A solução final do enigma da Praia da Luz
Com a demissão, hoje, do director da PJ, Alípio Ribeiro, o ministro da Justiça escolheu um homem de Coimbra com Santa Comba Dão no curriculum, Almeida Rodrigues - dito assim até parecia que estávamos de novo em 1928.
Para mim, que tanto faz, foi dado mais um passo para a solução final do enigma da Praia da Luz. Está tudo a seguir um guião escrito há um ano. A PJ, recorde-se, manietada pelos poderes políticos, nunca teve autorização para incomodar os McCann. Isso foi por demais notório aquando da demissão do inspector chefe Gonçalo Amaral, em Outubro, que veio acompanhada pelo anúncio de Gordon Brown de que aceitava assinar o Tratado de Lisboa. Foi a nossa moeda de troca: deixaríamos os McCann escapar à justiça e tínhamos a preciosa assinatura britânica na nova constituição europeia. Parece redutor e leviano dizer isto assim, com esta simplicidade, quando é suposto os governantes pensarem em valores bem mais elevados. Mas, garanto-vos, eles também são humanos com falhas. Contudo, têm algo que falta a muitos de nós: poder.
Almeida Rodrigues, o homem que liderou a detenção do "serial killer" de Santa Comba Dão, com certeza que não vai apanhar com as culpas depois do caso McCann acabar finalmente por ser arquivado.
Se os McCann mataram mesmo a filha por acidente e depois esconderam o corpo, não há justiça humana que os atinja. Está visto. As contas que eles têm de prestar é com o Deus em que acreditam e esse, se bem se lembram das aulas de catequese, tudo perdoa. Os McCann, muito provavelmente, nem sequer acreditam que a filha lhes morreu nas mãos porque agora estão a expiar a culpa através da missão divina que lhes foi entregue: a luta em prol das crianças desaparecidas.
Há dias, um amigo chamou-me a atenção para o primeiro momento em que os McCann foram publicamente confrontados com a possibilidade de estarem envolvidos directamente no destino da filha. Foi a 6 de Junho, um mês e três dias depois do desaparecimento de Madeleine, durante uma conferência de Imprensa, em Berlim. Disse-me esse amigo: "Repara na linguagem corporal dos pais à medida que a pergunta da jornalista se desenvolve: Ao princípio, a mãe, Kate, pisca os olhos de forma normal. Quando percebe o sentido da questão, esse piscar pára por uns momentos. É natural que assim seja. O pai também mexe a mão, de forma nervosa, para se coçar debaixo do casaco. Contudo, é ele, Gerry, que se preparava para responder, mas Kate antecipou-se e, sem consultar o marido ou esperar por um sinal dele, avançou para o microfone que até estava desligado. Gerry não teve tempo de iniciar a resposta e ficou mesmo de boca aberta durante aquele instante em que olhava para mulher. Nota-se que fica preocupado, mas rapidamente percebe que tem de recuperar a compostura e mantém-se hirto enquanto a mãe responde que são poucos os que pensam que eles são culpados garante que são bons pais". E conclui esse meu amigo: "A linguagem corporal indicia que não terão contado à polícia tudo o que sabem e que ainda escondem informações".
Acrescentou ainda o meu amigo: "Há boas hipóteses de ter sido esta a conferência de Imprensa que Gonçalo Amaral estava a assistir durante o tal almoço bem regado e de duas horas que, dois dias depois, foi denunciado na Imprensa britânica".
Para mim, que tanto faz, foi dado mais um passo para a solução final do enigma da Praia da Luz. Está tudo a seguir um guião escrito há um ano. A PJ, recorde-se, manietada pelos poderes políticos, nunca teve autorização para incomodar os McCann. Isso foi por demais notório aquando da demissão do inspector chefe Gonçalo Amaral, em Outubro, que veio acompanhada pelo anúncio de Gordon Brown de que aceitava assinar o Tratado de Lisboa. Foi a nossa moeda de troca: deixaríamos os McCann escapar à justiça e tínhamos a preciosa assinatura britânica na nova constituição europeia. Parece redutor e leviano dizer isto assim, com esta simplicidade, quando é suposto os governantes pensarem em valores bem mais elevados. Mas, garanto-vos, eles também são humanos com falhas. Contudo, têm algo que falta a muitos de nós: poder.
Almeida Rodrigues, o homem que liderou a detenção do "serial killer" de Santa Comba Dão, com certeza que não vai apanhar com as culpas depois do caso McCann acabar finalmente por ser arquivado.
