O primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro decidiu a 1 de Dezembro, no fim do comício de Évora, que no dia 4 iria ao comício extra marcado para o Coliseu do Porto. Três dias antes de Camarate, portanto. Entre os dias 2 e 3 combinou com a secretária, Conceição Monteiro, que a viagem seria feita num avião particular, o que, aliás, era habitual nas suas deslocações partidárias. No fim da tarde do dia 3, Francisco Balsemão, no Porto, garantiu que o Cessna da empresa RAR iria do Porto até Lisboa, na manhã do dia 4, para transportar Sá Carneiro para o Porto pelas 19 horas e levá-lo de volta a Lisboa no fim do comício no Coliseu. Nesse mesmo dia 3, como medida de precaução, Sá Carneiro pediu a Conceição Monteiro que fizesse também quatro reservas para o voo comercial da TAP, que deveria ser usado caso as condições meteorológicas não permitissem a descolagem do voo particular. Por volta da hora do almoço do dia 4, a secretária de Sá Carneiro cancelou o voo da RAR depois de, alegadamente, o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, ter convencido Sá Carneiro a utilizar o Cessna de campanha no qual, inclusive, Amaro da Costa voara na madrugada anterior, juntamente com o general Soares Carneiro, do Porto para Lisboa, após o calendarizado comício do pavilhão Infante Sagres. E este útimo seria o avião que viria a cair. Assim, a ter havido atentado, é perfeitamente possível que fosse destinado a Sá Carneiro, pois já se sabia, desde a noite do dia 1, que este iria num avião particular ao comício do Porto. Agora, ao fim de mais de 30 anos, qual é a verdade que prevalece?
É esta...
Era para o Amaro da Costa Fred !
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