Cavaco I - Rei de Portugal e dos Algarves
Mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Palácio de Belém, 1 de Janeiro de 2009
Comentários a negro da minha responsabilidade:
"Boa Noite,
No início deste novo ano, dirijo a todos os Portugueses, onde quer que estejam, uma saudação calorosa e os melhores votos para 2009.
Obrigado, igualmente.
Quero começar por dirigir uma palavra especial de solidariedade a todos os que se encontram em situações particularmente difíceis, porque sofreram uma redução inesperada dos seus rendimentos.
Portanto, aos desempregados, que são cada vez mais. E ao resto da malta remediada, que são aqueles que não pertencem às 150 famílias que mandam em Portugal.
A estes homens e a estas mulheres, que sofrem em silêncio (a Maioria Silenciosa?), e que até há pouco tempo nem sequer imaginavam poder vir a encontrar-se na situação que agora atravessam (votaram Sócrates e agora estão surpreendidos...), quero dizer-lhes, muito simplesmente: não se deixem abater pelo desânimo.
O mesmo digo aos jovens que, tendo terminado os seus estudos, vivem a angústia de não conseguirem um primeiro emprego: acreditem nas vossas capacidades, não percam a vontade de vencer.
Porque, na realidade, não vale a pena. Aliás, na vida só há duas certezas: os imposto e a morte. E a segunda não é uma opção para resolver a primeira...
Quero também lembrar dois outros grupos da nossa sociedade que são frequentemente esquecidos e que vivem tempos difíceis.
Os governantes e os seus patrões milionários?
Os pequenos comerciantes, que travam uma luta diária pela sobrevivência. O pequeno comércio deve merecer uma atenção especial porque constitui a única base de rendimento de muitas famílias.
Ah! Bem lembrado, de facto...
Os agricultores, aqueles que trabalham a terra, que enfrentam a subida do preço dos adubos, das rações e de outros factores de produção.
Mas ainda há agricultores em Portugal? Pensei que um primeiro-ministro chamado Cavaco Silva se esforçara por acabar com todos eles...
Sentem-se penalizados face aos outros agricultores europeus por não beneficiarem da totalidade dos apoios disponibilizados pela União Europeia.
Mas, para evitar isso é que temos nós 24 eurodeputados... Afinal, o que andaram eles a fazer?
O mundo rural faz parte das raízes da nossa identidade colectiva. A sua preservação é fundamental para travar o despovoamento do interior e para garantir a coesão territorial do País.
Olha! Esta é mesmo surpreendente!... Enfim, como diz o ditado: Mais vale tarde do que nunca.
Portugueses,
Sim, continua lá, ò português...
Não devo esconder que 2009 vai ser um ano muito difícil.
Nem sei se o irias conseguir...
Receio o agravamento do desemprego e o aumento do risco de pobreza e exclusão social.
Anda lá, diz-me qualquer coisa que eu não saiba...
Devo falar verdade.
Ui! Para dizer isto, a coisa deve ser mesmo grave...
A verdade é essencial para a existência de um clima de confiança entre os cidadãos e os governantes.
Sim, isso é verdade, mas como não estamos nada habituados...
É sabendo a verdade, e não com ilusões, que os portugueses podem ser mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca.
Ele deve ter caído de uma cadeira e bateu com a cabeça em algum lado. Só pode...
A crise financeira internacional apanhou a economia portuguesa com algumas vulnerabilidades sérias.
Sim, sabemos isso e não é necessário ter sido primeiro-ministro durante 12 anos ou professor da matéria para perceber.
A crise chegou quando Portugal regista oito anos consecutivos de afastamento em relação ao desenvolvimento médio dos seus parceiros europeus.
