Autismo político
Vale a pena ler/ouvir a entrevista a António Costa num trabalho conjunto Correio da Manhã/Rádio Clube´, e conduzida por António Ribeiro Ferreira (ARF) e Luís Claro (LC). Eis um momento em que podemos comprovar o nível de autismo político que se vive no PS:
ARF – Eu não enfio barretes. Mas o que eu sei é que quando se fala no engenheiro Sócrates há uma razão. Ele era o ministro do Ambiente e licenciou o Freeport. Não fui eu.
- Conhece alguma investigação que envolva o engenheiro José Sócrates?
ARF – Conheço a carta rogatória das autoridades inglesas.
- Olhe, eu não conheço.
ARF – E nessa carta fala-se no engenheiro José Sócrates como suspeito.
- O que eu conheço são os comunicados das autoridades judiciárias portuguesas que dizem que o engenheiro José Sócrates não está sob investigação e nem sequer é suspeito.
ARF – A carta rogatória é pública.
- É estranho ser pública.
ARF – Mas foi publicada.
- Acha normal? Eu sei lá se essa carta rogatória é verdadeira e se existe. O que eu tenho de confiar é nas autoridades judiciárias do meu País. E elas dizem que o engenheiro José Sócrates não é suspeito, nem é arguido, nem está sob investigação.
LC – Foi ministro da Justiça e sabe que quando se publicam informações elas vêm das autoridades judiciárias.
- Sim? Não sei. O que as autoridades judiciárias dizem é que o que os senhores dizem não é verdade.
ARF – Mas ninguém desmentiu a carta rogatória.
- Disseram uma coisa fundamental que é a única coisa que interessa nesta conversa. O primeiro-ministro está sob investigação? Não. O primeiro-ministro é arguido? Não. O primeiro-ministro é suspeito? Não. É o que dizem as autoridades judiciárias. Você acha o contrário.
ARF – Eu não acho o contrário.
- Você acha o contrário. Tem dúvidas sobre o primeiro-ministro.
ARF – Não é uma questão de dúvidas. O que eu ouvi é que ouve um tio que telefonou ao primeiro-ministro e mandou alguém falar com o engenheiro Sócrates porque lhe andavam a pedir luvas. Isso ouvi, não inventei.
- E então?
ARF - Ouvi, não sei se é verdade ou não.
- E daí retira o quê?
ARF - Depois tenho o filho do tio a enviar e-mail aos promotores em nome do primo.
- Não sei se recorda qual foi a pergunta com que entrámos neste tema?
ARF – O tema é a campanha negra.
- Porque é que há uma campanha negra.
ARF – Isto é uma campanha negra?
- O que me perguntou é se sempre que há investigação judicial sobre alguém do PS há uma campanha negra. E o que eu estou a dizer é o seguinte. Que eu saiba, a propósito desta caso, não há ninguém do PS a ser investigado. Você sabe que há? Não sabe.
ARF – Há um processo que envolve o Freeport.
- Não sabe. Você acha que sim.
ARF – As decisões foram tomadas pelo Governo do PS.
- Desculpe lá uma coisa. O que nós sabemos é que o engenheiro Sócrates não é arguido, não está sob investigação e não é suspeito.
ARF – Há dois arguidos.
- Mas algum deles é do PS?
ARF - Não faço ideia nenhuma.
- Sabe que é?
ARF – Não faço ideia nenhuma.
- Então se não sabe o que é que o PS tem a ver com a história? Posso saber?
ARF – Foi o PS que tomou a decisão política sobre esta matéria.
- Desculpe lá.
ARF – Não é verdade?
- O que eu quero saber não é a decisão política. É se está sob investigação.
ARF – Todo o processo está sob investigação.
LC – Já é a segunda vez em cinco anos que se fala numa cabala, numa campanha negra para destruir a direcção do PS vindo da parte da Justiça ou de quem for.
- Desculpe lá. Não meta coisas na boca do PS que o PS nunca disse. O PS nunca disse que a Justiça fez cabalas ou que fez campanhas negras. Agora, a Justiça é uma coisa, os senhores são outra coisa. Está a perceber a diferença?
LC – Todas estas campanhas, tanto da Casa Pia como do Freeport, foram obras da Comunicação Social contra as direcções do PS.
- Já disse o que tinha a dizer sobre isso.
ARF – No caso Casa Pia houve um dirigente do PS que foi arguido e depois ilibado.
- Temos uma pessoa. Que não só foi ilibada como obteve uma condenação do Estado por detenção ilegal.
ARF – Ainda não transitou em julgado, o processo ainda está a correr.
- Certo, mas ganhou na primeira instância.
ARF – Exactamente. Está convencido que este assunto do Freeport vai morrer ou vai ser usado na campanha eleitoral?
- Vão ser com certeza usadas, estão a ser usadas.
ARF – Usadas pelo PS, em termos da campanha?
- Não é pelo PS, é pelo PSD. Como sabe o PSD mantém afixado um cartaz da JSD de ataque ao primeiro-ministro. É sabido que certo tipo de pessoas no PSD vivem e convivem nesse ambiente de lamaçal de alimentar campanhas negras. É o historial sempre que certas figuras do PSD reaparecem no activo relativamente ao primeiro-ministro. Desde a sua vida privada a este caso procuram-no sempre envolver.
ARF – Eu não enfio barretes. Mas o que eu sei é que quando se fala no engenheiro Sócrates há uma razão. Ele era o ministro do Ambiente e licenciou o Freeport. Não fui eu.
- Conhece alguma investigação que envolva o engenheiro José Sócrates?
ARF – Conheço a carta rogatória das autoridades inglesas.
- Olhe, eu não conheço.
ARF – E nessa carta fala-se no engenheiro José Sócrates como suspeito.
- O que eu conheço são os comunicados das autoridades judiciárias portuguesas que dizem que o engenheiro José Sócrates não está sob investigação e nem sequer é suspeito.
ARF – A carta rogatória é pública.
- É estranho ser pública.
ARF – Mas foi publicada.
- Acha normal? Eu sei lá se essa carta rogatória é verdadeira e se existe. O que eu tenho de confiar é nas autoridades judiciárias do meu País. E elas dizem que o engenheiro José Sócrates não é suspeito, nem é arguido, nem está sob investigação.
LC – Foi ministro da Justiça e sabe que quando se publicam informações elas vêm das autoridades judiciárias.
- Sim? Não sei. O que as autoridades judiciárias dizem é que o que os senhores dizem não é verdade.
ARF – Mas ninguém desmentiu a carta rogatória.
- Disseram uma coisa fundamental que é a única coisa que interessa nesta conversa. O primeiro-ministro está sob investigação? Não. O primeiro-ministro é arguido? Não. O primeiro-ministro é suspeito? Não. É o que dizem as autoridades judiciárias. Você acha o contrário.
ARF – Eu não acho o contrário.
- Você acha o contrário. Tem dúvidas sobre o primeiro-ministro.
ARF – Não é uma questão de dúvidas. O que eu ouvi é que ouve um tio que telefonou ao primeiro-ministro e mandou alguém falar com o engenheiro Sócrates porque lhe andavam a pedir luvas. Isso ouvi, não inventei.
- E então?
ARF - Ouvi, não sei se é verdade ou não.
- E daí retira o quê?
ARF - Depois tenho o filho do tio a enviar e-mail aos promotores em nome do primo.
- Não sei se recorda qual foi a pergunta com que entrámos neste tema?
ARF – O tema é a campanha negra.
- Porque é que há uma campanha negra.
ARF – Isto é uma campanha negra?
- O que me perguntou é se sempre que há investigação judicial sobre alguém do PS há uma campanha negra. E o que eu estou a dizer é o seguinte. Que eu saiba, a propósito desta caso, não há ninguém do PS a ser investigado. Você sabe que há? Não sabe.
ARF – Há um processo que envolve o Freeport.
- Não sabe. Você acha que sim.
ARF – As decisões foram tomadas pelo Governo do PS.
- Desculpe lá uma coisa. O que nós sabemos é que o engenheiro Sócrates não é arguido, não está sob investigação e não é suspeito.
ARF – Há dois arguidos.
- Mas algum deles é do PS?
ARF - Não faço ideia nenhuma.
- Sabe que é?
ARF – Não faço ideia nenhuma.
- Então se não sabe o que é que o PS tem a ver com a história? Posso saber?
ARF – Foi o PS que tomou a decisão política sobre esta matéria.
- Desculpe lá.
ARF – Não é verdade?
- O que eu quero saber não é a decisão política. É se está sob investigação.
ARF – Todo o processo está sob investigação.
LC – Já é a segunda vez em cinco anos que se fala numa cabala, numa campanha negra para destruir a direcção do PS vindo da parte da Justiça ou de quem for.
- Desculpe lá. Não meta coisas na boca do PS que o PS nunca disse. O PS nunca disse que a Justiça fez cabalas ou que fez campanhas negras. Agora, a Justiça é uma coisa, os senhores são outra coisa. Está a perceber a diferença?
LC – Todas estas campanhas, tanto da Casa Pia como do Freeport, foram obras da Comunicação Social contra as direcções do PS.
- Já disse o que tinha a dizer sobre isso.
ARF – No caso Casa Pia houve um dirigente do PS que foi arguido e depois ilibado.
- Temos uma pessoa. Que não só foi ilibada como obteve uma condenação do Estado por detenção ilegal.
ARF – Ainda não transitou em julgado, o processo ainda está a correr.
- Certo, mas ganhou na primeira instância.
ARF – Exactamente. Está convencido que este assunto do Freeport vai morrer ou vai ser usado na campanha eleitoral?
- Vão ser com certeza usadas, estão a ser usadas.
ARF – Usadas pelo PS, em termos da campanha?
- Não é pelo PS, é pelo PSD. Como sabe o PSD mantém afixado um cartaz da JSD de ataque ao primeiro-ministro. É sabido que certo tipo de pessoas no PSD vivem e convivem nesse ambiente de lamaçal de alimentar campanhas negras. É o historial sempre que certas figuras do PSD reaparecem no activo relativamente ao primeiro-ministro. Desde a sua vida privada a este caso procuram-no sempre envolver.
Etiquetas: António Costa, Correio da Manhã, Freeport, Rádio Clube Português
3 Comentários:
A parte do autismo era escusada, os autistas são inteligentes e têm competências, estes tipos não...
Abraço!
Fred Madeira
Mas eles são inteligentes... Estão é alheados da realidade...
E como diz o Zé Paulo, Fred.
Esta à Rasquinha !!!!
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