Carta aberta a Lumena Raposo, jornalista do "DN", que assinou o artigo "MINISTRO EM FUGA ACUSA KADHAFI DE AUTORIA DO ATENTADO DE LOCKERBIE"
Cara Lumena Raposo,
Não sei em circunstâncias escreveste este artigo "MINISTRO EM FUGA ACUSA KADHAFI DE AUTORIA DO ATENTADO DE LOCKERBIE"...
Sei, no entanto, que os jornais diários têm prazos apertados de fecho e não há muito tempo para analisar e questionar as histórias que nos chegam através das agências noticiosas. Na realidade, nada foi acrescentado a uma informação que, eu próprio, coloquei ontem no meu "Twitter" por volta das 20 horas com o comentário: "Será?". Hoje, ao ler o teu artigo, fiquei a saber o mesmo que já sabia ontem. Para mim, os jornais já não servem para dar novidades (há agora a TV, rádio e Internet), mas sim para "explicar" ou "contextualizar". Ou seja, cara Lumena, o que eu acho que deveria ter sido dito ao leitores do "DN" que compraram o jornal impresso - ou aqueles que pagam a assinatura para o lerem no Ipad - teria sido o seguinte:
A questão da autoria do atentado de Lockerbie ainda hoje continua a suscitar dúvidas. Os familiares das vítimas destacam o facto de que a bomba teria utilizado uma rota de tráfico de droga oriunda do Líbano - e não da Líbia -, havendo ainda indícios de que resultou de uma "encomenda" das autoridades iranianas - em retaliação ao derrube de um avião comercial iraniano com peregrinos para Meca por um míssil disparado desde um navio de guerra norte-americano. Defendem ainda que, mais tarde, durante a Guerra do Golfo, Bush-pai negociou com países árabes o apoio à intervenção contra o Iraque e, em consequência, as culpas foram atribuídas aos líbios. Kadhafi, que sempre se disse inocente, aceitou pagar às famílias e foi assim que passou a receber líderes europeus na sua tenda no deserto. Um ministro em fuga - aí sim, estiveste bem ao frisar esse facto no título -, não será, neste momento de instabilidade na Líbia, a fonte mais segura. Aguarda-se, portanto, a apresentação das provas para ver até que ponto estas terão dados substanciais. Até lá, este género de notícias apenas indiciam uma tentativa de formar a opinião pública menos atenta e mais desinformada para justificar uma possível intervenção dos EUA na Líbia.
E pronto.
Abraço
Frederico
Não sei em circunstâncias escreveste este artigo "MINISTRO EM FUGA ACUSA KADHAFI DE AUTORIA DO ATENTADO DE LOCKERBIE"...
Sei, no entanto, que os jornais diários têm prazos apertados de fecho e não há muito tempo para analisar e questionar as histórias que nos chegam através das agências noticiosas. Na realidade, nada foi acrescentado a uma informação que, eu próprio, coloquei ontem no meu "Twitter" por volta das 20 horas com o comentário: "Será?". Hoje, ao ler o teu artigo, fiquei a saber o mesmo que já sabia ontem. Para mim, os jornais já não servem para dar novidades (há agora a TV, rádio e Internet), mas sim para "explicar" ou "contextualizar". Ou seja, cara Lumena, o que eu acho que deveria ter sido dito ao leitores do "DN" que compraram o jornal impresso - ou aqueles que pagam a assinatura para o lerem no Ipad - teria sido o seguinte:
A questão da autoria do atentado de Lockerbie ainda hoje continua a suscitar dúvidas. Os familiares das vítimas destacam o facto de que a bomba teria utilizado uma rota de tráfico de droga oriunda do Líbano - e não da Líbia -, havendo ainda indícios de que resultou de uma "encomenda" das autoridades iranianas - em retaliação ao derrube de um avião comercial iraniano com peregrinos para Meca por um míssil disparado desde um navio de guerra norte-americano. Defendem ainda que, mais tarde, durante a Guerra do Golfo, Bush-pai negociou com países árabes o apoio à intervenção contra o Iraque e, em consequência, as culpas foram atribuídas aos líbios. Kadhafi, que sempre se disse inocente, aceitou pagar às famílias e foi assim que passou a receber líderes europeus na sua tenda no deserto. Um ministro em fuga - aí sim, estiveste bem ao frisar esse facto no título -, não será, neste momento de instabilidade na Líbia, a fonte mais segura. Aguarda-se, portanto, a apresentação das provas para ver até que ponto estas terão dados substanciais. Até lá, este género de notícias apenas indiciam uma tentativa de formar a opinião pública menos atenta e mais desinformada para justificar uma possível intervenção dos EUA na Líbia.
E pronto.
Abraço
Frederico
Etiquetas: "DN", al-Megrahi, Kadhafi, Lockerbie
6 Comentários:
Quem quiser melhor perceber o porquê desta colocação, e não saiba ainda do facto, leia esta notícia sobre o pretexto utilizado pelos EUA para a anterior intervenção na Líbia.
Quem quiser saber a verdade sobre Lockerbie, leia o comentário deixado à colocação anterior sobre o mesmo tema.
"DN" rima com "CNN"...
E a quem tiver escapado, isto é o que se sabe que se passa na redacção do "DN".
(E a propósito de "CNN"...)
http://edition.cnn.com/2011/WORLD/africa/02/24/libya.military.intervention/index.html
Talvez alguém no "Diário de Notícias" queira pegar nesta peça para usar algumas das declarações...
E o caso da Karocha, o meu caro Fred não faz nada ? Isto claro depois da merda que fez com uma alegada gravida ?
Muito bem prega o Fred. Mas falar sobre o caso da outra que pensa que é filha da rainha é que está quieto !
Você não tem vergonha do que fez ?
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