aznar. As investigações do "El Mundo" ao caso GAL, onde havia o envolvimento de altas figuras do Estado, incluindo o próprio Felipe González, ajudaram à ascenção do PP e à vitória nas eleições de 1996.
Este livro, "El Desquite", analisa os primeiros quatro anos do governo de Aznar (entre 1996 e 2000), sendo a continuação de uma outra obra de Pedro J. Ramírez, "Amarga Vitória", onde o autor conta as investigações dos GAL até às eleições de 1996.
Feita esta introdução, vamos ao tal detalhe que me chamou a atenção.
Pedro J. Ramírez arranjou muitos inimigos no PSOE e nos serviços secretos espanhóis. Em 1997 foi alvo de uma armadilha, onde o gravaram a ter relações sexuais "pouco ortodoxas". A gravação foi feita às escondidas e a cassete vídeo seria mais tarde divulgada de uma forma anónima. Mas este ainda nem sequer é o detalhe...
O detalhe é que, no meio desta operação, ainda havia a ideia de forjar acusações contra si de pedofilia, de modo a que ele viesse a ser preso preventivamente e ficasse com a reputação manchada...
Isto aconteceu há poucos anos. Aqui ao lado, em Espanha. Acrescente-se que este plano nunca chegou a avançar, porém os responsáveis pela realização e distribuição do vídeo sexual foram condenados, entre eles um antigo assessor de Felipe González com ligações aos serviços secretos...
Agora, ao ler o Área 15 deparei-me com esta reportagem do "El Mundo" sobre a investigação aos atentados em Espanha a 11 de Março. Senti que o texto reflectia uma linha do "El Mundo", no qual faz parecer que teriam sido certas células dentro dos serviços secretos espanhóis, fiéis ao antigo poder dos anos do PSOE, que manipularam as informações fornecidas a Aznar (apontando primeiro a ETA e depois mudando para a "pista islâmica") e que retirariam ao PP a vitória nas eleições do dia 14.
Tudo cheira mal. Cá em Portugal as coisas também cheiram mal, com isto das cassetes e do caso da Casa Pia com os políticos, diplomatas e serviços secretos... Mas, em Espanha, aquilo é mais a sério...

20040827

"Livro Aberto"

Para quem não teve a oportunidade de assistir ontem à noite à minha participação no programa "Livro Aberto", de Francisco José Viegas, na RTPN, onde falei sobre o meu livro "Eu Sei Que Você Sabe - Manual de Instruções Para Teorias da Conspiração", informo que vai haver uma repetição, esta noite, por volta da uma da manhã. É no canal 11 da TV Cabo.

Duplo obrigado

Quero aqui deixar aqui um duplo obrigado a todos os amigos que hoje me felicitam pelos meus anos (pois é, já são 32) e pela minha prestação no programa de ontem à noite na RTPN, "Livro Aberto", de Francisco José Viegas, a propósito do meu livro "Eu Sei Que Você Sabe - Manual de Instruções Para Teorias da Conspiração". Muito obrigado e vamos continuar em frente!

20040826

Fonte do "Público"?

Só hoje é que vi, mas creio, caso as datas estejam correctas, que o blogue Do Portugal Profundo publicou ontem à tarde a informação que faz a manchete de hoje do diário "Público".
Fontes públicas?!

20040825

Para ajudar a Maria Filomena Mónica que hoje, no "Público", queixou-se de que não há uma lei que impedisse a existência do programa "Big Brother"

Da Constituição da República Portuguesa...

Artigo 25.º
(Direito à integridade pessoal)
1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.

2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.

Artigo 26.º
(Outros direitos pessoais)
1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.

2. A lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de informações relativas às pessoas e famílias.

3. A lei garantirá a dignidade pessoal e a identidade genética do ser humano, nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na experimentação científica.

4. A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar-se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento motivos políticos.

Artigo 27.º
(Direito à liberdade e à segurança)
1. Todos têm direito à liberdade e à segurança.

2. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado da liberdade, a não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de acto punido por lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança.

