20080804

Merecer o que se tem

"O Primeiro de Janeiro" que saiu hoje para as bancas foi feito por uma redacção secundária - e não contratada de raíz. Acham que podem fazer aquilo aos 32 camaradas da redacção de "O Primeiro de Janeiro" que ainda não foram despedidos de forma legal porque "esta equipa não tem nada a ver com isso (despedimento da redacção do Janeiro) e quer apenas trabalhar".
E o que foi que disse o Sindicato dos Jornalistas?
Disse que é "uma vergonha"...
Mas, assim todos têm o que merecem:

1 - Temos um presidente de sindicato que, face a uma situação de despedimento ilegal de 32 jornalistas, foi de férias como estava agendado e não as adiou para mostrar um sinal claro de que a situação era muito grave.

2 - Há um jornal hoje na rua que foi feito de forma ilegal e nenhum jornalista ainda no activo, mas proibido pelo patrão de trabalhar na edição, se lembrou ou teve a coragem de mandar apreender a edição de hoje recorrendo a uma providência cautelar.

3 - O Sindicato, em vez de censurar publicamente os jornalistas que aceitaram substituir os 32 camaradas ilegalmente despedidos apenas disse que "é uma vergonha".

4 - O responsável da tutela, o ministro Santos Silva, também ainda não foi chamado pela restante Comunicação Social a pronunciar-se sobre a manobra dos proprietários de "O Primeiro de Janeiro".

5 - Os leitores, que ainda existem, último elo da cadeia, foram comprar um jornal feito de forma ilegal. E pagaram.

Está visto. Têm todos o que merecem. Não vou ser eu o último herói...

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23 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Indigna-me o que se passa com os jormalistas do Primeiro de Janeiro! Mas indigna-me mais que as autoridades para as condições do Trabalho, fiquem quietas perante mais um acto ilegal! Indigna-me também que outros jornalistas abordem este assunto, ao de leve, como se fosse brasa que queimasse, e não lhe dêm o devido e merecido relevo!...
Enfim, a solidariedade esfuma-se no mundo do trabalho, em nome da competitividade por um lugar para trabalhar, onde vale tudo, até "engolir" o colega do lado, se for preciso!

04 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

È tudo indecente! O Frederico tem razão!! Mas o mais indecente, é que este patrão não pagou o devido aos seus trabalhadores, socorrendo-se das mais ignóbeis formas, e continua a poder ter na rua o mesmo jornal, feito por outros! (A quem mais tarde fará exactamente o mesmo, não tenham eles ilusões)!...
O Estado de Direito enviesado em que vivemos permite isto tudo! Há d´rcadas que é assim, com os patrões a encerrarem as fábricas e a mandar os trabalhadores receber um mísero subsídio pago pelo Estado a quem eles nem sequer pagaram impostos, para comprarem os palácios e os Ferraris!..E o ESTADO tudo permite, tudo perdoa, em tudo crê, como bondade para o tecido económico, em vez de os inibir do mercado e os enviar para a China fazer empresas!!!!

04 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

E alguém sabe do papel da sempre prestável, obediente, atenta e veneranda Nasallete suponho que ainda de Miranda (apesar do Sequetim ter dado de frosques) em todo este processo? Contem-me, por favor!!!

05 agosto, 2008  
Blogger Helder Robalo disse...

E o camarada Frederico o que fez, além do que escreveu aqui? Denunciou alguma coisa? Esteve lá? Ou fala de cátedra quando critica o presidente do SJ por ter ido de férias? Que curiosamente, mesmo em férias (às quais, pelos vistos, não tem direito na sua opinião) tem vindo a prestar declarações públicas sobre o caso.

Já agora, reparou em quem esteve ao lado dos 32 trabalhadores na primeira hora, quando estes souberam do despedimento ilegal de que iam ser alvo? Sabe o que já antes, nos bastidores, o SJ vinha fazendo?

Eu, realmente, acho uma piada tremenda. Sempre que há alguma desgraça em vez de se bater em quem a provoca bate-se no sindicato. Curiosamente no sindicato do qual ninguém parece gostar, mas pelo qual todos clamam quando a questão dá para o torto! Ter-se sol na eira e chuva no nabal não possível meu caro!

Sim, o que se passa no Janeiro é verdadeiramente uma vergonha. É vergonhoso que 32 pessoas sejam dispensadas como quem dispensa um objecto estragado que já não tem utilidade nenhuma. Mas, pior do que tudo, é vergonhoso que alguns órgãos de comunicação social se "limitem" a dar a notícia "batendo" uns takes da Lusa e metendo umas coisas de arquivo para ilustrar!
Fosse uma empresa têxtil a fechar e teríamos directos até à exaustão noticiando o caso!

