Faz hoje 10 anos...
... que tiveram lugar as eleições legislativas antecipadas de 2002, aquelas que resultaram da demissão de António Guterres e permitiram a chegada ao poder de Durão Barroso.
Não me parece que muitos se tenham lembrado hoje da data redonda do 17 de Março de 2002, mas vejo aí a origem dos actuais problemas políticos. As eleições foram a consequência da demissão antecipada de Guterres que, na noite das eleições autárquicas de Dezembro de 2001, resolveu bater com a porta e deixar-nos no "pântano"...
António Guterres fugiu às suas responsabilidades, pois apesar de não ter maioria parlamentar, tinha reforçado, em 1999, a votação em relação a 1995 e dispunha de um mandato de governo para quatro anos. Mas, optou por fugir. Recordo-me da confusão no PS por causa dessa saída antecipada. Lembro-me de Jaime Gama apresentar a candidatura à liderança do partido...
... e de no dia seguinte dizer que, por motivos pessoais, afinal já não podia...
Com a saída de Jaime Gama apareceu Ferro Rodrigues...
As eleições de há 10 anos não deram a maioria absoluta a Barroso, pelo que teve de fazer uma coligação com o líder do CDS, Paulo Portas. Em Novembro daquele ano de 2002 rebentava o escândalo da Casa Pia, que, em 2003, levaria à prisão preventiva do nº2 de Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso. O próprio Ferro Rodrigues não escaparia às suspeitas de pedofilia, contudo, apesar dos ataques, conseguiu uma vitória política para o PS ao vencer as eleições europeias de 13 Junho de 2004, no dia seguinte ao início do Euro2004, no Estádio do Dragão, no Porto, quando Portugal perdeu 2-1 contra a Grécia no jogo de abertura. Durão Barroso aproveitou a distração provocada pela euforia do Euro2004 para, tal como Guterres, sair a meio de um mandato. Foi viver longe daqui, nos salões de Bruxelas e palcos internacionais. Deixou um governo com Santana Lopes e Paulo Portas, mas o Presidente Jorge Sampaio não convocou eleições antecipadas quando podia e isso provocou a demissão de Ferro Rodrigues. Sampaio esperou depois pelas eleições internas no PS, feitas para a vitória de José Sócrates e, antes que este perdesse o "estado de graça", criou um discurso para justificar a demissão da coligação PSD/CDS, apesar da mesma ter a confiança da maioria do Parlamento. E assim chegámos a Sócrates. E assim tivemos quatro anos de maioria absoluta socialista e assim tivemos, no PSD, as lideranças efémeras de Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite e, finalmente, quando já se tinha tentado quase tudo no PSD, o antigo "jota" Pedro Passos Coelho. Deste modo, com José "Freeport" "Independente" "BPN" "PEC" Sócrates caído em desgraça, chegámos ao actual governo. Chegámos à actual conjuntura político-financeira. Foram 10 anos de tempo perdido, onde, pelo meio, elegemos e reelegemos o primeiro-ministro que, há 25 anos, ganhou a primeira maioria absoluta do PSD e, apesar de ter tido na mão todos os instrumentos financeiros e a legitimidade política para os aplicar em projectos sólidos com fundos europeus, queimou a agricultura, afundou as pescas, esqueceu o tecido produtivo nacional e promoveu o novo-riquismo, dando-nos o País com o povo que agora temos e que ele tanto critica.
Por isso, nestes 10 anos que hoje se celebram, só tenho uma coisa a dizer: Parabéns a todos!
Não me parece que muitos se tenham lembrado hoje da data redonda do 17 de Março de 2002, mas vejo aí a origem dos actuais problemas políticos. As eleições foram a consequência da demissão antecipada de Guterres que, na noite das eleições autárquicas de Dezembro de 2001, resolveu bater com a porta e deixar-nos no "pântano"...
António Guterres fugiu às suas responsabilidades, pois apesar de não ter maioria parlamentar, tinha reforçado, em 1999, a votação em relação a 1995 e dispunha de um mandato de governo para quatro anos. Mas, optou por fugir. Recordo-me da confusão no PS por causa dessa saída antecipada. Lembro-me de Jaime Gama apresentar a candidatura à liderança do partido...
... e de no dia seguinte dizer que, por motivos pessoais, afinal já não podia...
Com a saída de Jaime Gama apareceu Ferro Rodrigues...
As eleições de há 10 anos não deram a maioria absoluta a Barroso, pelo que teve de fazer uma coligação com o líder do CDS, Paulo Portas. Em Novembro daquele ano de 2002 rebentava o escândalo da Casa Pia, que, em 2003, levaria à prisão preventiva do nº2 de Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso. O próprio Ferro Rodrigues não escaparia às suspeitas de pedofilia, contudo, apesar dos ataques, conseguiu uma vitória política para o PS ao vencer as eleições europeias de 13 Junho de 2004, no dia seguinte ao início do Euro2004, no Estádio do Dragão, no Porto, quando Portugal perdeu 2-1 contra a Grécia no jogo de abertura. Durão Barroso aproveitou a distração provocada pela euforia do Euro2004 para, tal como Guterres, sair a meio de um mandato. Foi viver longe daqui, nos salões de Bruxelas e palcos internacionais. Deixou um governo com Santana Lopes e Paulo Portas, mas o Presidente Jorge Sampaio não convocou eleições antecipadas quando podia e isso provocou a demissão de Ferro Rodrigues. Sampaio esperou depois pelas eleições internas no PS, feitas para a vitória de José Sócrates e, antes que este perdesse o "estado de graça", criou um discurso para justificar a demissão da coligação PSD/CDS, apesar da mesma ter a confiança da maioria do Parlamento. E assim chegámos a Sócrates. E assim tivemos quatro anos de maioria absoluta socialista e assim tivemos, no PSD, as lideranças efémeras de Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite e, finalmente, quando já se tinha tentado quase tudo no PSD, o antigo "jota" Pedro Passos Coelho. Deste modo, com José "Freeport" "Independente" "BPN" "PEC" Sócrates caído em desgraça, chegámos ao actual governo. Chegámos à actual conjuntura político-financeira. Foram 10 anos de tempo perdido, onde, pelo meio, elegemos e reelegemos o primeiro-ministro que, há 25 anos, ganhou a primeira maioria absoluta do PSD e, apesar de ter tido na mão todos os instrumentos financeiros e a legitimidade política para os aplicar em projectos sólidos com fundos europeus, queimou a agricultura, afundou as pescas, esqueceu o tecido produtivo nacional e promoveu o novo-riquismo, dando-nos o País com o povo que agora temos e que ele tanto critica.
Por isso, nestes 10 anos que hoje se celebram, só tenho uma coisa a dizer: Parabéns a todos!
Etiquetas: Aníbal Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Euro2004, povo desgraçado sem conhecer a causa histórica de isto tudo andar assim
8 Comentários:
Estão definitivamente de Parabéns.
Pois o objectivo desta gente, e de quem está por trás dela, sempre foi esse mesmo. Afundar o país.
(À excepção do Cavaco e de outros que não primam pela inteligência e que, ainda depois de isto ter chegado ao estado a que chegou, continuam a achar que esta história da União Europeia e da economia de mercado global são uma muito boa ideia...)
"This Committee of 300 told a man called Aurelio Peccei to form this Club of Rome with the main object of bringing down the industries and the agricultural development of the United States. He immediately wrote a paper in which he said there are too many people on the Earth. And that the United States with its industrial development, its agricultural development, is responsible for this curse of overpopulation. And he picked up the documentation for his work from Lord Bertrand Russel, a senior statesman of the Committee of 300. And Lord Bertrand Russel had written a work called 'The Impact of Science on Society'. And if you can ever secure a copy of that book, which I doubt you’ll be able to get, you will see in there that he said the world is grossly overpopulated and we have to get rid of, at least, half of the world’s population. And it doesn’t matter how we do it. So the Club of Rome was instituted and organized to start an attack on the world’s population using the United States as a whipping boy. And they came up with a paper called 'The Zero-Growth Post-Industrial Plan for Industry and Agriculture for the United States of America'. Three days after that plan was accepted as official United States policy by James Earl Carter, I was able to, through my intelligence people, get a copy of this insidious document. Basically what it said was that the middle class in the United States of America had to be destroyed. Because in the coming push to a World Order, the middle class would be the stumbling block. Because History had shown that the peasant class, in ancient days, when they had revolted, was just easily crushed. There was no resistance. But now had grown a new superclass of people in the United States, called the middle class, who had long-term employment, who had job security, who were well-paid, who could afford to buy the products that were made by the United States and didn’t need to buy products from China or anywhere else. And the Club of Rome 'Post-Industrial Zero-Growth' paper said this has got to stop. We have to bring down the middle class of the United States. And the way that we will do this, the way that we will accomplish this task, is by crushing their industries."
--- Dr. John Coleman, (32m59s) http://www.youtube.com/watch?v=2qv2bXejwdM
Afghanistan: Up to 20 US troops executed Panjwai massacre: probe
Nada de novo...
Probe team: Women sexually assaulted before killing in Panjwai
O normal...
Chorei...
Que a sua memória perdure...
Assino por baixo o post Fred.
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