3. Exceptua-se deste princípio a privação da liberdade, pelo tempo e nas condições que a lei determinar, nos casos seguintes:

a) Detenção em flagrante delito;
b) Detenção ou prisão preventiva por fortes indícios de prática de crime doloso a que corresponda pena de prisão cujo limite máximo seja superior a três anos;

c) Prisão, detenção ou outra medida coactiva sujeita a controlo judicial, de pessoa que tenha penetrado ou permaneça irregularmente no território nacional ou contra a qual esteja em curso processo de extradição ou de expulsão;

d) Prisão disciplinar imposta a militares, com garantia de recurso para o tribunal competente;

e) Sujeição de um menor a medidas de protecção, assistência ou educação em estabelecimento adequado, decretadas pelo tribunal judicial competente;

f) Detenção por decisão judicial em virtude de desobediência a decisão tomada por um tribunal ou para assegurar a comparência perante autoridade judiciária competente;

g) Detenção de suspeitos, para efeitos de identificação, nos casos e pelo tempo estritamente necessários;

h) Internamento de portador de anomalia psíquica em estabelecimento terapêutico adequado, decretado ou confirmado por autoridade judicial competente.

4. Toda a pessoa privada da liberdade deve ser informada imediatamente e de forma compreensível das razões da sua prisão ou detenção e dos seus direitos.
5. A privação da liberdade contra o disposto na Constituição e na lei constitui o Estado no dever de indemnizar o lesado nos termos que a lei estabelecer.


Conclusão: O "Big Brother", desde o início revelou que iria violar a intimidade dos concorrentes. Esses concorrentes jamais deveriam ter sido privados da sua liberdade, mesmo tendo aceitado tal ao assinarem o contrato. Toda a orgânica do programa partia de uma base de um experiência científica, comparada ratinhos de laboratório num labirinto.
Não era necessário criar uma lei.
Bastava cumprir a Constituição da República Portuguesa...

Um grito na escuridão

O diário de referência português, "Público", vai relançar o livro da Tashen dedicado ao pintor norueguês Munch, cujo famoso quadro "Grito" foi roubado esta semana do museu onde estava exposto, em Oslo. "Procura-se", diz ainda o diário a anunciar a reedição daquele livro.
Por favor, vejam isto como uma oportunidade de conhecer melhor o trabalho do pintor de que agora tanto se fala e não encarem a acção do jornal como algo a roçar o oportunismo...

20040824

Guterres anda calado

Desde Janeiro que estes nunca mais disseram nada.

20040822

Vida - Life

Espero que esteja contente, sr. Bush (estou a falar do pai).

20040820

Uma notícia que passou despercebida...

A família do general chileno, Rene Schneider, assassinado a 22 de Outubro de 1970, apresentou uma queixa judicial, em Washington, contra o antigo secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger. A notícia foi publicada no "Washington Post" do dia 11 de Setembro de 2001.

20040819

Mentiras, DVD's e vídeos ao fim do dia...

Ontem, no "Blockbuster", encontrei este filme com James Spader. É sobre o homem que divulgou os papéis do Pentágono, Daniel Ellsberg.
Foi há 40 anos, a 4 de Agosto de 1964, que se lançou a grande mentira que levou à escalada do conflito no Vietname, com o ataque do Golfo de Tonkin. Alguém nos lembrou disto agora que a grande mentira volta a estar presente no Iraque?
À noite, depois de ter visto o primeiro filme, deixei a gravar, no canal Hollywood, este outro filme, com Burt Lancaster, que ficciona de uma forma ligeira, mas séria, uma possível conspiração contra Kennedy.
Foi um final de dia em cheio...

Parabéns João Vieira Pinto!

Obrigado João Vieira Pinto!
Obrigado pelo que fizeste no Boavista no passado e obrigado por estares agora de volta.
Digo-te ainda, hoje, dia dos teus 33 anos, obrigado por teres trazido a Marisa Cruz para o Boavista!
Ela estava lindíssima ontem com a camisola do Boavista! Obrigado! Mil vezes obrigado!
Mesmo que lixes o clube esta época, mesmo que a gente desça três vezes de divisão e mesmo que o clube perca todos os jogos por causa dos árbitros ou do teu mau feitio em campo, não importa, pois nada se compara com o espectáculo de ver a camisa xadrez no corpo da Marisa Cruz a puxar com força pela equipa do Bessa, com Francos ali tão perto.
Nem o Manchester United e depois o Real Madrid viram semelhante beleza em toda a sua história.
Só por isso, e apenas por isso, eis o meu sincero obrigado pelo espectáculo de ontem à noite!