Ò diacho! Então, agora ainda vamos ter de fazer mais contas? Eu bem que devia ter tido mais cuidado com a matemática em vez de fugir para as letras... Ora vamos lá fazer as contas. Se estamos a 1 de Janeiro de 2009... Ah! Esta até que é fácil! Nove menos oito dá... dá 1. E 2009, menos oito dá, deixa lá ver, dá 1 de Janeiro de 2001. A 1 de Janeiro de 2001 era Jorge Sampaio o Presidente da República. O primeiro-ministro era Guterres e o país acabara de aprovar o Orçamento do Queijo Limiano. Meses antes, o próprio Cavaco avisara sobre o “monstro - e que depois o ex-ministro Cadilhe acusou Cavaco de ser o "pai" do dito. Em Janeiro de 2001, George W. Bush estava a 19 dias de ser empossado como Presidente dos EUA. Depois, lembro-me que houve a tragédia de Entre-os-Rios e o ministro Jorge Coelho até se demitiu para que a culpa “não morresse solteira”. Ele hoje está casado com uma empresa de construção civil. Aconteceu o 11 de Setembro e, em Dezembro, Guterres aproveitou os maus resultados do PS nas autárquicas para se demitir por causa do “pântano” que se adivinhava. Sampaio convocou eleições antecipadas e seguiu-se a coligação PSD/PP, que só durou 3 anos, pois o primeiro-ministro Barroso foi liderar o crescimento dos outros países da Europa e deixou-nos aqui com o Sampaio preparadinho para demitir o governo antes do fim da legislatura, mesmo a tempo de abrir caminho a um ministro socialista do tempo de Guterres. E esse vai agora cumprir 4 anos de mandato no próximo mês (mas, as eleições só estão previstas para Outubro - devem ser os tais seis meses de ditadura que Manuela Ferreira Leite aludia há uns tempos).
Há uma verdade que deve ser dita: Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz.
E quando é que nunca gastou? No tempo da Monarquia?
Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos.
Para quem ainda tivesse dúvidas, a crise financeira encarregou-se de desfazê-las.
Como é sabido, quando a possibilidade de endividamento de um País se esgota, só resta a venda dos bens e das empresas nacionais aos estrangeiros.
Mas, então isso significa que ainda há riquezas para vender?!
Os portugueses devem também estar conscientes de que dependemos muito das relações económicas com o exterior.
Não são apenas as exportações e as importações de bens.
São as remessas dos nossos emigrantes, o turismo, os apoios da União Europeia, o investimento estrangeiro, os empréstimos externos que Portugal tem de contrair anualmente.
Aqui não entendo a preocupação: Afinal, Portugal esforça-se em exportar cada vez mais portugueses para outros países, de modo a que depois mandem as tais remessas para os familiares que não puderam ir - a exemplo de uma grande economia planeada que é Cuba. Estamos no bom caminho, então...
Para tudo isto, é importante a credibilidade que merece a nossa política interna, as perspectivas futuras do País, a confiança que o exterior tem em nós.
Luís Amado, ‘tás a ouvir, pá? Aquilo dos vôos da CIA ainda te vai sair caro...
Devemos, por isso, ser exigentes e rigorosos connosco próprios, cuidar da imagem do País que projectamos no mundo.
Monarquia, já!
Caso contrário, tudo será mais difícil.
Não escondo a verdade da situação difícil em que o País se encontra.
Nem podias, nem podias...
Mas também não escondo a minha firme e profunda convicção de que há um caminho para Portugal sair da quase estagnação económica em que tem estado mergulhado.
Sim, ò sim, apontai-nos esse caminho ò Iluminado Salvador! Vós que tanto haveis pelejado aqui e no resto do mundo pelo bem deste vosso povo, vós que vos fizeste eleger para esse cargo pleno de poderes de intervenção, vós que tanto sabeis do mundo dos números, dizei-nos ò Senhor-Todo-Poderoso, qual o caminho. Seguir-vos-emos!
O caminho é estreito, mas existe. E está ao nosso alcance.
Sim... Como num acidente na auto-estrada, quando todos param para ver e aquilo estreita e faz-se uma fila que nunca mais acaba... Eu, uma vez, estive parado numa fila que demorou horas e, no fim, era uma treta de acidente, mas como toda a gente parava para ver...
Para ele tenho insistentemente chamado a atenção.
Era mesmo uma treta de acidente, estou-vos a dizer...
