Páginas

20110603

Critérios jornalísticos

Andam por aí uns jornalistas e outras ilustres figuras da praça muito incomodadas com a sentença do Tribunal de Oeiras a ordenar debates frente-a-frente entre todos os líderes dos 14 partidos que no próximo dia 5 vão a eleições. Queixam-se os profissionais da Comunicação Social que, com esta decisão, torna-se impraticável passar a mensagem dos principais partidos e não permite cumprir os chamados "critérios jornalísticos". Como jornalista, compreendo a posição dos meus camaradas de profissão. Como político que também sou, defendo obviamente que todos os partidos, independentemente o número de votos que costumam ter, devem ter direito ao mesmo tipo de tratamento informativo, sobretudo durante as campanhas eleitorais. Não pode haver, em política, vencedores antecipados nem podem os jornalistas decidir quem merece ou não ser ouvido com mais ou menos destaque. Não há pequenos nem grandes partidos antes de eleições. Não se pode chamar "critério jornalístico" a algo muito mais importante que se chama "Democracia". Sei que isto não agrada a todos, mas o difícil de cumprir não pode ser o impossível de fazer. Só assim é que podem depois apregoar o "nós informamos, você decide"...



4 comentários:

  1. Não concordo com a falta de cobertura generalizada em relação aos "pequenos partidos".
    Mas também não concordo que tenha que haver frente-a-frente entre todos os partidos. Tal como diz um dos jornalistas indignados, torna-se impraticável a transmissão televisiva.
    Mas nos tempos que correm seria tão fácil criar as condições para que isso pudesse ser uma realidade, criando um canal de cabo específico para transmitir esses debates, criando um site onde se poderiam ver os debates em vídeo, fazer download do audio (podcast) ou dos textos com as transcrições dos debates. Seria uma solução, houvesse vontade de a colocar em prática.

    ResponderEliminar
  2. Pois é Cruxe e entretanto as "massas" que é quem interessa, ficavam outra vez a ver navios...

    ResponderEliminar
  3. Uma ditadura, somos um povo geneticamente anti-democrata... e isso acaba por se notar.

    ResponderEliminar
  4. Se fosse a televisão estatal, era uma coisa... Pois a televisão estatal supostamente é de todos e supostamente existe para providenciar um serviço público de informação.
    Agora, canais privados... Não estou a ver com que direito é que alguém se intromete no seu conteúdo.
    Deixem a TVI emitir o que quiser e o que lhe apetecer. E deixem quem não prima pela inteligência e perde tempo a ver este canal acreditar no que quiser.
    Não gostam? Formem os vossos próprios media.

    ResponderEliminar