É sempre triste quando um jornal fecha, quanto mais dois. É sempre trágico, sobretudo quando há pessoas que vão para o desemprego, vidas que se separam e outras que ficam em situações difíceis. Mas, no fundo, não é este o retrato do país? Eis, portanto, dois jornais que reflectem bem o estado do país, onde a sua imprensa perde cada vez mais força.
Agora há jornais de borla (o que me parece ilegal, pois soa facilmente a concorrência desleal), embora o pior seja a qualidade da informação, que é cada vez mais reduzida, telegráfica, alienante e colada à velocidade da televisão, sem espaço para a reflexão, recolocação dos factos, investigação e denúncia social. Algo que se apresenta sem impacto, mesmo bom para os cordeirinhos estarem anestesiados, tranquilinhos.
Para que um jornal possa sobreviver tem de dar um produto informativo que faça o leitor sentir que valeu a pena dar dinheiro pelo papel impresso.
E para conseguir isso não é nada difícil: basta fazer jornalismo!...
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