Mas olho, acabo a concordar. Todos têm o que merecem! Pela sua linha de pensamento até o sindicato que merecem!

05 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Sem ter procuração do jovem Frederico (livra!), dá-me vontade de pôr na ordem esse hélder robalo, certamente tão jovem quanto o autor deste blogue, mas suficientemente lerdo (ou mal-informado) para acreditar que o Sindicatro dos Jornalistas alguma vez fez alguma coisa pelos seus associados... Ó homem, não seja parvo. O Sindicato nsó teve alguma importancia enquanto, ao velho jeito corporativo da outra senhora, passava as carteiras profisionais. Só serviu para isso, para além de algumas negociatas e viagens que certos "camaradas" (hoje ex-, é claro) faziam às RDA's da vida, adulterando e falsificando ajudas de custo e surripiando fundos que angariavam e que deveriam ser idónes portadores. Ó Robalo, tenha juízo. O Sindicato só existe para esse Maia (que nunca ninguém soube quem é ou foi) ter ocupação.

06 agosto, 2008  
Blogger para mim disse...

Caro Hélder, eu sei bem o que o sindicato não pode fazer... faça uma busca na net com as palavras "TV Top" e "Frederico"... quanto ao que estou a fazer pelos camaradas de "O Primeiro de Janeiro", é muito quando comparado com outros... Trabalhei lá e sei o que a casa gasta, ou será que já se esqueceram da entrada pela Rua da Oliveirinha?

06 agosto, 2008  
Blogger Helder Robalo disse...

Caro tenente valadim, vendo que está tão bem informado, nem me dou ao trabalho de responder a tanto dislate junto!

06 agosto, 2008  
Blogger Helder Robalo disse...

Frederico. Percebo que tenha passado por uma situação algo semelhante!
Contudo, e talvez também um pouco por isso, não percebo por que queria que o SJ colocasse jornalistas contra jornalistas, censurando aqueles, que em condições provavelmente semelhantes às do PJ, estão a fazer o "novo" Janeiro.
Ou que o presidente do SJ estivesse presente, fisicamente, junto dos trabalhadores para mostrar que a situação é muito grave (para alguma coisa existente mais elementos na direcção do SJ).
O SJ não disse apenas que a situação é vergonhosa. Alertou a "nova" redacção do PJ, ou se quiser a redacção do Norte Desportivo. "Para o Sindicato dos Jornalistas, esta atitude é reveladora da falta de valores que norteiam a “Folio – Comunicação Global, Lda” e deve ser um alerta para os profissionais que estão a ser instrumentalizados para substituir os trabalhadores que a empresa pretende despedir ilicitamente".

06 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Pois é, ilustre robalo... a verdade por vezes deixa-nos sem resposta, não é? Por isso há quem garanta que o silêncio é de oiro. Quer um conselho: deixe-se de clamar pelo sindicato e pelos Maias e quejandos da vida e desça à terra. É aqui que se vive, se luta e se subsiste!

06 agosto, 2008  
Blogger Helder Robalo disse...

Felizmente, caro tenente valadim, vivemos num Estado democrático onde a imbecilidade é permitida.
Lamentável é que exista quem, vá-se lá saber com que motivações, se permita a tomar a parte pelo todo e, assim, procurar ligar o nome de todos a alguns que, lamentavelmente, se comportaram de forma indigna no passado.
Claro que a verdade por vezes nos deixa sem resposta. Sobretudo quando ela vem de alguém que nem o nome assume e que se vangloria de não saber quem é ou foi o Alfredo Maia e que, nas suas palavras, só tem ocupação graças ao Sindicato.

Despeço-me com a certeza de que irá rebater tudo o que lhe digo e mimar com mais meia dúzia de dislates. É por pessoas como você que eu, diariamente, dou graças ao 25 de Abril e à grande conquista que foi a liberdade de expressão.

06 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Para o Tenente Valadim: o que disse muita gente sabe e tem provas, mas talvez um dia destes haja uma surpresa.Não era só da RDA,e as encomendas da OIJ (organização internacional de jornalismo) com sede em Praga trazidas para o SJ sem se saber a "quantidade" à saída de Praga
e a "quantidade" chegada a Lisboa.
Ó robalo o SJ fez alguma coisa quando aconteceram os despedimentos no 24 horas, e com os actos ilegais que acontecem agora?
Você anda a defender o que?.
Os tachos da rapaziada da esquerda
romântica, que querem é salvarem os seus empregozinhos.