O reforço da capacidade competitiva das nossas empresas a nível internacional e o investimento nos sectores vocacionados para a exportação têm de ser uma prioridade estratégica da política nacional.
Apenas chapa... Eu até disse à pessoa que ia comigo: “Hé pá! Só chapa!...”
Sem isso, é pura ilusão imaginar que haverá verdadeiro progresso económico e social, criação duradoura de emprego e melhoria do poder de compra dos salários.
Sem isso, não conseguiremos pôr fim ao crescimento explosivo da dívida externa.
Enfim, era tão bom que o povo português aprendesse com os seus erros...
As ilusões pagam-se caras.
Isto, se ainda houver dinheiro para as pagar... :))))
Por outro lado, temos de reduzir a ineficiência e a dependência do exterior em matéria de energia.
Assim como temos de alterar a estrutura da produção nacional, no sentido de mais qualidade, inovação e conteúdo tecnológico.
Depois da agricultura, agora são as energias alternativas... Este tipo, se não é de esquerda, devia ter-se filiado no PPM!
Os dinheiros públicos têm de ser utilizados com rigor e eficiência.
Há que prestar uma atenção acrescida à relação custo-benefício dos serviços e investimentos públicos.
Para que o nosso futuro seja melhor, para que os nossos filhos e netos não recebam uma herança demasiado pesada, exige-se a todos trabalho e determinação, sentido de responsabilidade, ponderação nas decisões e prudência nas escolhas.
Desculpem, mas discordo com tudo isto... Estava a brincar!!!! Achei apenas piada que ele dissesse isto... Mas, mais uma vez, aquela do ditado: Mais vale tarde do que nunca...
Há que enfrentar as dificuldades do presente com visão de futuro, olhando para além do ano de 2009.
Portugueses,
Sim, continua lá, ò português...
Conheço os desafios que Portugal enfrenta e quero contribuir para a construção de um futuro melhor.
E vai ser como Presidente da República que o vais fazer?
Tenho percorrido o País e contactado directamente com as pessoas.
Eu às vezes ando de autocarro. Tu também? Não te tenho visto...
Tenho procurado mobilizar os portugueses, apelando à união de esforços, incutindo confiança e vontade de vencer, apontando caminhos e oportunidades que sempre existem em tempo de crise.
Tenho insistido na atenção especial que deve ser prestada aos cidadãos mais atingidos pelo abrandamento da actividade económica.
Tenho apelado ao espírito de entreajuda em relação aos mais desfavorecidos.
Mas, ò senhor Presidente, faça-se Rei! Faça o que Sidónio Pais não conseguiu! Já o estou a ver: Cavaco I, Rei de Portugal e dos Algarves! E com uma família tão linda... O Senhor D. Bruno dava um rico Príncipe...
Aos Portugueses, pede-se muito neste ano que agora começa.
O quê? Só agora? Ora, vamos lá ver. A República, com apenas quatro anos de existência pediu aos Portugueses para que fossem combater em nome de Portugal na I Guerra Mundial. E eles foram. O meu bisavô, por exemplo, ficou por lá e deixou a minha avó órfã com apenas quatro anos de idade. Depois, foram buscar um ditador a Coimbra para garantir a governabilidade do país e a ordem das finanças. E ele fez isso, durante quase meio século. Depois, disseram-nos que ia haver democracia, mas está difícil encontrar isso na nossa sociedade que mais parece uma Ditadura Disfarçada de Democracia - os novos três “D” de Abril.
Mas, na situação em que o País se encontra, especiais responsabilidades impendem sobre as forças políticas.
Os portugueses gostariam de perceber que a agenda da classe política está, de facto, centrada no combate à crise.
As dificuldades que o País enfrenta exigem que os agentes políticos deixem de lado as querelas que em nada contribuem para melhorar a vida dos que perderam o emprego, dos que não conseguem suportar os encargos da prestação das suas casas ou da educação dos seus filhos, daqueles que são obrigados a pedir ajuda para as necessidades básicas da família.
Não é com conflitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas.
