O erro de Mário Soares
O antigo Presidente da República, Mário Soares, lembrou-se de dizer que o diálogo com a al-Qaeda poderia colocar um fim ao terrorismo.
Rapidamente foi "trucidado" pelo ministro da Defesa, Paulo Portas.
O comentador político das noites de domingo na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa, disse também a este propósito que Mário Soares errara porque "nunca ninguém negociou com terroristas enquanto tal".
É falso.
O governo de Marcello Caetano procurou negociar a independência da Guiné pouco antes do 25 de Abril. Os "terroristas" - que é apenas um termo inventado pelo Estado de Direito - tiveram um primeiro encontro com José Manuel Villas-Boas, o nosso cônsul em Milão, que foi enviado secretamente para Londres.
Esse é um facto histórico que Marcelo Rebelo de Sousa não pode ignorar (resulta de uma investigação de José Pedro Castanheira para o "Expresso", em Abril de 1994, e está descrito com detalhe no livro de memórias de José Villas-Boas, lançado no fim de 2002).
O que Marcelo e Paulo Portas nunca vão explicar é que estes "terroristas" da al-Qaeda, ao contrário dos movimentos independentistas africanos dos anos 60 e 70, não têm uma sustentatibilidade visível a nível de reivindicações.
Alguém na Oposição ou até no Governo sabe ao certo o que pretende a al-Qaeda?
Querm derrubar o Imperalismo?
Atentar contra o nosso estilo de vida?
Implantar o Estado Islâmico no Médio Oriente?
Liberdade para os Palestinianos?
A luta contra a Globalização?
Certos defensores de bin Laden não professam estas ideias.
Aquele argumento de que os EUA estavam a "pedi-las" quando foi o 11 de Setembro, não colou na maioria do mundo islâmico. Alguns fanáticos podem tê-lo pensado, assim como alguns homens da rua portugueses que, à distância, continuaram a comer a sua "fast-food".
Mas não granjeou qualquer apoio de simpatia para a causa junto daqueles que nunca tinham ouvido falar antes no nome de bin Laden (apesar de já nessa altura ser o inimigo número 1 dos EUA).
Este terrorismno é mais útil a um Estado que quer ser mais repressivo do seu cidadão do que aquele que promove a libertação do indivíduo.
Por isso é que os nossos políticos precisam deste terrorismo.
Foram eles que o "encomendaram". Não o "pediram". "Encomendaram", deram as medidas e tudo. Está nos seus planos de consumo a longo prazo.
E, o mais perverso nisto tudo, é que pessoas como Mário Soares sabem bem disso, até quando procura chamar a atenção à sua figura com essa ideia que sabe ser impossível, mas que faz parte do seu discurso de Oposição na reforma...
Quando diz que devemos negociar com eles, é porque sabe que o diálogo é impossível.
Esse diálogo já foi feito.
Foi um diálogo, secreto, em salões de Paris, pouco depois da invasão soviética de 1979 ao Afeganistão, quando era necessário derrubar o prosidente democrata Jimmy Carter, e colocar na Casa Branca o vice-presidente George Bush (antigo chefe da CIA e pai do actual presidente), onde se negociou com os "terroristas".
Inventou-se então um senhor chamado bin Laden. Para o que desse e viesse...
Rapidamente foi "trucidado" pelo ministro da Defesa, Paulo Portas.
O comentador político das noites de domingo na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa, disse também a este propósito que Mário Soares errara porque "nunca ninguém negociou com terroristas enquanto tal".
É falso.
O governo de Marcello Caetano procurou negociar a independência da Guiné pouco antes do 25 de Abril. Os "terroristas" - que é apenas um termo inventado pelo Estado de Direito - tiveram um primeiro encontro com José Manuel Villas-Boas, o nosso cônsul em Milão, que foi enviado secretamente para Londres.
Esse é um facto histórico que Marcelo Rebelo de Sousa não pode ignorar (resulta de uma investigação de José Pedro Castanheira para o "Expresso", em Abril de 1994, e está descrito com detalhe no livro de memórias de José Villas-Boas, lançado no fim de 2002).
O que Marcelo e Paulo Portas nunca vão explicar é que estes "terroristas" da al-Qaeda, ao contrário dos movimentos independentistas africanos dos anos 60 e 70, não têm uma sustentatibilidade visível a nível de reivindicações.
Alguém na Oposição ou até no Governo sabe ao certo o que pretende a al-Qaeda?
Querm derrubar o Imperalismo?
Atentar contra o nosso estilo de vida?
Implantar o Estado Islâmico no Médio Oriente?
Liberdade para os Palestinianos?
A luta contra a Globalização?
Certos defensores de bin Laden não professam estas ideias.
Aquele argumento de que os EUA estavam a "pedi-las" quando foi o 11 de Setembro, não colou na maioria do mundo islâmico. Alguns fanáticos podem tê-lo pensado, assim como alguns homens da rua portugueses que, à distância, continuaram a comer a sua "fast-food".
Mas não granjeou qualquer apoio de simpatia para a causa junto daqueles que nunca tinham ouvido falar antes no nome de bin Laden (apesar de já nessa altura ser o inimigo número 1 dos EUA).
Este terrorismno é mais útil a um Estado que quer ser mais repressivo do seu cidadão do que aquele que promove a libertação do indivíduo.
Por isso é que os nossos políticos precisam deste terrorismo.
Foram eles que o "encomendaram". Não o "pediram". "Encomendaram", deram as medidas e tudo. Está nos seus planos de consumo a longo prazo.
E, o mais perverso nisto tudo, é que pessoas como Mário Soares sabem bem disso, até quando procura chamar a atenção à sua figura com essa ideia que sabe ser impossível, mas que faz parte do seu discurso de Oposição na reforma...
Quando diz que devemos negociar com eles, é porque sabe que o diálogo é impossível.
Esse diálogo já foi feito.
Foi um diálogo, secreto, em salões de Paris, pouco depois da invasão soviética de 1979 ao Afeganistão, quando era necessário derrubar o prosidente democrata Jimmy Carter, e colocar na Casa Branca o vice-presidente George Bush (antigo chefe da CIA e pai do actual presidente), onde se negociou com os "terroristas".
Inventou-se então um senhor chamado bin Laden. Para o que desse e viesse...
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