20081102

Uma questão líquida

José Pacheco Pereira criticou com grande severidade a promoção que José Sócrates fez do computador "Magalhães" na última Cimeira Ibero-Americana, quando disse que era um computador para os 7 aos 77 anos. Comparou assim as palavras do nosso primeiro-ministro às de Oliveira da Figueira, o português que conseguia vender tudo nas aventuras do Tintin. A dada altura da crónica no "Público", o comentador saiu-se com esta: "Sócrates nem sequer se apercebe, que, quando diz que o computador é resistente aos líquidos, pela cabeça daqueles adultos empedernidos, os líquidos que se imaginam não são propriamente nem água, nem leite, nem iogurte".
Depois de ler estas linhas, tentei entrar na cabeça de Pacheco Pereira para tentar perceber a fina ironia do comentador. Que outros líquidos, segundo o intelectual, poderiam ser vertidos sobre o "Magalhães"? De acordo com as referências intelectuais que temos, pensei nas aventuras do Tintin e acho que Pacheco Pereira só poderia estar a referir-se ao líquido que o personagem de Hergé provou por aquelas mesmas paragens sul-americanas:





É. Só pode ser mesmo esse líquido. Não estou a ver o Pacheco Pereira a pensar noutro...

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