Se os McCann mataram mesmo a filha por acidente e depois esconderam o corpo, não há justiça humana que os atinja. Está visto. As contas que eles têm de prestar é com o Deus em que acreditam e esse, se bem se lembram das aulas de catequese, tudo perdoa. Os McCann, muito provavelmente, nem sequer acreditam que a filha lhes morreu nas mãos porque agora estão a expiar a culpa através da missão divina que lhes foi entregue: a luta em prol das crianças desaparecidas.
Há dias, um amigo chamou-me a atenção para o primeiro momento em que os McCann foram publicamente confrontados com a possibilidade de estarem envolvidos directamente no destino da filha. Foi a 6 de Junho, um mês e três dias depois do desaparecimento de Madeleine, durante uma conferência de Imprensa, em Berlim. Disse-me esse amigo: "Repara na linguagem corporal dos pais à medida que a pergunta da jornalista se desenvolve: Ao princípio, a mãe, Kate, pisca os olhos de forma normal. Quando percebe o sentido da questão, esse piscar pára por uns momentos. É natural que assim seja. O pai também mexe a mão, de forma nervosa, para se coçar debaixo do casaco. Contudo, é ele, Gerry, que se preparava para responder, mas Kate antecipou-se e, sem consultar o marido ou esperar por um sinal dele, avançou para o microfone que até estava desligado. Gerry não teve tempo de iniciar a resposta e ficou mesmo de boca aberta durante aquele instante em que olhava para mulher. Nota-se que fica preocupado, mas rapidamente percebe que tem de recuperar a compostura e mantém-se hirto enquanto a mãe responde que são poucos os que pensam que eles são culpados garante que são bons pais". E conclui esse meu amigo: "A linguagem corporal indicia que não terão contado à polícia tudo o que sabem e que ainda escondem informações".
Acrescentou ainda o meu amigo: "Há boas hipóteses de ter sido esta a conferência de Imprensa que Gonçalo Amaral estava a assistir durante o tal almoço bem regado e de duas horas que, dois dias depois, foi denunciado na Imprensa britânica".
Etiquetas: Luz, Madeleine McCann, O Enigma da Praia da Luz, PJ
10 Comentários:
Não sei se com este texto quer acusar ou culpar o casal peloa morte da filha, ou se, pretende "defender" Gonçalo Amaral!
Uma ou outra, para si tanto faz!!!
Interessa manter o tema e vender o livro!!!
Caro anónimo,
Se ainda não percebeu o que o Frederico quer dizer com isto é porque também nem sequer merece perceber.
"Bem hajam os pobres de espírito"
Poupe uns trocos e não compre o livro.
Para si, não vale a pena...
Adoro anónimos
Cobardolas, indigentes, imbecis, escondidos, bufos, pelintras, safados, manhosos, rancorosos, pelintras
O anónimo é uma espécie de animal que ataca pelas costas, à noite, quando a dama regressa a casa. Um calhorda sem face que se esconde nas sombras acolchoadas do seu narcisismo, um brutamontes cavernoso.
Sobre o tema, a linguagem corporal dos McCann não demonstra grande coisa. A leitura até pode ser feita ao contrário: surpreendidos com absurda hipótese, ambos saltaram para a resposta como reflexo para defesa da honra.
Quem está aqui em causa é uma menina que desapareceu, para o Céu, para o fundo do mar ou para a Tailândia, pouco importa. Existia mesmo uma criança e ela foi-se.
Quanto mais anda a investigação e a novela, mais longe anda Madeleine. E sobre esta criatura perdeu-se o rasto.
Acusar os pais de um crime que nao cometeram é um crime maior ainda. Madeleine é "morta" 3 vezes.
Acho simplesmente um absurdo pensar que o governo britanico teve essa influencia toda. O governo britanico intervem em todos os seus "subditos" que encontram problemas fora do país. Até se for preso por droga ou partir um dedo do pé. Quanto mais nao havia de intrevir no desaprecimento de uma criança!
Até o nosso país o faria do mesmo modo.
Os pais nao estao nunca no estado normal. Sao estranhos. Pois claro que sao. Perderam uma filha. Nessa entrevista provavelmente Gerry se iria passar e começar a responder torto. Era demais ser acusado de um crime estando a sofrer tanto.
