A propósito da polémica sobre as "secretas" em Portugal, aconselho uma "visita" à história do fundador do FBI, J. Edgar Hoover. A carreira deste homem teve um início "explosivo" quando, a 2 de Junho de 1919, rebentaram várias bombas nos EUA, num acto então atribuído a comunistas. Uma dessas bombas explodiu na casa do procurador-geral norte-americano, Alexander Mitchell Palmer...
Cinco meses após os atentados nos EUA e no dia em que se comemorava o segundo aniversário da revolução russa, as autoridades norte-americanas prenderam várias centenas dos seus cidadãos, acusados de serem comunistas. Não conseguiriam a deportação de todos, mas foi o início de um processo de recolha de informações sobre indivíduos que haveriam de consolidar o poder de um só homem...
Com o passar dos anos - 48 anos, até à sua morte, em 1972 - J. Edgar Hoover tornou-se no homem mais poderoso da América, pois as escutas ilegais não captavam apenas as vozes dos criminosos, mas sim a de Presidentes dos EUA e suas amantes. Hoover usava a chantagem para garantir cada vez mais poderes e, assim, com a negociação de segredos com mais segredos, a noção de transparência e Democracia perdeu-se nos EUA.
Sem comentários:
Enviar um comentário