Para mim, faz...
Apenas umas linhas para dizer que, para mim, foi chocante ver o desaparecimento prematuro de Angélico Vieira. Ele era um dos membros do grupo D'ZRT que cantava o sucesso musical "Para Mim Tanto Faz". Muita gente pensa que o nome deste blogue poderá resultar dessa canção. Não é verdade, mas, num momento de dor como este, gostaria de dizer aos leitores do blogue, fãs, amigos e família do Angélico que sim, para mim, faz...
7 Comentários:
E o outro que morreu, faz?
E a míuda de 17 anos que está nos UCI, faz?
E todas as pessoas que morrem diariamente na estrada, sem ter sequer infrigido nenhuma regra básica de condução, fazem?
Claro que se lamenta a morte de uma pessoa com 28 anos, seja ela qual for.
Mas chateia-me perceber que a dor da morte deste é maior que a dos anónimos...
Boa sorte à rapariga que ainda está internada, e boa sorte a todos os que vão receber orgãos para que as suas vidas se possam salvar.
Concordo inteiramente com o "anónimo". O Angélico ia com o prego completamente a fundo e sem cinto, a 250km/hora - que é a velocidade máxima, limitada electronicamente, daquele BMW. Ele é completamente responsável pela sua morte, pela morte do seu amigo e pelo estado grave em que está a amiga. E muita sorte não ter matado mais ninguém. Para ele tanto lhe fez.
Estou chocada com os comentários anteriores! É claro que ninguém defende a irresponsabilidade dos condutores ou dos passageiros sem cinto. A morte de alguém famoso toca-nos sempre, mesmo que não seja pessoa das nossas relações pessoais. Os demais, lamento, são estatísticas. Que a morte de Angélico seja um dado a favor da diminuição dessas estatísticas e não uma oportunidade para certas manifestações de traumas recalcados.
Teresa S.
Teresa:
"Os demais, lamento, são estatísticas"
Quer dizer o quê isto?
Ninuém fez comentários chocantes, apenas se disse que o que é de lamentar é que apenas quando morre alguém famoso é que se lembram de lamentar as estatísticas...
E que a irresponsabilidade na estrada é de lamentar. (e não estou a dizer que o Angélico tivesse sido irresponsável, aliás nem morreu mais ninguém além dos que estavam naquele carro...). O primeiro comentário apenas diz que é pena que as pessoas sofram mais com um famoso do que com outro qualquer, só isso. Enfim, é a velha história de que uns valem mais que os outros, não é?
Nada do que foi aqui dito é chocante, apenas os 3 mortos por dia nas estradas portuguesas o são.
E nem falo dos feridos graves onde, muitas vezes, jovens de 20 anos passam o resto da vida a ser alimentados por um tubo na traqueia, incapazes sequer de apertar um botão numa camisa, o que faz da família delas uma família também arruinada.
Ou não será assim?
Experimente ir visitar o centro de Alcoitão e perceberá que a morte do Angélico (apesar de ser de lamentar) se torna muito relativa...
Cara Teresa está chocada com o quê?
Não tenho nada contra o Angélico. Só contra as pessoas que tratam alguém que se matou a si e a outros como um herói. Não sei se é o seu caso, nem sei se é o caso do autor deste blogue. Mas os outros coitados que iam no carro e nada puderam fazer, como não são famosos, «são estatísticas»: isso sim choca!
Se fosse o seu filho a ser projectado de um carro a 250km/hora, e depois esmagado por outro carro, num acidente causado por um condutor completamente irresponsável, também lhe iria chamar «estatística»?
Não queria estar no lugar daquelas mães.... e ou pais... :( Vidas completamente destruídas... :(
Este blog, tal como a comunicação social, está a usar a morte do rapaz para abafar o que realmente importa discutir.
Lamento...Puro entertainment!
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