20060523

Como destruí a campanha de Carrilho

Estive ontem a assistir ao vivo ao programa "Prós e Contras" dedicado ao novo livro de Manuel Maria Carrilho, "Sob o Signo da Verdade".
Face a certas "verdades" que fui obrigado a ouvir, aqui deixo as minhas impressões tanto mais que há factos onde estive envolvido pessoalmente. Se Carrilho diz que houve jornalistas que destruíram a sua campanha à Câmara de Lisboa, leia o que eu escrevi e avalie por si mesmo...

Para começar, aquela história dos cartazes invertidos, fui eu quem deu a notícia em primeira mão aqui neste vosso blog preferido:

27 de Abril de 2005 - "E tinha de ser um gajo do Porto a ver isto..."...

29 de Abril de 2005 - "A invertida imagem dos valores democráticos"...

Aliás, como se viu depois, esta até foi a segunda capa do "24 Horas" que mais vendeu no ano de 2005...

E ainda esta "acha para a fogueira":

4 de Maio de 2005 - "Dia de Luto"...

Citou-se Salazar no programa, para fazer uma comparação entre as palavras de Carrilho e outras proferidas há anos pelo ditador. Tive de me rir (como dizia um amigo meu!...), pois também escrevera isto há uns tempos:

17 de Maio de 2005 - "Afinal Salazar é um bom exemplo para os socialistas..."...

Depois, Carrilho queixa-se da exploração que fizeram do vídeo de campanha onde o filho surge durante um minuto num trabalho de 13... Caramba, então não sabe que 13 é número de azar? Podia ter feito 12 minutos. Na altura até escrevi isto:

12 de Junho de 2005 - "Quem tem filho tem Carrilho"...

Quando Carrilho tenta dar uma de sério e diz que os jornalistas não dão o mesmo tratamento jornalístico à sua mulher como fazem com as de outros políticos, então recordo isto:

11 de Agosto de 2005 - "Sobre a seriadade de uns e outros..."...

A história da casa-de-banho... Sobre isso ainda há muito para se escrever. Para já, foi essa história que provocou o não aperto de mão de Carrilho a Carmona Rodrigues no fim do debate na SIC-Notícias. Terá sido aí o ponto de viragem e o descalabro final do candidato socialista. Pacheco Pereira analisou bem quando disse que Carrilho não deveria depois ter apertado a mão a Carmona Rodrigues, três dias mais tarde, apenas porque desta vez estava num acto público... Uma questão de coerência. Concordo e recordo o momento conforme aqui o registei:

16 de Setembro de 2005 - "Ordinário"...

E explico ainda que o senhor Carrilho, se não é mentiroso, então parece, pois nunca o "Tal&Qual" foi a tribunal para ser julgado devido ao que se escreveu sobre as obras na casa-de-banho no Palácio da Ajuda e, ao contrário da impressão com que, por exemplo, ficou Ricardo Costa, não houve nunca uma sentença que tenha "transitado em julgado". Houve, isso sim, um acordo extra-judicial que o jornal fez para encerrar o assunto com o político devido ainda a uma série de artigos anteriores ao da casa-de-banho. Carrilho acusava o jornal de conspiração contra si e nunca desmentiu a história que agora diz ter sido "resolvida em tribunal"!...
A história da casa-de-banho prevalece, por muito que isso incomode o político!

19 de Setembro de 2005 - "Quando o 'Tal&Qual' fazia jornalismo..."...

E ler ainda uma crónica do então chefe de redacção do "Tal&Qual", José Paulo Fafe, que, apesar dos quase nove anos de distância, está bem actual!

20 de Setembro de 2005 - "Para memória futura, vinda do passado..."...

E, para conhecer uma outra história por detrás disto tudo:

24 de Setembro de 2005 - "Qual papel?!"...

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Grande cromo este Carrilho!Mas os outros que estiveram,ontem, no programa não lhe ficam atrás.Resta saber qual o proveito que querem tirar daquela história toda?

23 maio, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Na verdade Carrilho é um "grande cromo", como diz Desbul. E é por isso mesmo que todos falam dele, não pelas suas ideias que me parecem (têm sempre parecido) das mais avançadas nesta lusa terrinha.
Quanto a este post anti-Carrilho, creio que nem de perto nem de longe toca o essencial.

29 maio, 2006  

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