20040818

Teoria da constipação sobre Elvis Presley

Caso fosse vivo hoje, Elvis Presley teria 69 anos, porém não se pense que é uma simples força de expressão ouvir dizer “Elvis Presley não morreu! O Rei está vivo!”. Isso não significa, à partida, que Elvis Presley, o “Rei” da música “rock”, apesar de ter falecido a 16 de Agosto de 1977 – fez esta semana 27 anos -, continua vivo através do seu legado musical. Não. Existem pessoas que acreditam que a estrela da música, pasme-se, terá simulado a sua morte e, ainda hoje, estará vivo algures no mundo!
Tinha 42 anos quando morreu, vítima de um ataque cardíaco. A autópsia revelaria que havia 11 drogas no seu organismo. Elvis fora encontrado morto na casa-de-banho da sua mansão, em Graceland, Memphis. Tudo factos oficiais que foram divulgados no Verão de há 27 anos.
Há dois anos, contudo, quando se evocou o primeiro quarto de século após a morte do “Rei” do “rock”, um psiquiatra do Missouri, Donald Hinton, publicou um livro intitulado The Truth About Elvis Aron Presley, In His Own Words” (“A Verdade Sobre Elvis Aron Presley, Nas Suas Próprias Palavras”) que afirmava ter sido escrito com a colaboração do próprio Elvis Presley, com quem dizia manter contacto durante os útimos cinco anos.
O psiquiatra, que disse ainda estar a ajudar no tratamento da “atrite” de Elvis Presley, anunciou que o artista iria aparecer publicamente no dia do aniversário da sua morte. Como isso não aconteceu, o médico marcou uma nova data: Janeiro de 2003, altura em que Elvis, nascido a 8 desse mês, cumpriria 68 anos de idade. E, mais uma vez, tal não voltou a acontecer. Em contrapartida, em Março do ano passado, Donald Hinton caiu em desgraça quando viu ser-lhe retirada a licença de prescrever drogas durante cinco anos após a queixa de uma paciente ter dado como provado que emitira receitas “impróprias e excessivas”. Uma conspiração contra este médico?
O que leva algumas pessoas a terem dúvidas em relação à morte de Elvis Presley, algo que não se vê em relação a muitos outros artistas que também morreram antes do tempo, como, por exemplo, o actor James Dean, o vocalista dos “Doors” Jim Morrison ou, mais recente, o vocalista dos “Nirvana”, Kurt Cobain?
O “mistério” de Elvis Presley segue algumas pistas que apontam para a existência de terreno “fértil” para estas dúvidas. Tudo começa na própria pedra tumular, em Graceland, a mítica mansão de Elvis Presley, em Memphis, e que hoje é visitada por milhares de forasteiros de todo o mundo.
O nome que figura na pedra, “Elvis Aaron Presley” está mal escrito, pois tem um “a” a mais no nome Aron. Embora, em inglês, “Aaron” até seja a designação mais correcta para aquele nome, o certo é que o registo de nascimento do “Rei” figura apenas com um “a”, pelo que a explicação daqueles que não acreditam na sua morte seja a de que essa letra signifique “Alive”, ou seja, “Vivo”.
Elvis estaria cansado da fama. As suas últimas imagens vivo já o mostravam cansado e gordo. Por isso, o “Rei” queria desaparecer da cena pública para recuperar a saúde e isso só seria possível se simulasse a sua morte, uma ideia apenas ao alcance de grandes fortunas como a sua.
Por outro lado, para consubstanciar ainda mais esta decisão, aponta-se igualmente o facto de que, após uma visita à Casa Branca, em 1970, onde se encontrou pessoalmente com o presidente dos EUA, Richard Nixon, Elvis Presley começou a colaborar com o FBI na luta contra o tráfico de droga.
Na sequência dessa campanha, sete anos mais tarde, ele estaria em risco de vida, aemaçado por grupos criminosos ou enfrentado uma enorme dívida financeira, seria colocado num programa de protecção de testemunhas. Isso explicaria o facto de hoje, caso esteja vivo, Elvis Presley terá uma nova identidade e uma nova aparência, fruto de uma operação plástica. O seu novo nome até poderia ser bem conhecido: Jesse, em memória do irmão gémeo, que segundo se disse morreu à nascença.
De qualquer modo, qualquer que seja a verdade por detrás destas histórias, uma coisa é certa: Ele vive!