06 agosto, 2008  
Blogger Helder Robalo disse...

Caro José Rui, não confunda pessoas com instituições!

06 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Helder,felizmente que posso escolher,e felizmente que acredito que com tanta mentalidade tacanha que neste pais popula e não faz nada, mas critica o que os outros fazem;è ignorante que até mete dó.
Felizmente temos tenentes e e sargentolas, assim até eu gostava de ser patrão, que com uma codea de broa saia mais barato que ter um cão-de-guarda.
Já agora caro "temente", quem cometeu a ilegalidade não foram os inúteis destabilazadores sindicalistas, mas o seu patrão Eduardo. E se anda cá a tanto tempo, parece que está com saudades de outros tempos...hehe.
e já agora o que propunha...

06 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

caro zé, caro zé, para exemplo de encomendas, não precisamos de ir longe, nem de procurar nos tempos distantes, basta ler sem palas, e entrar pelas economias, pelas politicas, pelos artigos de opinião, pelas lavagens que muito bem se fazem pelas mãos de muitos "dotores" da moral e da justiça que trincam os lábios de raiva, mas sore isso nada dizem.
fique bem e acalme-se. Divirta-se e mostre o que fez de tão virtuoso.
João de Deus

07 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

ó robalo, eu não confundi nada, eu chamei os bois pelos nome.
que o sj nada faz é uma realidade, diga-me uma coisa que tenha feito sem segundas intenções, ou simplesmente agitprop.

07 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Acredito Robalinho que não sejas imbecil, acredito que apenas sejas ignorante. Uma coisa é certa: ou lês mal ou enfiaste (ou alguém por ti...) o barrete. E além do mais não percebeste nada. É por essas e por outras que os Eduardos Costas da vida e as Nasalletes do frete fazem o que fazem... E vocês, com esse espiritizinho corporativo, mesquinho, portuguesinho, enfim, com essa postura na vida de "merdas" é que permitem que essa gentuça faça o que faz. Grita pelo sindicato, pelo Maia e pelos idiotas de serviço, que hás-de ganhar muito. Sejam homenzinhos, tomem uma atitude uma vez na vida. Deixem-se de ser queixinhas e caguinchas. Entrem pelo jornal dentro, ocupem a redacção, invadam a casa do Costa, lancem ovos podres à Nasallete, barriquem-se, no fundo tenham coragem e ... imaginação.
Mas se calhar preferem os Maias da vida, aprumadinbhos e de barbinha aparada, todos polliticamente correctos, a debitar para as TV's, ufanos da família os ver no telejornal. Sabes que mais? Infelizmente há quem tenha o que merece... E não gostas que eu assine "ttenente valadim"? Se fosses inteligente, chegavas lá. Mas já percebi que puxar pelos neurónios não deve ser o teu forte. Tu é mais lugares comuns e doiscurso obreirista, tipo século XIX. Continua assim que ainda acabas a trabalhar para o Eduardo Costa...

07 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Alguém falou no Ribeiro Cardoso?

07 agosto, 2008  
Blogger Carla Teixeira disse...

Caros amigos, ainda que a questão central aqui seja a usurpação de 32 lugares numa redacção por apenas 10 jornalistas de outra (e não vou censurá-los, porque cada um sabe o carácter que tem e as dificuldades da sua vida), e não os actos mais ou menos importantes do sindicato, eu, uma das 32 pessoas atiradas borda fora como se fossem lixo, digo-vos o seguinte: não sou nem nunca fui sindicalizada, e conheço o Alfredo Maia do tempo em que ambos trabalhávamos no «Jornal de Notícias», de onde, em 2001, saí para o «Janeiro». Não somos amigos, mas gosto de pensar que sou uma pessoa justa, e por isso há um esclarecimento que se impõe aqui: há muito tempo, bem antes de se ter tornado público o problema, que o Sindicato dos Jornalistas vinha acompanhando a situação no «Janeiro». Em nenhum momento, a redacção despedida em bloco teve motivos para se queixar desse acompanhamento, que tem sido contínuo e excepcional. E porque o sindicato não se esgota no Alfredo Maia, que foi de férias e de certeza as merece, há várias outras pessoas daquela estrutura a acompanhar o caso. E têm estado à porta da redacção connosco, e têm orientado os colegas sobre o que devem fazer ou está ao seu alcance. As críticas são injustas, porque se não pode fazer mais, o sindicato tem feito o que pode. Que é mais do que fizeram muitos dos que lá trabalhavam, que optaram por um conivente - e muito lamentável - silêncio. O silêncio de quem espera um tacho...

