"Carrasco"
Escrevi aqui uma opinião, aliás, um lamento, e fui apelidado de "carrasco". Tudo bem, sem ressentimentos, porque percebo a defesa.
É óbvio que, ao criar um "link" para o Glória Fácil no meu mais recente texto sobre teorias da conspiração, o autor do "post" original iria sentir-se incomodado com a situação. Fiz aquele "link" porque queria que as pessoas soubessem onde fui buscar a frase "fascínio", e vissem que não tinha sido "inventada" por mim apenas como um pretexto para comentar as reacções dos jornalistas perante as teorias da conspiração.
Respondeu depois o autor (a quem eu tinha enviado uma cópia do texto por e-mail, para que tivesse conhecimento do facto daquelas suas palavras terem suscitado uma segunda opinião, visto que é disso que se trata nos blogues, não é?):
"Isto aqui está giro. Confesso candidamente o meu fascínio por teorias da conspiração e sou imediatamente encostado a uma parede, vendado, algemado e impiedosamente fuzilado com uma rajada de juízos morais, por este carrasco aqui (cuja verdadeira identidade é desconhecida, procedimento aliás habitual nos carrascos, que assim evitam constrangimentos na sua vida social). Eis a rajada, tiro a tiro", seguindo-se depois o meu texto.
Peço desculpa ao autor por se ter sentido perante um pelotão de fuzilamento. Contudo, agradeço a reacção porque assim até posso agora pegar no seu exemplo e continuar com a explicação das teorias da conspiração a todos os outros que venham a juntar-se à discussão.
Estão a ver a reacção do jornalista? É assim que muitas pessoas (jornalistas, historiadores ou políticos) reagem quando alguém ousa discutir uma teoria da conspiração: sentem-se logo ameaçados!
Mas, caramba! (como diria um conhecido político), eu não quero mal a ninguém. Depois de ter reproduzido o meu texto (onde falo sobre o 11 de Setembro, e como a Imprensa imediatamente "engoliu" que o autor do atentado fora Bin Laden e não investigou, por exemplo, a pista de que poderiam ter sido norte-americanos a executar o golpe), o jornalista escreveu: "Resposta do morto (eu): olhe meu caro (ou minha cara, sabe-se lá), quanto a esta sua teoria, para mim, francamente, tanto faz".
É claro que este "tanto faz" é uma saudável ironia em relação ao titulo do meu blogue. Só que agora pergunto a todos aqueles que acharam o meu título despropositado, ou inclusive julgam que sou pessimista, se este exemplo, vindo de um jornalista, é ou não um sinal de que há coisas que dificilmente vão conseguir ser discutidas com elevação e honestidade intelectual durante o nosso tempo de vida?
Notaram que não insultei ninguém, pois não? A palavra que mais usei no meu texto inicial foi "triste". Viram isso?
E agora reparem com o que fui confundido, senão mesmo apelidado e identificado: um carrasco. Não é de se ficar mesmo triste?.
Só que eu perdoo, porque sei que ele não sabe o que eu sei.
No entanto, até pensei que ele pudesse querer saber. Reparem que lhe abri a porta... Pensei (que ingénuo) que me fosse pedir mais explicações e assim tentar descobrir quem eu era. Pensei que ele fosse fazer o papel de jornalista de investigação (que artigo lá para o "Público" não poderia fazer?!).
Pensei que para ele isto até fizesse alguma diferença. Não disse ele que tinha "fascínio"? Como poderia eu pensar que, afinal, pertence ao grupo dos que "tanto faz"?
Pensei. Sonhei. Mas já deveria saber...
Digo, por fim, que continuarei a ler os seus textos e a agradecer sempre que quiserem usar-me nas vossas discussões. Mesmo no papel do verdugo, se isso ajudar a cativar mais pessoas para a causa. Não me importo.
P.S. O meu nome? Acaso tratar-me-iam de modo diferente se soubessem quem eu sou?
É óbvio que, ao criar um "link" para o Glória Fácil no meu mais recente texto sobre teorias da conspiração, o autor do "post" original iria sentir-se incomodado com a situação. Fiz aquele "link" porque queria que as pessoas soubessem onde fui buscar a frase "fascínio", e vissem que não tinha sido "inventada" por mim apenas como um pretexto para comentar as reacções dos jornalistas perante as teorias da conspiração.
Respondeu depois o autor (a quem eu tinha enviado uma cópia do texto por e-mail, para que tivesse conhecimento do facto daquelas suas palavras terem suscitado uma segunda opinião, visto que é disso que se trata nos blogues, não é?):
"Isto aqui está giro. Confesso candidamente o meu fascínio por teorias da conspiração e sou imediatamente encostado a uma parede, vendado, algemado e impiedosamente fuzilado com uma rajada de juízos morais, por este carrasco aqui (cuja verdadeira identidade é desconhecida, procedimento aliás habitual nos carrascos, que assim evitam constrangimentos na sua vida social). Eis a rajada, tiro a tiro", seguindo-se depois o meu texto.
Peço desculpa ao autor por se ter sentido perante um pelotão de fuzilamento. Contudo, agradeço a reacção porque assim até posso agora pegar no seu exemplo e continuar com a explicação das teorias da conspiração a todos os outros que venham a juntar-se à discussão.
Estão a ver a reacção do jornalista? É assim que muitas pessoas (jornalistas, historiadores ou políticos) reagem quando alguém ousa discutir uma teoria da conspiração: sentem-se logo ameaçados!
Mas, caramba! (como diria um conhecido político), eu não quero mal a ninguém. Depois de ter reproduzido o meu texto (onde falo sobre o 11 de Setembro, e como a Imprensa imediatamente "engoliu" que o autor do atentado fora Bin Laden e não investigou, por exemplo, a pista de que poderiam ter sido norte-americanos a executar o golpe), o jornalista escreveu: "Resposta do morto (eu): olhe meu caro (ou minha cara, sabe-se lá), quanto a esta sua teoria, para mim, francamente, tanto faz".
É claro que este "tanto faz" é uma saudável ironia em relação ao titulo do meu blogue. Só que agora pergunto a todos aqueles que acharam o meu título despropositado, ou inclusive julgam que sou pessimista, se este exemplo, vindo de um jornalista, é ou não um sinal de que há coisas que dificilmente vão conseguir ser discutidas com elevação e honestidade intelectual durante o nosso tempo de vida?
Notaram que não insultei ninguém, pois não? A palavra que mais usei no meu texto inicial foi "triste". Viram isso?
E agora reparem com o que fui confundido, senão mesmo apelidado e identificado: um carrasco. Não é de se ficar mesmo triste?.
Só que eu perdoo, porque sei que ele não sabe o que eu sei.
No entanto, até pensei que ele pudesse querer saber. Reparem que lhe abri a porta... Pensei (que ingénuo) que me fosse pedir mais explicações e assim tentar descobrir quem eu era. Pensei que ele fosse fazer o papel de jornalista de investigação (que artigo lá para o "Público" não poderia fazer?!).
Pensei que para ele isto até fizesse alguma diferença. Não disse ele que tinha "fascínio"? Como poderia eu pensar que, afinal, pertence ao grupo dos que "tanto faz"?
Pensei. Sonhei. Mas já deveria saber...
Digo, por fim, que continuarei a ler os seus textos e a agradecer sempre que quiserem usar-me nas vossas discussões. Mesmo no papel do verdugo, se isso ajudar a cativar mais pessoas para a causa. Não me importo.
P.S. O meu nome? Acaso tratar-me-iam de modo diferente se soubessem quem eu sou?
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