20040817

Zé Maria

Leio hoje que o Zé Maria, o primeiro vencedor do "Big Brother", tentou suicidar-se na Ponte 25 de Abril, às 4h30 deste domingo, tendo sido impedido de o fazer por dois agentes da GNR.
Não sei que motivos o levaram a tal acto desesperado, mas sinto-me de certa forma culpado pelo sucedido.
Há quatro anos anos, quando Zé Maria entrou na "casa mais famosa de Portugal" fui um dos jornalistas que alinhou na "festa" e lembrou-se de escrever sobre o assunto.
Em Outubro de 2000, ainda o concurso ia no primeiro mês com apenas três expulsões, escrevi um artigo no "Tal&Qual" intitulado "O futuro dele está garantido". Obviamente que falava do Zé Maria, passando o seu futuro pela possibilidade deste poder vir a ganhar muito dinheiro, por exemplo, a fazer anúncios de televisão. Citei na altura Isabel Bandeira, da empresa de publicidade "Ogilvy&Mather", que me disse que, em termos mediáticos, a imagem do Zé Maria, naquela altura, valia mais do que, por exemplo, Bárbara Guimarães...
Quatro anos depois, viu-se: desempregado, auto-afastado da vida pública, Zé Maria é hoje notícia porque tentou acabar com a sua vida.
Onde falhei? Por que menti naquela notícia quando disse que o futuro dele estava garantido?
Menti porque não fui leal aos meus pensamentos. Deveria ter dito que um programa de televisão naqueles moldes era anti-constitucional, pois ninguém poderia ser privado dos seus direitos fundamentais de liberdade e privacidade, mesmo que os próprios assinem um papel a autorizar essa cedência.
Não podem. Não se deveria poder...
Entrámos todos no "circo", por isso hoje temos este lodaçal de sociedade em Portugal, com estas histórias de pedofilia e cassetes roubadas e sei lá mais o quê.
O Zé Maria, tal como era no início, continua a ser um retrato nacional: era um trabalhador esforçado que, numa altura de dificuldades financeiras, foi facilmente convencido de que não havia problemas em ceder parte dos seus direitos fundamentais para ascender rapidamente ao Olimpo. Agora, tenta suicidar-se...

Mensagem em Código

Prontos! Já acabei de ler o "Código Da Vinci".
Parece uma aventura dos "Cinco".
Lê-se de uma forma ligeira, mas a mensagem profunda sobre Maria Madalena soa superficial, o que é pena. Ainda por cima, é um livro que tem tido tanto sucesso de vendas e, no entanto, não parece ser suficiente para mudar alguma coisa neste mundo.
Pelo menos, para já...
Há que ter confiança no futuro e esperar que, um dia, os homens abram os olhos e reconheçam que o actual estado das coisas são fruto das permanentes mentiras criadas por si próprios.
Ajoelhemo-nos portanto aos pés da mulher ignorada, pois ela é a verdadeira salvação dos nossos erros... E rezemos para não seja tarde demais.

20040812

Comunicado de Durão - II

Afinal, Durão não falou das ameaças terroristas à Europa, nem disse nada que já não se estivesse à espera que fizesse: anunciou nomes para o seu gabinete. Vale a pena às televisões portuguesas gastarem dinheiro em directos com este tipo de anúncios? E, o que havia de "importante"? Só se alguém mudou de ideias... Entretanto, os ingleses explicam-nos bem quem é o novo o comissário do Comércio escolhido por Barroso, Peter Mandelson.