07 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

caro tenente, até sou um tipo com muuita paciência, mas esta tem limites. Mas vamos lá, mereces uma oportunidade para ver se aprendes alguma coisa e passas para a pimaria, (mas pareces caso perdido). O que está em causa é uma actitude do patrão Eduardo, foi ele que fez a barbaridade de destruir o PJ, de despedir de uma forma inqualificável os meus camaradas de profissão.Percebeste? ou és mesmo burro?
Do outro lado temos as instituições: o sindicato, e o governo e os próprios jornalistas.
Contra o primeiro destilas ódio e disparates próprios de um perfeito ignorante, quanto ás instituições do estado, que obrigação tinham de actuar ... nem pio. Medo, ou cobardia?.Deixa-te do insulto pessoal, que é a arma dos fracos e como dizes, mas não fazes: Sejam homenzinhos, tomem uma atitude uma vez na vida. Deixem-se de ser queixinhas e caguinchas. Entrem pelo jornal dentro, ocupem a redacção, invadam a casa do Costa, lancem ovos podres à Nasallete, barriquem-se, no fundo tenham coragem e ... imaginação.
fico a tua espera
assim não ajudas quem precisa: os jornalistas do Janeiro
o teu amigo João de Deus

08 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

ó joao de deus, se queres que eu seja sincero, estou-me a marimbar para o caso do primeiro de janeiro. O mais certo é que os jornalistas estão bem para os eduardos costas e para as nasalletes da vida. Se fossem bons, o jornal vendia e de certeza que o trafulha do Costa não os despedia. O que me irrita é esse afã corporativista que deita tudo a perder, esse discurso e argumentário caduco do tempo da outra senhora que só dá trunfos a quem pode por e dispor. O resto são tretas.Organizem-se, como diz o outro. E enquanto isso, joao de deus, olha... vai à merda. 'Tá bem?

10 agosto, 2008  
Blogger para mim disse...

Caro "Tenente Valadim" - que é a rua onde há anos funcionava a Rádio Comercial no Porto e foi onde o Carlos Barbosa disse, quando despediu em massa os jornalistas, que não era ele "o filho da puta" -, por favor, não me obrigues a ter de introduzir a moderação de comentários. Não mandes à merda os outros leitores que, como tu, podem aqui deixar livremente os seus comentários. Podes desabafar as mais violentas opiniões e - e muitas delas até concordo contigo - mas tenta não estragar tudo com o uso de palavrões. Podes dizer "merda" quantas vezes quiseres. Aqui podem usar as palavras ditas proibidas, como o "foda-se" ou até "cona", mas não quando são usadas como merda de arremesso contra os outros comentadores. Respeita a merda e pede desculpa ao "João de Deus". Obrigado.

10 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Bom, o insulto, Frederico, nem é para mim, porque ele não sabe quem eu sou. Cada um tem a educação que pôde ter.Todos conhecemos quem só saiba viver entre o insulto e a humilhação ... traumas. O que me custa é ver insultado a memória do Janeiro e de exelentes profissionais que por lá passaram, por outro quem é o Tenente para avaliar?, E por fim, que já vai longo, a culpa da falênia é do trabalhador, e não do patrão não soube contratar? Saberá ele ler um jornal? Duvido.
Eu volto Frderico, mas para discutir Ideias.

12 agosto, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

João de Deus não sejas tão corporativista, deixa-te de lamúrias, de discursos obreiristas e faz qualquer coisa. Não gostaste (tu e o Frederico) que te mandasse "aquela parte"? Entende como um desabafo de quem anda aqui há muito tempo, conhece o meio certamente muito melhor que tu, topa à légua os protagonistas desta e de outras lamentáveis histórias e já aprendeu que as culpa nunca é só de um lado. Mais: acredita que já me "atravessei" por jornalistas porventura bastantes mais vezes que essa fgentinha que anda para aí a urrar inconsequentemente. Costas, Nasalletes, Maias, etc. são o exemplo claro da mediocridade, da incompetência e da mesquinhez que impera neste país. Essa é que é a verdade. E tudo o resto são palavras e mais palavras...

13 agosto, 2008  

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