Liberdade de expresso
Ao que parece o antigo secretário de Estado da Comunicação Social do PS, Arons de Carvalho, enviou um e-mail para os jornalistas do Glória Fácil a perguntar-lhes "se o jornal não é suficiente" para a "liberdade de expressão".
A pergunta é capciosa. Arons de Carvalho sabe bem a resposta. Onde está o jornalismo de investigação? Onde pára a memória nas redacções dos jornais que agora metem cada vez mais estagiários? Quem se recorda das razões que conduziram à primeira maioria absoluta de Cavaco Silva? Quem se interessa sequer? E quem é responsável por ter contribuído para esta situação? Quem foi secretário de Estado da Comunicação Social?
Ainda outra coisa: os blogues não são, obviamente, a solução à "Liberdade de Expressão". Eu, por exemplo, sou jornalista e escrevo aqui coisas que poderia perfeitamente dizer no meu órgão de Comunicação Social.
Só que, infelizmente, não são nenhuma novidade. Não se justificam. Já foram escritas em outros órgãos de Comunicação Social há algunas anos atrás, ou em diversos registos públicos e nada daquilo que eu aqui digo é notícia.
São é interessantes de se saber, porque em nada vão mudar aquilo que já sabemos (Tanto Faz, não é?!), a não ser para os jornalistas que não têm memória ou não andaram a informar-se daquilo que se passou há uns anos, quando eles eram pequenos, e que agora marcam o presente e vão ter repercussões no nosso futuro.
A responsabilidade, depois, passa agora para os políticos. Não vi nenhum político perguntar, por exemplo, se os tais explosivos soviéticos dos anos 80 que foram encontrados no local do atentado à sede da ONU em Bagdad que matou Sérgio Vieira de Mello, não poderiam, sabe-se lá, fazer parte do armamento que, ilegalmente, foi traficado pelos norte-americanos via Portugal durante 83 e 85, altura do Governo do Bloco Central (PS e PSD, com Mário Soares como primeiro-ministro e Mota Pinto como ministro da Defesa).
Alguém sabe porque nunca houve um inquérito parlamentar a esse negócio que ficou conhecido como Irangate? Arons de Carvalho e os senhores jornalistas do Público, caso desconheçam a resposta a esta pergunta e se tiverem interesse ou liberdade para tal, podem começar por tentar descobir. Para isso deixo-vos uma pista: leiam a crónica "Portugate", publicada na revista do semanário "Expresso" de 24 de Janeiro de 1987. Está assinada pelo então director da revista, Vicente Jorge Silva, que, dois anos mais tarde, seria o primeiro director do "Público" e, actualmente, é deputado do PS.
Perguntem ao autor porque nunca houve um inquérito parlamentar ao caso "Irangate".
Porque não pergunto eu? Porque a minha questão também é capciosa: eu já sei a resposta.
A pergunta é capciosa. Arons de Carvalho sabe bem a resposta. Onde está o jornalismo de investigação? Onde pára a memória nas redacções dos jornais que agora metem cada vez mais estagiários? Quem se recorda das razões que conduziram à primeira maioria absoluta de Cavaco Silva? Quem se interessa sequer? E quem é responsável por ter contribuído para esta situação? Quem foi secretário de Estado da Comunicação Social?
Ainda outra coisa: os blogues não são, obviamente, a solução à "Liberdade de Expressão". Eu, por exemplo, sou jornalista e escrevo aqui coisas que poderia perfeitamente dizer no meu órgão de Comunicação Social.
Só que, infelizmente, não são nenhuma novidade. Não se justificam. Já foram escritas em outros órgãos de Comunicação Social há algunas anos atrás, ou em diversos registos públicos e nada daquilo que eu aqui digo é notícia.
São é interessantes de se saber, porque em nada vão mudar aquilo que já sabemos (Tanto Faz, não é?!), a não ser para os jornalistas que não têm memória ou não andaram a informar-se daquilo que se passou há uns anos, quando eles eram pequenos, e que agora marcam o presente e vão ter repercussões no nosso futuro.
A responsabilidade, depois, passa agora para os políticos. Não vi nenhum político perguntar, por exemplo, se os tais explosivos soviéticos dos anos 80 que foram encontrados no local do atentado à sede da ONU em Bagdad que matou Sérgio Vieira de Mello, não poderiam, sabe-se lá, fazer parte do armamento que, ilegalmente, foi traficado pelos norte-americanos via Portugal durante 83 e 85, altura do Governo do Bloco Central (PS e PSD, com Mário Soares como primeiro-ministro e Mota Pinto como ministro da Defesa).
Alguém sabe porque nunca houve um inquérito parlamentar a esse negócio que ficou conhecido como Irangate? Arons de Carvalho e os senhores jornalistas do Público, caso desconheçam a resposta a esta pergunta e se tiverem interesse ou liberdade para tal, podem começar por tentar descobir. Para isso deixo-vos uma pista: leiam a crónica "Portugate", publicada na revista do semanário "Expresso" de 24 de Janeiro de 1987. Está assinada pelo então director da revista, Vicente Jorge Silva, que, dois anos mais tarde, seria o primeiro director do "Público" e, actualmente, é deputado do PS.
Perguntem ao autor porque nunca houve um inquérito parlamentar ao caso "Irangate".
Porque não pergunto eu? Porque a minha questão também é capciosa: eu já sei a resposta.
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