Dah! Então se são “conflitos desnecessários”, logo são desnecessários, não? Mas, já agora, desde quando um conflito é desnecessário? Há aqui uma contradição, pois discutir é necessário para que surja a luz. Quando um conflito é educado e dentro das regras próprias (vulgo Democracia) torna-se efectivamente produtivo. E sempre necessário. Só o consenso forçado é que, para além de desnecessário ao conflito produtivo, é ainda perigoso e conducente à ditadura de uma minoria...
Nesta fase da vida do País, devemos evitar divisões inúteis.
Vamos precisar muito uns dos outros.
Para pagar a Segurança Social...
Portugueses,
Já passámos por outras situações bem difíceis. Não nos resignámos e fomos capazes de vencer.
Já. É verdade. O rei D. João VI fez corte no Brasil quando fomos invadidos pelos franceses. Foi o maior exemplo para o mundo, pois foi a única vez que uma Monarquia Europeia se estabeleceu em território nacional nas Américas. Depois, D. Pedro IV lutou na única Guerra Civil que tivemos e estabeleceu uma Monarquia Constitucional contra os Absolutistas. Sim, acho que Portugal ainda pode dar exemplos ao mundo.
O mesmo vai acontecer agora. Tenho esperança e digo-o com sinceridade.
Eu também, senhor Presidente, eu também...
Cada um deve confiar nas suas competências, nas suas aptidões e capacidades.
Este é o tempo de resistir às dificuldades, aos obstáculos, às ameaças com que cada um pode ser confrontado.
Não tenham medo.
Eu, ao contrário daquele presidente norte-americano que dizia que só devemos ter medo do próprio medo, tenho muitas vezes medo de não ter medo...
O futuro é mais do que o ano que temos pela frente.
O futuro será 2009, mas também os anos que a seguir vierem.
Em 2010 a República faz 100 anos...
Acredito num futuro melhor e mais justo para Portugal, porque acredito na vontade e no querer do nosso povo.
Então, deixem-nos votar livremente na questão do regime!
Para todos, Bom Ano de 2009".
Bom ano, senhor Presidente. Bom ano.
Comentários a negro da minha responsabilidade:
"Boa Noite,
No início deste novo ano, dirijo a todos os Portugueses, onde quer que estejam, uma saudação calorosa e os melhores votos para 2009.
Obrigado, igualmente.
Quero começar por dirigir uma palavra especial de solidariedade a todos os que se encontram em situações particularmente difíceis, porque sofreram uma redução inesperada dos seus rendimentos.
Portanto, aos desempregados, que são cada vez mais. E ao resto da malta remediada, que são aqueles que não pertencem às 150 famílias que mandam em Portugal.
A estes homens e a estas mulheres, que sofrem em silêncio (a Maioria Silenciosa?), e que até há pouco tempo nem sequer imaginavam poder vir a encontrar-se na situação que agora atravessam (votaram Sócrates e agora estão surpreendidos...), quero dizer-lhes, muito simplesmente: não se deixem abater pelo desânimo.
O mesmo digo aos jovens que, tendo terminado os seus estudos, vivem a angústia de não conseguirem um primeiro emprego: acreditem nas vossas capacidades, não percam a vontade de vencer.
Porque, na realidade, não vale a pena. Aliás, na vida só há duas certezas: os imposto e a morte. E a segunda não é uma opção para resolver a primeira...
Quero também lembrar dois outros grupos da nossa sociedade que são frequentemente esquecidos e que vivem tempos difíceis.
Os governantes e os seus patrões milionários?
Os pequenos comerciantes, que travam uma luta diária pela sobrevivência. O pequeno comércio deve merecer uma atenção especial porque constitui a única base de rendimento de muitas famílias.
Ah! Bem lembrado, de facto...
Os agricultores, aqueles que trabalham a terra, que enfrentam a subida do preço dos adubos, das rações e de outros factores de produção.
Mas ainda há agricultores em Portugal? Pensei que um primeiro-ministro chamado Cavaco Silva se esforçara por acabar com todos eles...
Sentem-se penalizados face aos outros agricultores europeus por não beneficiarem da totalidade dos apoios disponibilizados pela União Europeia.
Mas, para evitar isso é que temos nós 24 eurodeputados... Afinal, o que andaram eles a fazer?
O mundo rural faz parte das raízes da nossa identidade colectiva. A sua preservação é fundamental para travar o despovoamento do interior e para garantir a coesão territorial do País.
Olha! Esta é mesmo surpreendente!... Enfim, como diz o ditado: Mais vale tarde do que nunca.
Portugueses,
Sim, continua lá, ò português...
Não devo esconder que 2009 vai ser um ano muito difícil.
Nem sei se o irias conseguir...
Receio o agravamento do desemprego e o aumento do risco de pobreza e exclusão social.
Anda lá, diz-me qualquer coisa que eu não saiba...
Devo falar verdade.
Ui! Para dizer isto, a coisa deve ser mesmo grave...
A verdade é essencial para a existência de um clima de confiança entre os cidadãos e os governantes.
Sim, isso é verdade, mas como não estamos nada habituados...
É sabendo a verdade, e não com ilusões, que os portugueses podem ser mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca.
Ele deve ter caído de uma cadeira e bateu com a cabeça em algum lado. Só pode...
A crise financeira internacional apanhou a economia portuguesa com algumas vulnerabilidades sérias.
Sim, sabemos isso e não é necessário ter sido primeiro-ministro durante 12 anos ou professor da matéria para perceber.
A crise chegou quando Portugal regista oito anos consecutivos de afastamento em relação ao desenvolvimento médio dos seus parceiros europeus.
Ò diacho! Então, agora ainda vamos ter de fazer mais contas? Eu bem que devia ter tido mais cuidado com a matemática em vez de fugir para as letras... Ora vamos lá fazer as contas. Se estamos a 1 de Janeiro de 2009... Ah! Esta até que é fácil! Nove menos oito dá... dá 1. E 2009, menos oito dá, deixa lá ver, dá 1 de Janeiro de 2001. A 1 de Janeiro de 2001 era Jorge Sampaio o Presidente da República. O primeiro-ministro era Guterres e o país acabara de aprovar o Orçamento do Queijo Limiano. Meses antes, o próprio Cavaco avisara sobre o “monstro - e que depois o ex-ministro Cadilhe acusou Cavaco de ser o "pai" do dito. Em Janeiro de 2001, George W. Bush estava a 19 dias de ser empossado como Presidente dos EUA. Depois, lembro-me que houve a tragédia de Entre-os-Rios e o ministro Jorge Coelho até se demitiu para que a culpa “não morresse solteira”. Ele hoje está casado com uma empresa de construção civil. Aconteceu o 11 de Setembro e, em Dezembro, Guterres aproveitou os maus resultados do PS nas autárquicas para se demitir por causa do “pântano” que se adivinhava. Sampaio convocou eleições antecipadas e seguiu-se a coligação PSD/PP, que só durou 3 anos, pois o primeiro-ministro Barroso foi liderar o crescimento dos outros países da Europa e deixou-nos aqui com o Sampaio preparadinho para demitir o governo antes do fim da legislatura, mesmo a tempo de abrir caminho a um ministro socialista do tempo de Guterres. E esse vai agora cumprir 4 anos de mandato no próximo mês (mas, as eleições só estão previstas para Outubro - devem ser os tais seis meses de ditadura que Manuela Ferreira Leite aludia há uns tempos).
Há uma verdade que deve ser dita: Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz.
E quando é que nunca gastou? No tempo da Monarquia?
Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos.
Para quem ainda tivesse dúvidas, a crise financeira encarregou-se de desfazê-las.
Como é sabido, quando a possibilidade de endividamento de um País se esgota, só resta a venda dos bens e das empresas nacionais aos estrangeiros.
Mas, então isso significa que ainda há riquezas para vender?!
Os portugueses devem também estar conscientes de que dependemos muito das relações económicas com o exterior.
Não são apenas as exportações e as importações de bens.
São as remessas dos nossos emigrantes, o turismo, os apoios da União Europeia, o investimento estrangeiro, os empréstimos externos que Portugal tem de contrair anualmente.
Aqui não entendo a preocupação: Afinal, Portugal esforça-se em exportar cada vez mais portugueses para outros países, de modo a que depois mandem as tais remessas para os familiares que não puderam ir - a exemplo de uma grande economia planeada que é Cuba. Estamos no bom caminho, então...
Para tudo isto, é importante a credibilidade que merece a nossa política interna, as perspectivas futuras do País, a confiança que o exterior tem em nós.
Luís Amado, ‘tás a ouvir, pá? Aquilo dos vôos da CIA ainda te vai sair caro...
Devemos, por isso, ser exigentes e rigorosos connosco próprios, cuidar da imagem do País que projectamos no mundo.
Monarquia, já!
Caso contrário, tudo será mais difícil.
Não escondo a verdade da situação difícil em que o País se encontra.
Nem podias, nem podias...
Mas também não escondo a minha firme e profunda convicção de que há um caminho para Portugal sair da quase estagnação económica em que tem estado mergulhado.
Sim, ò sim, apontai-nos esse caminho ò Iluminado Salvador! Vós que tanto haveis pelejado aqui e no resto do mundo pelo bem deste vosso povo, vós que vos fizeste eleger para esse cargo pleno de poderes de intervenção, vós que tanto sabeis do mundo dos números, dizei-nos ò Senhor-Todo-Poderoso, qual o caminho. Seguir-vos-emos!
O caminho é estreito, mas existe. E está ao nosso alcance.
Sim... Como num acidente na auto-estrada, quando todos param para ver e aquilo estreita e faz-se uma fila que nunca mais acaba... Eu, uma vez, estive parado numa fila que demorou horas e, no fim, era uma treta de acidente, mas como toda a gente parava para ver...
Para ele tenho insistentemente chamado a atenção.
Era mesmo uma treta de acidente, estou-vos a dizer...
O reforço da capacidade competitiva das nossas empresas a nível internacional e o investimento nos sectores vocacionados para a exportação têm de ser uma prioridade estratégica da política nacional.
Apenas chapa... Eu até disse à pessoa que ia comigo: “Hé pá! Só chapa!...”
Sem isso, é pura ilusão imaginar que haverá verdadeiro progresso económico e social, criação duradoura de emprego e melhoria do poder de compra dos salários.
Sem isso, não conseguiremos pôr fim ao crescimento explosivo da dívida externa.
Enfim, era tão bom que o povo português aprendesse com os seus erros...
As ilusões pagam-se caras.
Isto, se ainda houver dinheiro para as pagar... :))))
Por outro lado, temos de reduzir a ineficiência e a dependência do exterior em matéria de energia.
Assim como temos de alterar a estrutura da produção nacional, no sentido de mais qualidade, inovação e conteúdo tecnológico.
Depois da agricultura, agora são as energias alternativas... Este tipo, se não é de esquerda, devia ter-se filiado no PPM!
Os dinheiros públicos têm de ser utilizados com rigor e eficiência.
Há que prestar uma atenção acrescida à relação custo-benefício dos serviços e investimentos públicos.
Para que o nosso futuro seja melhor, para que os nossos filhos e netos não recebam uma herança demasiado pesada, exige-se a todos trabalho e determinação, sentido de responsabilidade, ponderação nas decisões e prudência nas escolhas.
Desculpem, mas discordo com tudo isto... Estava a brincar!!!! Achei apenas piada que ele dissesse isto... Mas, mais uma vez, aquela do ditado: Mais vale tarde do que nunca...
Há que enfrentar as dificuldades do presente com visão de futuro, olhando para além do ano de 2009.
Portugueses,
Sim, continua lá, ò português...
Conheço os desafios que Portugal enfrenta e quero contribuir para a construção de um futuro melhor.
E vai ser como Presidente da República que o vais fazer?
Tenho percorrido o País e contactado directamente com as pessoas.
Eu às vezes ando de autocarro. Tu também? Não te tenho visto...
Tenho procurado mobilizar os portugueses, apelando à união de esforços, incutindo confiança e vontade de vencer, apontando caminhos e oportunidades que sempre existem em tempo de crise.
Tenho insistido na atenção especial que deve ser prestada aos cidadãos mais atingidos pelo abrandamento da actividade económica.
Tenho apelado ao espírito de entreajuda em relação aos mais desfavorecidos.
Mas, ò senhor Presidente, faça-se Rei! Faça o que Sidónio Pais não conseguiu! Já o estou a ver: Cavaco I, Rei de Portugal e dos Algarves! E com uma família tão linda... O Senhor D. Bruno dava um rico Príncipe...
Aos Portugueses, pede-se muito neste ano que agora começa.
O quê? Só agora? Ora, vamos lá ver. A República, com apenas quatro anos de existência pediu aos Portugueses para que fossem combater em nome de Portugal na I Guerra Mundial. E eles foram. O meu bisavô, por exemplo, ficou por lá e deixou a minha avó órfã com apenas quatro anos de idade. Depois, foram buscar um ditador a Coimbra para garantir a governabilidade do país e a ordem das finanças. E ele fez isso, durante quase meio século. Depois, disseram-nos que ia haver democracia, mas está difícil encontrar isso na nossa sociedade que mais parece uma Ditadura Disfarçada de Democracia - os novos três “D” de Abril.
Mas, na situação em que o País se encontra, especiais responsabilidades impendem sobre as forças políticas.
Os portugueses gostariam de perceber que a agenda da classe política está, de facto, centrada no combate à crise.
As dificuldades que o País enfrenta exigem que os agentes políticos deixem de lado as querelas que em nada contribuem para melhorar a vida dos que perderam o emprego, dos que não conseguem suportar os encargos da prestação das suas casas ou da educação dos seus filhos, daqueles que são obrigados a pedir ajuda para as necessidades básicas da família.
Não é com conflitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas.
Dah! Então se são “conflitos desnecessários”, logo são desnecessários, não? Mas, já agora, desde quando um conflito é desnecessário? Há aqui uma contradição, pois discutir é necessário para que surja a luz. Quando um conflito é educado e dentro das regras próprias (vulgo Democracia) torna-se efectivamente produtivo. E sempre necessário. Só o consenso forçado é que, para além de desnecessário ao conflito produtivo, é ainda perigoso e conducente à ditadura de uma minoria...
Nesta fase da vida do País, devemos evitar divisões inúteis.
Vamos precisar muito uns dos outros.
Para pagar a Segurança Social...
Portugueses,
Já passámos por outras situações bem difíceis. Não nos resignámos e fomos capazes de vencer.
Já. É verdade. O rei D. João VI fez corte no Brasil quando fomos invadidos pelos franceses. Foi o maior exemplo para o mundo, pois foi a única vez que uma Monarquia Europeia se estabeleceu em território nacional nas Américas. Depois, D. Pedro IV lutou na única Guerra Civil que tivemos e estabeleceu uma Monarquia Constitucional contra os Absolutistas. Sim, acho que Portugal ainda pode dar exemplos ao mundo.
O mesmo vai acontecer agora. Tenho esperança e digo-o com sinceridade.
Eu também, senhor Presidente, eu também...
Cada um deve confiar nas suas competências, nas suas aptidões e capacidades.
Este é o tempo de resistir às dificuldades, aos obstáculos, às ameaças com que cada um pode ser confrontado.
Não tenham medo.
Eu, ao contrário daquele presidente norte-americano que dizia que só devemos ter medo do próprio medo, tenho muitas vezes medo de não ter medo...
O futuro é mais do que o ano que temos pela frente.
O futuro será 2009, mas também os anos que a seguir vierem.
Em 2010 a República faz 100 anos...
Acredito num futuro melhor e mais justo para Portugal, porque acredito na vontade e no querer do nosso povo.
Então, deixem-nos votar livremente na questão do regime!
Para todos, Bom Ano de 2009".
Bom ano, senhor Presidente. Bom ano.
Etiquetas: 2009, Cavaco Silva, Monarquia, Presidente
3 Comentários:
magnifico Fred! EHEHEHEH
Profesor Cavaco Silva, Político Prudente y Moderado
Parabens.Nem o Louçã era capaz de comentar melhor.
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