20080416

O fim do Boavista?

"Só acredito numa coisa: na comunicação social. Espero que vocês me ajudem a desmascarar quem fez mal ao Boavista", desabafou hoje o presidente do Boavista, Joaquim Teixeira.
O Boavista é o meu clube.
Podia ter sido outro, mas tenho aquela ligação afectiva dos primeiros anos de vida de quando ia ver os jogos ao Bessa levado pela mão do meu pai. Ainda hoje sinto o cheiro da relva daquele campo, à inglesa, que nos deixava em cima dos jogadores a ponto de ouvir ainda hoje o som do bater da chuteira do Casaca ao passar a bola para o Coelho marcar golo de cabeça...


(Era ali, atrás daquela rede, que eu via o jogo. É ali que ainda estou quando vejo na televisão os jogos do Bessa)

Aquele é o clube das "camisolas esquisitas", dos resistentes da cidade do Porto conhecedores das manhas que o clube com o nome da cidade usa para ter lugar captivo à frente dos campeonatos, enquanto o clube do bairro lutava na Europa de igual para igual, mas sempre com a secreta esperança de um dia poder vir a ser Campeão Nacional - como o foi. E eu estava nesse dia em Paris e festejei o título nos Campos Elíseos...
Foi um dos clubes do Vítor Baptista - o meu primeiro livro seria sobre ele, embora nunca o tenha visto a jogar, mas cuja história ouvira pela primeira vez, no caminho de pedras, rumo ao Estádio do Bessa, quando o nó de Francos era ainda um descampado. Foi o clube onde estive quase para jogar quando fui fazer testes para os juniores no campo da Pasteleira no mesmo dia em que os jornais faziam as contas a quanto dinheiro o Futre iria ganhar no Atlético de Madrid mesmo a dormir. Era já o início dos sonhos milionários dos jogadores de futebol. Mas, a minha mãe disse-me que, como o guarda-redes do Boavista, o Matos, era médico, por isso, eu tinha de continuar a estudar. Nunca mais perdoei o Matos, mas pedi-lhe um autógrafo quando o encontrei na loja da Constituição onde ele fora levantar os panfletos publicitários da Puma.
E ainda havia os saltos mortais que o Folha dava cada vez que marcava um golo...



Foi o clube daquele golo extraordinário marcado do meio do campo pelo Marlon Brandão - que nome também mais extrordinário! - contra os italianos do Inter de Milão. É o clube do João Vieira Pinto, Alfedo, William, Isaías, Nuno Gomes, Timofte, Sanchéz, Frederico (não eu, mas o Rosa), Petit, Jimmy, Alves (o luvas pretas), Bosingwa, Litos, Mamadú Bobó Djaló (outro nome extraordinário!), Pedro Barney, Frechaut, Pedro Emanuel, Ricardo, Ricky, Latapy e outros e outros...
Se o Boavista acabar, eu sei que os culpados não foram os jogadores...

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4 Comentários:

Blogger Bruaca disse...

Ó Frederico: Estás a ficar velho pá!

Mas que coisa tão nostálgica...

16 abril, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Futre is Magic.....!

17 abril, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

"Aquele é o clube das 'camisolas esquisitas', dos resistentes da cidade do Porto conhecedores das manhas que o clube com o nome da cidade usa para ter lugar captivo à frente dos campeonatos, enquanto o clube do bairro lutava na Europa de igual para igual, mas sempre com a secreta esperança de um dia poder vir a ser Campeão Nacional - como o foi..."

Para mim tanto faz, mas parece-me que existiram manhas para os vossos lados tambem.

17 abril, 2008  
Anonymous Anónimo disse...

Não é o fim mas o principio do FIM,
Vê o que aconteceu ao S.C.Salgueiros quando se deixou enrredar por discursos de falsos salgueiristas.Tivemos na Cidade 3 clubes.aristrocatas (BFC) azeiteiros (FCP) e proletários (SCS) os proletários foram (clube e presidente)condenados com penas de prisão, a seguir, é que é já a seguir vão ser os aristocratas (BFC) e ficam (por enquanto)só os azeiteiros.

18 abril, 2008  

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