Chineses no Algarve
A propósito do "post" intitulado "Divulgação cultural", onde noticiava a vinda a Portugal de Gavin Menzies, autor do livro "1421 - O Ano em que a China Descobriu o Mundo", uma pessoa amiga chamou-me a atenção para um texto de Joaquim Ferreira do Amaral, publicado no suplemento cultural do "Público", "Mil Folhas", de 13 de Março, onde este último escreveu o seguinte sobre a referida obra:
"Não assinalo aqui (porque isso daria quase para um outro livro) os erros em matéria de facto com que tropeçamos a cada página. São imensos e alguns são extraordinários. A este propósito talvez possa dar um bom conselho ao leitor: não se deixe intimidar com o tom afirmativo, nem dê de barato frases 'en passant', ao estilo de quem diz o óbvio, que toda a gente tem a obrigação de saber. Em muitos casos, está perante verdadeiros disparates, quase ao nível do Menino Tonecas. Por outro lado, não baixe a guarda quando, em questões marginais, o autor utiliza um humilde tom dubitativo, a aparentar uma abordagem de dúvida científica à matéria. A verdade, insisto, é que por mais voltas que se dê o livro não vale nada do ponto de vista científico.
Quer isto dizer que recomendo ao leitor que não o leia?
Não. Em primeiro lugar por uma questão de princípio. A não-leitura nunca é uma recomendação que se faça. Mas, em segundo lugar, como disse de início, porque pode ser que goste deste tipo de ficção. E que aprecie o livro, não como sendo um livro de História, que verdadeiramente não pode ser, mas como um exercício de imaginação ao estilo de 'O Despertar dos Mágicos' ou de outros do mesmo género que fizeram carreira há umas décadas."
Saber se é verdade ou não se o Infante D. Henrique teve acesso a supostos mapas chineses trocados com os árabes após a conquista de Ceuta é, segundo se vê, um grande mistério dos nossos dias.
Aliás, ainda no sábado passado, quando acordei em Lagos e fui ver a do infante nascido no Porto, não pude deixar de pensar nos segredos incríveis segredos para o mundo que ainda hoje estão enterrados naquelas paragens algarvias...
"Não assinalo aqui (porque isso daria quase para um outro livro) os erros em matéria de facto com que tropeçamos a cada página. São imensos e alguns são extraordinários. A este propósito talvez possa dar um bom conselho ao leitor: não se deixe intimidar com o tom afirmativo, nem dê de barato frases 'en passant', ao estilo de quem diz o óbvio, que toda a gente tem a obrigação de saber. Em muitos casos, está perante verdadeiros disparates, quase ao nível do Menino Tonecas. Por outro lado, não baixe a guarda quando, em questões marginais, o autor utiliza um humilde tom dubitativo, a aparentar uma abordagem de dúvida científica à matéria. A verdade, insisto, é que por mais voltas que se dê o livro não vale nada do ponto de vista científico.
Quer isto dizer que recomendo ao leitor que não o leia?
Não. Em primeiro lugar por uma questão de princípio. A não-leitura nunca é uma recomendação que se faça. Mas, em segundo lugar, como disse de início, porque pode ser que goste deste tipo de ficção. E que aprecie o livro, não como sendo um livro de História, que verdadeiramente não pode ser, mas como um exercício de imaginação ao estilo de 'O Despertar dos Mágicos' ou de outros do mesmo género que fizeram carreira há umas décadas."
Saber se é verdade ou não se o Infante D. Henrique teve acesso a supostos mapas chineses trocados com os árabes após a conquista de Ceuta é, segundo se vê, um grande mistério dos nossos dias.
Aliás, ainda no sábado passado, quando acordei em Lagos e fui ver a do infante nascido no Porto, não pude deixar de pensar nos segredos incríveis segredos para o mundo que ainda hoje estão enterrados naquelas paragens algarvias...
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