O seu texto é horrível
Caro "segundo anónimo" - é uma vantagem haver quem autorize comentários anónimos e não os apague -, respondo-lhe apenas para um esclarecimento: eu não acuso os pais. Apenas indico que "se" eles mataram a filha, como a PJ acredita, então agora estão a expiar a culpa. É apenas uma explicação lógica para o actual momento psicológico que passam os pais caso essa hipótese esteja correcta. Sei que é igualmente difícil acreditar que o governo britânico tenha negociado a assinatura do Tratado de Lisboa em troca da liberdade dos McCann, mas essa questão tem de ser enquadrada na ingerência que houve desde o primeiro momento da parte do embaixador britânico e também do salvar a face do primeiro-ministro britânico que, numa primeira fase, fez aquilo que descreve: ajudar os seus cidadãos... Não sei se o nosso país o faria de forma tão efectiva ou afectiva... Quanto à leitura da linguagem corporal, de facto, dá para tudo... Apresentei aquela hipótese de leitura apenas para fazer aquilo que sempre fiz: partilhar ideias, não impô-las. Lamento o seu comentário, que, não sendo "horrível" é apenas triste e limitado do ponto de vista da troca de argumentos
Assinar o tratado de Lisboa em troca de deixarem um casal em paz, mesmo que com boas ligações ao poder, parece demasiado. Acho que há um querer ver coisas onde elas não existem.
Têm muito mais que se preocupar com o cheque Britânico e com a PAC para França, ou seja, continuar a fazer com que a Alemanha pague os estragos da 2ª guerra mundial, com os Conservadores, com os Anti-europeístas dentro do Labour, etc, etc.
Não faz sentido, nem sequer do ponto de vista dos riscos de uma atitude dessas.
Ana Sofia
Obrigada pela partilha do vídeo, nunca tinha visto e ouvido a 'famosa' pergunta da jornalista Sabine Mueller. É interessante que quase um ano passado após esta pergunta ter sido feita, ninguém naquela ilha se tenha atrevido a repeti-la. Medo corporativo?
um abraço e parabéns pelo artigo "Os milhões à volta dos McCann" na Fócus
I have it on good authority that Britain will launch a nuclear missile attack against Portugal if the precious McCanns are charged.
They will kill millions just to defend two celebrity child neglectors!
Caro Frederico,
Os governos também caem, os interesses mudam mais depressa do que os ventos, e as verdades têm a mania algo irritante de não de deixarem esconder para sempre... Tal como a m****, tendem a vir ao de cima. Mais tarde ou mais cedo, a verdade será conhecida. Será possível prová-la? Veremos. Mas há por aí muito quem não durma descansado(a). Deitam a cabeça em almofadas demasiado caras.
Parabéns pelo blog, e faço votos de que o bom trabalho possa continuar, a bem da Justiça, e da memória de Madeleines e Joanas, que mereciam muito mais.
Até breve,
Sofia
Nao acredito nas teorias de conspiração do governo.
Acho que o Gordon Brown queria armar-se em bom primeiro ministro logo que entrou, ao apoiar um casal inglês bonitinho, e acabou por lixar-se bem.
Acredito que ainda se irá fazer justiça neste caso, é só uma questão de tempo. E acredito que ainda nos iremos surpreender no fim.
Acredito que o Gonçalo Amaral foi afastado para se parar com a perseguição que ele e a sua família estavam sujeitos, e o facto que os ingleses usavam a imagem dele para denegrir a PJ.
Acredito que muitas pessoas são uns ignorantes e tiram as suas conclusões pela imagem dos pais, que eles e sua equipa criaram estrategicamente, como a de fazerem crer que eram católicos devotos. Estes ignorantes não querem pensar nas provas que a PJ e a polícia inglesa têm para os tornar principal suspeitos no caso.
Eu como pagadora de impostos, pago para que seja a PJ a investigar estes casos, e não para que o povo tire as suas conclusões pelo que vê na TV.
Com o povinho a tirar conclusões, é que aquele "pai" austríaco nunca foi apanhado, e muitos andam por aí a abusar de crianças porque ninguém lhes dá "cara de pedófilos"
Ainda bem que a PJ não trabalha numa base do "não tem cara de..."
Eu fui vítima na infância de um "não tem cara de.."
Mas o povo tem a mania que sabe! O povo não sabe de nada, não está dentro do assunto, "ah, mas eles iam muito à igreja coitadinhos"
Deixem a PJ fazer o SEU trabalho!
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