Táxis no aeroporto

Há uns anos, o "Tal&Qual" publicou uma reportagem onde dois repórteres faziam-se passar por turistas e mostraram como eram enganados pelos taxistas do aeroporto de Lisboa. Por uma corrida de 900 escudos, cobraram cinco contos, por exemplo...
Outro problema com os taxistas do aeroporto é o facto destes ficarem HORAS! à espera de clientes e arriscarem depois a terem de efectuar curtas viagens, uma vez que, ao contrário do que sucede no Porto, o terminal está dentro da cidade. Daí que muitas vezes a experiência de apanhar um táxi no aeroporto de Lisboa dê azo a histórias verdadeiramente traumatizantes.
Mas é só para quem quer...
Há uma alternativa que, pelo vistos, nem o Francisco nem a Cláudia conhecem.
Aqui fica o conselho: em vez de apanharem o táxi na porta das chegadas, sigam para a zona das partidas, onde há táxis à mão de semear que, por serem em menor número do que os das chegadas, não se importam dos percursos mais pequenos dentro de Lisboa. Até lhes dá jeito, pois podem voltar mais rapidamente ao aeroporto para mais serviços. Por isso, só cai quem deseja depois ter histórias traumatizantes para contar. As minhas aventuras neste campo, confesso, são bem mais enfadonhas...

Comunicado de Durão

Acabei de ouvir na SIC-Notícias o anúncio de que, esta tarde, o novo presidente da Comissão Europeia, o nosso antigo primeiro-ministro Durão Barroso, vai dar uma conferência de Imprensa para falar de um assunto "importante". Para já, não sabemos mais nada, só que é "importante".
Alguém se lembra de alguma comunicação "importante" de Romano Prodi?
E é "importante" para quem?
Será que é "importante" para a SIC-N por o presidente da Comissão Europeia ser português e ter dito que era "importante" o que tinha para dizer, ou será que é mesmo "importante" também para todo o resto da Europa?
Estou a ver a inglesa Sky-News e ainda não anunciaram a "importante" comunicação de Barroso...
Especula-se: será algum anúncio sobre a ameaça terrorista na Europa? Será que algum Estado-membro vai ser expulso? Será que a UE vai avançar para o Iraque?
Não duvido que qualquer informação que o presidente da Comissão Europeia queira transmitir em conferência de Imprensa não possa ser "importante", mas daí a anunciar na televisão, com ar sério e grave, carregado de mistério, que se prepara uma conferência de Imprensa para esta tarde e que apenas se diga que é para falar de algo "importante", não me parece propriamente "importante". Excepto se isto se tratar de pura parolice, ou se já sabem bem o que se passa e ainda não nos quiseram dizer...
Sendo assim, resta-nos apenas esperar até esta tarde para aferir o grau de importância da conferência de Imprensa.

20040810

( a suivre...)

Ainda não tive tempo para dizer que, um ano depois de ter iniciado este blogue, irei continuar a escrever e, já ontem, o director da PJ demitiu-se na sequência das notícias de sábado sobre o alegado roubo de cassetes a um jornalista do "Correio da Manhã". Francamente, agora penso que faço mesmo mal em continuar com este blogue, pois a tentação de falar, comentar, levantar questões é tanta, que, perante o lodaçal em que estamos metidos, pura e simplesmente há alturas em que mais vale nada dizer, pensar, agir, comentar ou procurar sequer querer saber...

20040805

Curioso número...

Podem ver aqui quais são os 59 factos deturpados no "Fahrenheit 9/11" de Michael Moore.
Concordo com a análise de Dave Kopel e não vou colocar em dúvida os seus argumentos, onde ele explica, por exemplo, que existem muitos opositores a Bush dentro do grupo Carlyle (como George Soros), ou que o grupo Carlyle até já perdeu negócios com esta administração. Cá, em Portugal, também ninguém pensava que eles iam perder a Galp...
Há ainda aquele ponto a garantir que o amigo de Bush, James Bath, afinal não investiu dinheiro dos Bin Laden na companhia Arbusto (de Bush), mas sim dinheiro dele próprio... Aceito e compreendo perfeitamente a explicação de que o registo militar, onde figurava o nome de Bath e que fora apagado com caneta preta, o tenha sido, visto que é o que ordenam as regras de privacidade (foi, inclusive, algo que pensei quando vi o filme). Porém, nenhum dos factos detectados impede o raciocínio das chamadas "ligações perigosas" entre os Bush e os Bin Laden...
O que Dave Kopel não consegue explicar é por que estamos a debater um curioso número de 59 pontos.
Ou o documentário é uma mentira pegada, uma teoria da constipação, ou então tem verdades e, basta haver apenas uma, para justificar a necessidade do trabalho...
Para mim, aquele documentário nunca deveria ter existido. Ponto final.
Este mundo seria muito mais livre e saboroso de se viver caso certo sector da sociedade não tivesse a necessidade de produzir tipos como Michael Moore.
Qualquer dia até chego a pensar que, afinal, Moore não passa de um infiltrado da CIA, um desinformador que mistura informações verdadeiras com falsas indicações, factos deturpados, para depois nos afastar das verdadeiras questões...

