"A mão que tudo esconde"
O título deste "post" é directamente retirado de um artigo de opinião de um tal José Pedro Zúquete, da "Universidade de Boston", publicado na edição de hoje do diário "Público".
É um artigo sobre teorias da conspiração. Nada mais a propósito quando o realizador Michael Moore ganhou a Palma de Ouro em Cannes com o seu documentário "Fahrenheit 9/11". E o referido artigo termina assim:
"Mas a conspiração favorecida por muitos é aquela que liga os interesses económicos da família Bush aos sauditas e à família Bin Laden. Um dos modernos profetas da lógica da conspiração, o activista Michael Moore, preparou mesmo um 'documentário' dedicado à trama. O facto de poucos dias após o ataque terrorista muitos sauditas residentes na América, entre os quais familiares de Bin Laden, empresários, estudantes terem sido autorizados a partir para o seu país é a prova para muitos da cabala. Pouco importa que a Comissão do 11 de Setembro tenha declarado recentemente que tudo foi feito com aprovação do FBI porque os sauditas, sobretudo aqueles que tinham no nome 'Bin Laden', temiam pela sua segurança. Ou que Osama está afastado da família há anos (ele é o mais novo de 24 irmãos!) e constitui motivo de embaraço para todos. Ou ainda que o 'sinistro' Grupo Carlyle, na base do conluio Bush-Sauditas-Bin Ladens, tenha como um dos principais investidores George Soros, inimigo declarado de Bush e que tem como missão, nas suas palavras, 'retirar Bush da Casa Branca.'
Mas nada disto interessa. A conspiração não permite estas 'subtilezas' da lógica porque a conspiração cria 'a sua' própria lógica. Ou seja, o mecanismo demolidor, hipnotizante e monolítico do mito. Desde sempre. Realmente só há uma coisa mais forte do que uma teoria da conspiração: é o nosso desejo de acreditarmos numa."
Agora comento: não acredito em teorias da conspiração. Mas, ao contrário deste tipo de opinadores com grandes palcos comunicativos, limito-me a constatar uma série de factos que os jornalistas dos ditos jornais de "referência" não abordam como mandam as regras deontológicas. É um facto que familiares de Bin Laden estavam num encontro com o pai de George W. Bush numa reunião do grupo Carlyle, em Washington, no dia 11 de Setembro de 2001.
Não digo que aqueles familiares de Bin Laden tivessem sido culpados de algo, ou que tivessem agido em conjunto com a família Bush para organizarem um ataque à América e depois atirarem as culpas ao Afeganistão e Iraque.
Apenas digo que os jornalistas não fizeram certas perguntas sobre este encontro.
Deveria ser com receio das respostas...
Nada mais.
Quem gosta de teorias da conspiração são só os jornalistas que não fazem o seu trabalho.
Eu, repito, não gosto de teorias da conspiração. Não gosto dos filmes de Michael Moore e de certeza que não vou gostar de ver este, pois preferia que o filme fosse outro...
É um artigo sobre teorias da conspiração. Nada mais a propósito quando o realizador Michael Moore ganhou a Palma de Ouro em Cannes com o seu documentário "Fahrenheit 9/11". E o referido artigo termina assim:
"Mas a conspiração favorecida por muitos é aquela que liga os interesses económicos da família Bush aos sauditas e à família Bin Laden. Um dos modernos profetas da lógica da conspiração, o activista Michael Moore, preparou mesmo um 'documentário' dedicado à trama. O facto de poucos dias após o ataque terrorista muitos sauditas residentes na América, entre os quais familiares de Bin Laden, empresários, estudantes terem sido autorizados a partir para o seu país é a prova para muitos da cabala. Pouco importa que a Comissão do 11 de Setembro tenha declarado recentemente que tudo foi feito com aprovação do FBI porque os sauditas, sobretudo aqueles que tinham no nome 'Bin Laden', temiam pela sua segurança. Ou que Osama está afastado da família há anos (ele é o mais novo de 24 irmãos!) e constitui motivo de embaraço para todos. Ou ainda que o 'sinistro' Grupo Carlyle, na base do conluio Bush-Sauditas-Bin Ladens, tenha como um dos principais investidores George Soros, inimigo declarado de Bush e que tem como missão, nas suas palavras, 'retirar Bush da Casa Branca.'
Mas nada disto interessa. A conspiração não permite estas 'subtilezas' da lógica porque a conspiração cria 'a sua' própria lógica. Ou seja, o mecanismo demolidor, hipnotizante e monolítico do mito. Desde sempre. Realmente só há uma coisa mais forte do que uma teoria da conspiração: é o nosso desejo de acreditarmos numa."
Agora comento: não acredito em teorias da conspiração. Mas, ao contrário deste tipo de opinadores com grandes palcos comunicativos, limito-me a constatar uma série de factos que os jornalistas dos ditos jornais de "referência" não abordam como mandam as regras deontológicas. É um facto que familiares de Bin Laden estavam num encontro com o pai de George W. Bush numa reunião do grupo Carlyle, em Washington, no dia 11 de Setembro de 2001.
Não digo que aqueles familiares de Bin Laden tivessem sido culpados de algo, ou que tivessem agido em conjunto com a família Bush para organizarem um ataque à América e depois atirarem as culpas ao Afeganistão e Iraque.
Apenas digo que os jornalistas não fizeram certas perguntas sobre este encontro.
Deveria ser com receio das respostas...
Nada mais.
Quem gosta de teorias da conspiração são só os jornalistas que não fazem o seu trabalho.
Eu, repito, não gosto de teorias da conspiração. Não gosto dos filmes de Michael Moore e de certeza que não vou gostar de ver este, pois preferia que o filme fosse outro...
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial