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20080304

No Porto, como na Calábria

O acidente mortal com um veículo da marca italiana Ferrari que vitimou um informador da PJ do Porto, Carlos Almeida, está a ser investigado pela PJ que desconfia de "ter sido causado por sabotagem, por exemplo, nos mecanismos de travagem ou na direcção da viatura". Também poderiam ter sido usado explosivos, daí o facto de haver igualmente uma equipa da PJ a seguir essa pista. Esclareça-se que o informador seria o destinatário de uma mensagem escrita enviada para o seu telemóvel, alegadamente originária de um inspector da PJ que investigava as mortes da noite do Porto. Essa mensagem dizia o seguinte:

"Olá, amigo Carlos. Haverá alguma possibilidade de algum dos putos de Valbom testemunhar no meu processo que o ‘Pidá’ andava com a C220 preta depois de eles terem baleado o Mauro? É importante ligar o ‘Pidá’ à carrinha. Não se esqueça do que lhe pedi, apenas conto consigo, abraços".

A mensagem, datada de 29 de Setembro de 2007, foi revelada por Telma, a mulher de Bruno ‘Pidá’, que diz ter encontrado o telemóvel de Carlos Almeida na caixa de correio de sua casa. Alguém o teria roubado ao informador da PJ e "ofereceu-o" a Bruno 'Pidá', que, entretanto, seria preso pela PJ no início de Dezembro.



Telma diz ter encontrado o telemóvel de Carlos Almeida na caixa de correio de sua casa. Alguém o teria roubado ao informador da PJ e "ofereceu-o" ao marido, Bruno 'Pidá', que, entretanto, seria preso pela PJ no início de Dezembro. Quando entrevistei Telma no Porto, na véspera de Natal, garantiu-me que o marido estava a ser um "bode expiatório" da PJ. Não sei se isto é verdade ou não, mas que a PJ não sai bem no meio desta confusão, não.

3 comentários:

  1. Há aqui uma questão... Quando é dito se "Haverá alguma possibilidade de algum dos putos de Valbom testemunhar", não podemos partir do princípio de que estava a ser pedido aos "putos" para mentirem.
    Podia apenas estar a perguntar se eles estariam dispostos a "testemunhar" o que sabiam! Sendo assim, onde é que a PJ fica mal vista?

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  2. Se eu quisesse que "os putos de Valbom" testemunhassem o que sabiam, muito provavelmente teria escrito assim: "Haverá alguma possibilidade de algum dos putos de Valbom testemunhar e dizer o que sabe?".
    Acho demasiado "palavroso", em vez de "o que sabe", escrever-se: "(...)que o ‘Pidá’ andava com a C220 preta depois de eles terem baleado o Mauro?". E acrescentar: "É importante ligar o ‘Pidá’ à carrinha". Mas sim, nada disso nos diz que PJ está culpada de tentativa de incriminação... Mas é a impressão que fica e, agora, com este "acidente", vai ser mais difícil vir isso ser esclarecido.

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  3. Põe-te a dizer essas coisas que ainda explodem com o teu topo de gama.

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