Vi há pouco na RTP uma reportagem com o nosso primeiro-ministro, Durão Barroso, no estádio do Dragão, pouco antes do encontro de hoje entre as selecções da Alemanha e Holanda.
Barroso estava acompanhado pelo seu homólogo holandês e disse à jornalista que também já tinha recebido um telefonema do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, a felicitá-lo pela organização portuguesa e a queixar-se, com humor, de que só tinha sido pena que não tivéssemos organizado um resultado melhor para a selecção inglesa, que perdeu no domingo contra a França.
E Durão Barroso concluiu a sorrir para a jornalista qualquer coisa assim (cito de memória): "Eu não organizo resultados de jogos de futebol".
O nosso primeiro-ministro pode não organizar resultados de futebol (e, pelos vistos, face a esta afirmação, ele deverá saber mesmo que existem outras pessoas com capacidade para os organizar e assim reconhece que não há verdade desportiva), mas ele e Blair, juntamente com Bush e Aznar, já organizaram uma guerra no Iraque com aquela história das armas que afinal ainda não foram encontradas...
Sem esquecer outros "arranjos", dos quais apenas podemos suspeitar.
Só que nada disto interessa agora, porque é mais importante andar para aí a zurrar "Portugal" como no anúncio das bandeirinhas promovido pela Federação Portuguesa de Futebol...
Por favor, se existes, sê russo amanhã, e explica a esta brava gente lusitana (que está apenas anestesiada por estes governantes e a sua Imprensa controlada) que, por exemplo, quando dizem que és brasileiro, é preciso também ver que o Brasil, apesar de ter ganho a Taça do Mundo no jogo da bola por cinco vezes, isso não fez com que o país tivesse passado a ser uma nação perfeitamente competitiva a nível mundial. E que, nos EUA, não há grande futebol, porém tal não os impediu de nos vencer na Coreia, e que a Rússia nem sequer é uma selecção favorita.
Existe um outro país cheio de problemas. Está é tapado pela bandeira do pagode.
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