O código Grão Vasco
Não é preciso ir a Milão ver a "Última Ceia" de Leonardo Da Vinci para debater a presença de Maria Madalena ao lado de Cristo. O papel do sagrado feminino na vida de Jesus também pode ser discutido em Viseu, no museu Grão Vasco (não, não é um museu de vinhos, engraçadinhos...).
Pintor português de uma geração próxima de Da Vinci, Grão Vasco executou uma "Última Ceia" com interessantes características:
O quadro, dividido em três tábuas, mostra Jesus Cristo, ao centro, com quatro apóstolos à sua volta. Na tábua da esquerda estão sete apóstolos, que conversam entre si, perfazendo onze apóstolos. E, na tábua da direita, surge, finalmente, o décimo segundo apóstolo, Judas, que entra no recinto da ceia bem identificado pelo saco de moedas que tem na mão.
O cenário é uma taberna e, ao contrário do quadro de Da Vinci, vemos outras pessoas em plano secundário, porém identifica-se facilmente quem são os apóstolos, uma vez que todos eles têm uma aréola por cima das suas cabeças.
Todos?
Todos, não.
Judas não tem auréola, pois acabou de trair Cristo. Tem consigo o saco das moedas, acabou de trair Cristo e regressa ao local onde se realiza a última ceia, mas já perdeu o "direito" a ter a auréola identificativa de apóstolo de Cristo... Contudo, tirando a radiosa auréola do próprio Jesus, ainda assim contam-se doze auréolas neste quadro de Grão Vasco...
E onde está essa décima segunda auréola?
Está lá, por cima da cabeça de uma mulher, Maria Madalena, que surge no mesmo quadro de Judas.
A auréola que deveria estar na cabeça do apóstolo traidor passou para a cabeça da mulher arrependida.
Temos, deste modo, doze apóstolos e doze auréolas...
Maria Madalena deve então ser encarada como estando ao mesmo nível dos apóstolos?
Grão Vasco, aparentemente, disse-nos que sim.
E isso pode ser facilmente comprovado em Viseu.
P.S. Para além dos quadros de Grão Vasco, também aconselho a visita a este museu pela arte sacra e por uma série de quadros de Vieira Portuense, Domingos Sequeira, Silva Porto, Alfredo Keil e Columbano, sobretudo o auto-retrato deste último.
Pintor português de uma geração próxima de Da Vinci, Grão Vasco executou uma "Última Ceia" com interessantes características:
O quadro, dividido em três tábuas, mostra Jesus Cristo, ao centro, com quatro apóstolos à sua volta. Na tábua da esquerda estão sete apóstolos, que conversam entre si, perfazendo onze apóstolos. E, na tábua da direita, surge, finalmente, o décimo segundo apóstolo, Judas, que entra no recinto da ceia bem identificado pelo saco de moedas que tem na mão.
O cenário é uma taberna e, ao contrário do quadro de Da Vinci, vemos outras pessoas em plano secundário, porém identifica-se facilmente quem são os apóstolos, uma vez que todos eles têm uma aréola por cima das suas cabeças.
Todos?
Todos, não.
Judas não tem auréola, pois acabou de trair Cristo. Tem consigo o saco das moedas, acabou de trair Cristo e regressa ao local onde se realiza a última ceia, mas já perdeu o "direito" a ter a auréola identificativa de apóstolo de Cristo... Contudo, tirando a radiosa auréola do próprio Jesus, ainda assim contam-se doze auréolas neste quadro de Grão Vasco...
E onde está essa décima segunda auréola?
Está lá, por cima da cabeça de uma mulher, Maria Madalena, que surge no mesmo quadro de Judas.
A auréola que deveria estar na cabeça do apóstolo traidor passou para a cabeça da mulher arrependida.
Temos, deste modo, doze apóstolos e doze auréolas...
Maria Madalena deve então ser encarada como estando ao mesmo nível dos apóstolos?
Grão Vasco, aparentemente, disse-nos que sim.
E isso pode ser facilmente comprovado em Viseu.
P.S. Para além dos quadros de Grão Vasco, também aconselho a visita a este museu pela arte sacra e por uma série de quadros de Vieira Portuense, Domingos Sequeira, Silva Porto, Alfredo Keil e Columbano, sobretudo o auto-retrato deste último.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial