Daqui a dois anos o caso Camarate cumprirá 30 anos. Ao cabo de oito comissões de inquérito parlamentares, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, ex-líder do CDS e primeiro-ministro interino após a morte de Sá Carneiro e Amaro da Costa, Freitas do Amaral, que lançou recentemente o segundo volume das suas memórias políticas e esteve ontem a ser entrevistado na RTP, "desafia Assembleia da República a retomar inquérito a Camarate".
Segundo Freitas, há três grandes questões que não ficaram claras. São elas "o relatório dos peritos internacionais sobre os equipamentos técnicos do avião e explosivos, a investigação da venda de armas ao Iraque, em 1979-80, e o Fundo de Defesa Militar". O ex-ministro sempre garantiu que recebeu - e encaminhou imeditamente para a PJ - um telegrama diplomático da nossa embaixada de Londres que relatava uma informação transmitida via Scotland Yard pouco depois do sucedido a 4 de Dezembro de 1980, apontando para a presença de um indivíduo suspeito - Lee Rodrigues - no aeroporto de Lisboa no dia fatídico. Descobriu mais tarde, em 1995, que esse telegrama não figurava no processo, assim como desapareceram todas as cópias do mesmo. Sobre a oportunidade destas últimas declarações, queixou-se: "Só agora é que tive tempo de acabar o livro (...) As minhas declarações nunca foram aproveitadas pela comunicação social".
Se há pessoa que supostamente sabe o que se passou em Camarate, só poderá ser mesmo Freitas do Amaral. Ele era o líder do partido a que pertencia o ministro da Defesa que andava a investigar o negócio ilegal da venda de armas para o Irão durante a guerra contra o Iraque. Foi primeiro-ministro interino logo depois da queda do avião que causara a morte ao primeiro-ministro e ministro da Defesa.
Até ficaria extremamente entusiasmado com a ideia de que Freitas do Amaral vai publicar um livro sobre Camarate se não se desse o caso de eu já ter escrito que:
Há dois anos, em entrevista à "Focus", José Esteves, assumiu-se como o suposto autor da bomba de Camarate - suposto porque nunca foi julgado...
O mesmo José Esteves foi segurança de Freitas do Amaral durante o Verão quente de 1975...
E fartei-me de escrever sobre as armas para o Irão e de explicar por que razão não haverá julgamento de Camarate...
Daqui a dois anos, em 2010, conto publicar um livro sobre a investigação jornalística que há anos levo a cabo a propósito de Camarate e que irá explicar, de uma vez por todos, o que se passou e quem sabe o quê. Na realidade, cá entre nós, acho que até vou ajudar Feitas do Amaral a perceber algumas coisas...
A verdade sobre Camarate deve ser tão simples, mas tão simples, que um dia, quando a souberes, até vais ficar desiludido...
ResponderEliminarSe o "sô" professor lamenta assim tanto o desaparecimento do telegrama com a informação entregue pela Scotland Yard e se ainda não sabe nada sobre o negócio do tráfico de armas, então por que não pediu ele mais informações sobre o caso quando foi ministro dos Negócios Estrangeiros pela segunda vez com José Sócrates? Mas ele nunca sabe de nada, não é? Não soube de Camarate, não soube dos aviões da CIA... Pobre Freitas, é sempre o último a saber...
ResponderEliminarFRED
ResponderEliminarEntão a conspiração com o Haider?
Afinal o ranhoso do nazi era maricas.
Contaram-me que era grande apreciador da cozinha(não cuzinho)Austríaca, um dos pratos preferidos era abafar a costeleta fumada com chucrute aos empurrões.
Vê se metes juízo nessa cabeça, porque polémicas e brincadeiras com coisas sérias não fica bem, e perdes a graça toda.
teu amigo
A pergunta que lhe faço é a seguinte: já recebeu ameaças de morte?
ResponderEliminarSe ainda não recebeu ameaças com intenção de pôr em causa a sua permanência no planeta Terra... lamento informá-lo mas ainda anda muito longe da verdade.
Se anda a investigar este caso deve saber que quem chegou demasiado perto não viveu para o contar a mais ninguém.
Boa sorte, espero que alguém alcance a verdade e a consiga trazer a público.
Venha de lá esse livro!
ResponderEliminarPara o anónimo das 7.39
ResponderEliminarE você já recebeu?
Sabe como são feitas ou está a enviar uma ao Fred!
Eu Já recebi, já me tentaram matar e estou aqui e não sou anónima.
Quanto ao Haider era o único que ia no carro e como morreu agora podem dizer tudo, comigo é diferente estou viva!
Tal como na Diana mas alguém com 2 dedos de testa acredita que um homem com tanto a
álcool e barbitúricos conseguia levantar o rabo da cadeira, quanto mais guiar um carro!...
Cara Karocha, tem toda a razão. O comentário do Anónimo é algo estranho, e não deixa de ter um tom quase intimidatório.
ResponderEliminarQuanto ao caso Diana e o de Jörg Haider, há bastantes semelhanças, principalmente nas tentativas de destruição de imagem. Em ambos os casos, acusaram os condutores (no caso de Haider ele próprio) de irem em «excesso de velocidade» (no caso de Haider é ridículo, dado o carro e a estrada), de irem embriagados e de serem homosexuais. By the book. E tem assinatura...
Esta gente não tem mesmo imaginação.
Quanto ao Frederico, acho que ele faz um óptimo trabalho de investigação, e este tipo de ameaças veladas (se é que o são) não o devem incomodar muito. A mim não me incomodam, e tal como a Karocha já me tentaram mandar para junto dos meus antepassados por duas vezes, mas ainda aqui estou. Que maçada (para «eles»)!
Cumprimentos.
Basta analisar o percurso de alguns dos protagonistas que, após o “acidente” aéreo, viram a sua carreira política ascender à estratosfera. Uns saltaram para altos cargos de governação, outros fixaram a sua posição num certo “steering group”... you know what I'm talking about.
ResponderEliminarDigo isto e não sou “anónimo”… nem otário.
Parabéns Frederico pelo seus textos e permanentes investigações.
ResponderEliminarQuanto ao assunto em epígrafe, investigue o mais que puder, porém nos seus anteriores livros já vem muita coisa explicada para quem quiser entender.
O Ricardo Zenner tem toda a razão no que escreveu, como sempre.
Agora 'descobriram' que Haider era homoxessual! E que era um alcoólico inveterado! Só faltavam mais estas alarvidades para o denegrirem e simultâneamente 'justificarem' o crime. O que é que irão inventar a seguir? Estas campanhas difamatórias metem nojo. Claro, fazem-no agora que ele está morto e não se pode defender, enfrentando-os. Como sempre uns cobardes da pior espécie. Ademais sabe-se perfeitamente quem está por detrás destas difamações. A rede é vastíssima e os seus tentáculos chegam a todas as partes do mundo (e a todas as pessoas) onde quer que seja necessário que elas actuem. Com os governantes (vendidos) d'alguns países e a imprensa destes (igualmente vendida) a colaborarem em pleno, afinando pelo mesmo diapasão. E proclamando, em uníssono, que são eles os detentores da 'verdade' e da 'razão'.
Ao Motim, com quem concordo em absoluto (toda a gente sabe o que aconteceu, até um simples polícia de giro aqui na rua, dois dias, dois, depois do "acidente" nos disse em conversa ocasional, que aquele havia sido um atentado em toda a linha... e que Portugal inteiro o sabia) dou-lhe os parabéns pelo seu Blog que não conhecia. Deixei-lhe lá um comentário.
Maria
Estou-me a passar.
ResponderEliminarJá me estou mesmo a passar.
Voçês querem mesmo saber a diferença entre Diana e Haider?
Querem?
Eu quero ibis EXPLIQUE LÁ!...
ResponderEliminarE já agora ibis já que está tão incomodada explique lá à filha da Rainha de Inglaterra e a todos do blog do Fred quem é o tio do Dodi, al faied tá claro...
ResponderEliminarExplique tudo para eu entender!
É da secreta?
É do amigos do 1º que andam nos blogs?
OH! PRA MIM A VER SE ME PREOCUPO!!!
Explique lá tudinho...
Tenham lá calma! (sou "O Anónimo" como me apelidaram)
ResponderEliminarNão vim aqui ameaçar ninguém, na verdade o motivo da minha pergunta até foi a curiosidade.
Também eu quero saber a verdade, mas toda a gente que já leu alguma coisa sobre o assunto sabe que as pessoas que disseram ter algo para dizer sobre o assunto apareceram mortas antes de conseguir dizê-lo.
Augusto Cid e Inês Serra Lopes (entre outros) escreveram sobre Camarate e receberam ameaças.
Como é que ainda pode haver alguém a acreditar que foi acidente?
Lamento que o meu comentário tenha sido mal interpretado.
Desejo boa sorte na conquista pela verdade a todos os que enveredem por essa Cruzada!
(e agora vou assinar em anónimo para fazer juz ao pseudónimo que me atribuiram)