20040803

Dez anos antes de Michael Moore...

... já a norte-americana Barbara Trent vencera um Óscar pelo melhor documentário contra Bush pai. Antes disso, um outro documentário seu revelou aspectos pouco abonatórios sobre os negócios de Bush pai, nomeadamente a "October Surprise" - o alegado negócio secreto levado a cabo pela candidatura republicana Reagan-Bush, em 1980, no sentido de assegurar a não libertação dos 52 reféns norte-americanos em Teerão antes das eleições presidenciais de Novembro de 1980, o que contribuiria decisivamente para a não reeleição de Jimmy Carter.
Passados estes anos, e agora com o trabalho de Michael Moore, viram algum jornalista ou crítico de cinema aludir a estes anteriores documentários anti-Bush?...

20040802

Já fui ver...

... o "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore.
Confirmei que não há ali qualquer alusão à pista israelita, ao avião que não caiu no Pentágono nem às outras questões sobre as falhas de segurança aérea em Nova Iorque no dia 11 de Setembro de 2001.
Esperava ver o Michael Moore "manipulador", só que, confesso, fui enganado pelos nossos críticos de cinema e pelos comentadores que viram a película na semana passada, pois constatei que, afinal, limitaram-se a falar todos do que já tinha sido publicado nas edições europeias das revistas "Times " e Newsweek".
Para mim, eles viram o filme e depois limitaram-se a falar do que já tinham lido antes, não fosse algum diligente chefe de redacção ver um texto diferente e duvidar da ervilha que, eles, críticos, têm no lugar do cérebro...
Michael Moore aparece menos tempo em tela a fazer "palhaçadas" do que no "Bowling". Alugar uma carrinha de gelados para ler o "Patriot Act" ou ir pedir aos congressistas que enviem os seus filhos para o Iraque, são algumas das cenas mais destacadas na Imprensa. O filme vai muito mais longe do que isso, só que os nossos críticos, como não possuem uma formação jornalística indispensável para analisar este filme em particular e, como isso dá "trabalho", poucos são os jornalistas que podem analisar a obra e assim dar mais "pistas" aos espectadores.
Assim, Moore mostra-nos apenas metade da história secreta do 11 de Setembro ao seguir somente a pista das ligações de Bush com a família Bin Laden. E também só o "ousa" fazer a nível das companhias petrolíferas e as ligações da família Bush com os amigos sauditas.
Há uma menção à CIA, da qual Bush pai foi director, mas isso são apenas uns segundos. O permanente esquecimento deste dado na Imprensa nacional fez-me lembrar uma norte-americana que conheci há uns meses, em Lisboa, que também não sabia que Bush pai tinha sido director da CIA: "Se tu o dizes...", respondeu-me quando lhe revelei o facto. Retorqui: "Não sou eu que o digo! Está, por exemplo, na sua biografia oficial!". É preciso explicar que a rapariga, para além de ter 27 anos e estar a terminar um curso de sociologia (daí que até tivesse alguma formação e possibilidade de acesso a informação um pouco acima da média norte-americana), também era natural do Texas, tal e qual a família Bush.
E não o sabia...
O filme fala ainda do grupo Carlyle, que nós, portugueses, bem conhecemos, contudo como não fala do "nosso amigo" Carlucci, que foi embaixador no País onde teve lugar a cimeira dos "Azores", nenhum crítico português se lembrou de mencionar esse facto.
Ninguém falou igualmente da incomodativa sequência, no início do filme, com os representantes afro-americanos a queixarem-se no Congresso do facto de não ter havido um único senador que lhes tivesse assinado a sua petição em relação ao "roubo" feito a Al Gore nas eleições de 2000.
Não me lembro igualmente de ter lido um comentário ao fim do filme, com Bush a dizer "Shame on me", num genial "piscar de olho" ao discurso do próprio Michael Moore na noite do óscares, quando este gritou o "Shame on you, Mr. Bush! Shame on you" - Apesar da nossa SIC passar constantemente esse som nas promoções do canal de notícias...
Terríveis são ainda as imagens da guerra. Nenhum crítico nos avisou para a crueza de algumas delas. Duras são as guerras, já sabemos. Pior é esta, pois poucos são os que conseguem defender a sua legitimidade - geralmente acabam por ser aqueles que depois classificam o filme de Moore de "Teoria da Conspiração"...
De teorias da conspiração entendo eu. E no "Fahrenheit 9/11", garanto-vos, não há nenhuma teoria. Aliás, é precisamente isso que me desilude no trabalho de Moore.

P.S.
Reparei ainda que "Conchita" continua activa na sua vigília pela paz à frente da Casa Branca. Conhecia-a quando estive em Washington, dois meses após os atentados de Setembro e soube que é natural de Vigo. Isso é aqui perto, na Galiza.

Sobre o "Código da Vinci"...

... não li o livro, nem sei se o irei ler. Mas, já pedi um resumo de uma página a quem o leu. Estou à espera. Contudo, vejo o livro em todo o lado e constato que está a ser um sucesso. Reparei ainda que já se editaram vários livros que "descodificam" o código.
É um bom negócio seguindo uma "receita" sempre certa: os mistérios dos templários, as seitas secretas, a mistura do antigo com o moderno...
Só não sei porque os autores portugueses não alcançam o mesmo sucesso.
Sei de um escritor que também defende que o nome de Portugal, por exemplo, não deriva do nome "Portus Cale", ou seja, da cidade do Porto que, como orgulhosamente se defende, "Deu o nome a Portugal".
Nada disso.
Portugal está intimamente ligado ao Santo Graal.
Portugal, aliás, significa mesmo "Porta do Graal". O Porto e a sua origem é só para despistar (e acreditem em mim quando vos informo disto, visto que eu até sou um gajo do Porto, pelo que é contra mim que falo...).
Podem facilmente "entrar" nesta teoria se olharem, por exemplo, para uma qualquer moeda de euro "Made in Portugal".
O selo real que o designer Vítor Santos escolheu para identificar as nossas moedas de 1, 2 e 5 cêntimos, tem a sua origem no primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e data de 1134.
Uma cruz corta a palavra "Portugal" em quatro partes, pelo que lê-se "Por", "Tu", "Ga", "L". Oito anos mais tarde, esta divisão sofreria uma "correcção" na divisão das letras. É o que pode ser visto nas restantes moedas de euro portuguesas: "Po", "Rt", "Ug", "Al".
Defende esse escritor português que a mensagem escondida na primeira designação gráfica do nome do País seria "POR(ta)" "(do)TU" "G(ra)A L". Porém, havia uma outra leitura possível: "POR" "T(i)U" "GAL", que era entendida como "Por ti, Gália", numa clara alusão à terra natal dos antepassados de D. Afonso Henriques, a Gália.
O segundo selo veio acabar com esta dúvida instalada no seio dos detentores do segredo. A divisão em quatro partes, com dois sons distintos, esclareceria a intenção original da mensagem de "PO" "RT(a)" "(d)U G(ra)AL".
Tudo respeitando sigilosas regras iniciáticas, que apenas devem ser entendidas pelos "irmãos" italianos, descendentes de Da Vinci, e que ainda hoje se reúnem e guardam o segredo, sabe-se lá, nas catacumbas de Lisboa, no Chiado, as tais que resistiram ao grande tremor de terra de 1755.
Aliás, aquilo da pulseirinha que o Santana Lopes usa, e que a rainha de Espanha, pelos visto, tem uma igual, mas de ouro, não anda nada muito longe do mesmo material dos qual são feitos os sonhos do autor do "Código da Vinci". Porém, como aquilo que ele escreve até veio editado primeiro em inglês, lá do "estrangeiro", então é porque é mesmo melhor do que qualquer produto nacional. É assim que se continua a esconder o segredo que tanto deprimia o escritor Fernando Pessoa, pois, como ele avisou na sua "Mensagem", "Falta cumprir Portugal!"...