20080331

Obrigado a todos


"O Enigma da Praia da Luz" já foi apresentado.
Obrigado ao Mário e à Tânia, da "Guerra & Paz", pelo trabalho feito.
Obrigado ao Francisco por o ter apresentado com mestria.
Obrigado a todos aqueles que apareceram esta tarde na Fnac do Colombo.
Obrigado a todos que não puderam estar presentes, mas sei que queriam estar...
Obrigado a todos os leitores desconhecidos deste blogue, pois sei que hoje estamos mais informados, ainda que este seja um livro de ficção...

Para todos, aqui fica o discurso que li, para registo de quem esteve e para conhecimento público de quem não foi:

"O caso do desaparecimento de Madeleine McCann foi e é, sem dúvida, dos mais mediáticos que o nosso país assistiu nos últimos anos.
Já muito se escreveu, especulou, inventou, investigou, sentenciou e até se julgou.
Estou aqui para vos apresentar uma outra visão do caso. Será só mais uma? Talvez.
Mas é, com toda a certeza, a visão de alguém que participou e assistiu de perto ao caso.
Muitos houve que fizeram o mesmo e esta é a história de apenas um deles.
No geral, e neste caso em particular, os jornalistas são frequentemente vistos como autómatos ao serviço da informação, que perseguem as notícias para apresentar na redacção e pouco mais.
Aqui, o papel do jornalista foi muito discutido e, mais uma vez, sentenciado e julgado.
Levo-vos a conhecer a pessoa que está por trás de notícias no jornal que todos nós consumimos com voracidade na esperança de resolvermos nós próprios o caso Madeleine McCann.
Apresento-vos portanto, Miguel de Andrade, jovem jornalista que passa pelo 'circo' do caso que foi e ainda é 'O Enigma da Praia da Luz'.
É a história da experiência dele que quis ficcionar aqui. Quis mostrar como foi a perspectiva do jornalista, o dramas éticos e até (sim, também ele os tem!) alguns sentimentos e moralidade.
Estou longe de querer julgar o casal McCann, até porque seria pretensioso da minha parte, sobretudo como jornalista que sou há quase duas décadas.
'O Enigma da Praia da Luz' é um livro de ficção, baseado em factos reais. Nada mais.
Sempre ouvimos falar dos reis que mandavam matar o mensageiro das más notícias, sendo que a finalidade não era eliminar a notícia em si, mas sim a de obter um pretexto para o soberano poder dizer que não a havia recebido.
Hoje, há reis, presidentes e primeiros-ministros que, apesar de terem a tentação de mandar matar o mensageiro, vivem num mundo dito mediatizado onde é impossível controlar a divulgação das notícias.
Só que há notícias que se matam com o passar do tempo, sem haver a necessidade de eliminar fisicamente quem as traz.
As notícias do desaparecimento de Madeleine McCann, previsivelmente, também morreram.
Dizem-nos, dizem-vos, que já ninguém quer saber mais sobre uma criança que ainda continua desaparecida…
A Justiça em Portugal aceitou assim cair sobre a espada e os jornalistas, último escalão desta cadeia social entre o poder e os cidadãos, são agora os culpados.
Mas, ainda assim, como dizia o poeta, antes de se tornar político, há sempre alguém que resiste".

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2 Comentários:

Blogger Paula disse...

De nada.
O prazer é nosso.
E foi uma bonita apresentação.
Parabéns!

01 abril, 2008  
Blogger Motim disse...

Parabéns e boa sorte em mais uma aventura literária!

01 abril, 2008  

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