Blair e Kadafi
Não é preciso recuar muito no tempo para lembrarmo-nos disto.
Em 1986, o líder líbio, Kadafi, representava aquilo que Osama bin Laden é hoje.
Lembro-me de uma certa manhã de Abril de 1986, quando Portugal tremia de medo com as prováveis retaliações que poderia vir a sofrer depois de um ataque de caças dos EUA à Líbia que, no caminho entre a base em Inglaterra e a Líbia (onde, entre outras vítimas, mataram uma filha adoptiva de Kadafi), tiveram autorização para sobrevoarem o nosso espaço aéreo.
Em 1988 houve o atentado do avião da Pan Am sobre Lockerbie.
Recentemente, Kadafi pagou às famílias das vítimas e "comprou" assim a saída da lista dos países que apoiam o terrorismo.
Agora, Blair, depois de passar por Portugal, vai visitar Kadafi.
Há uns tempos esteve na Líbia o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz. Foi uma visita que ocorreu pouco depois do regresso de Durão Barroso de Washington.
É um ciclo de diálogo que se fecha.
E depois ainda dizem que a ideia de diálogo com terroristas proposta por Mário Soares é um erro...
P.S. - A propósito de Blair e Kadafi, aconselho ainda a que tomem contacto com a história do espião britânico David Shayler.
Vejam, sobretudo, este artigo do "Observer", que explica como os serviços secretos britânicos, em 1996, pagaram a elementos da al-Qaeda para que matassem Kadafi. Aliás, foi depois Kadafi quem, em 1998 lançou o primeiro mandato de captura a bin Laden.
Confusos?
Ainda bem que estão confusos, pois é assim mesmo que os nossos líderes querem que estejam.
Just take a look:
"British intelligence paid large sums of money to an al-Qaeda cell in Libya in a doomed attempt to assassinate Colonel Gadaffi in 1996 and thwarted early attempts to bring Osama bin Laden to justice."
Em 1986, o líder líbio, Kadafi, representava aquilo que Osama bin Laden é hoje.
Lembro-me de uma certa manhã de Abril de 1986, quando Portugal tremia de medo com as prováveis retaliações que poderia vir a sofrer depois de um ataque de caças dos EUA à Líbia que, no caminho entre a base em Inglaterra e a Líbia (onde, entre outras vítimas, mataram uma filha adoptiva de Kadafi), tiveram autorização para sobrevoarem o nosso espaço aéreo.
Em 1988 houve o atentado do avião da Pan Am sobre Lockerbie.
Recentemente, Kadafi pagou às famílias das vítimas e "comprou" assim a saída da lista dos países que apoiam o terrorismo.
Agora, Blair, depois de passar por Portugal, vai visitar Kadafi.
Há uns tempos esteve na Líbia o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz. Foi uma visita que ocorreu pouco depois do regresso de Durão Barroso de Washington.
É um ciclo de diálogo que se fecha.
E depois ainda dizem que a ideia de diálogo com terroristas proposta por Mário Soares é um erro...
P.S. - A propósito de Blair e Kadafi, aconselho ainda a que tomem contacto com a história do espião britânico David Shayler.
Vejam, sobretudo, este artigo do "Observer", que explica como os serviços secretos britânicos, em 1996, pagaram a elementos da al-Qaeda para que matassem Kadafi. Aliás, foi depois Kadafi quem, em 1998 lançou o primeiro mandato de captura a bin Laden.
Confusos?
Ainda bem que estão confusos, pois é assim mesmo que os nossos líderes querem que estejam.
Just take a look:
"British intelligence paid large sums of money to an al-Qaeda cell in Libya in a doomed attempt to assassinate Colonel Gadaffi in 1996 and thwarted early attempts to bring Osama bin Laden to justice."
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