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20090818

Lembrar 1994 ou o que o "Público" não disse...



"Presidência da República teme estar a ser vigiada"... Desculpem lá os senhores do "Público" - não, não é "perseguição" - mas acho que faltou neste texto lembrar que, quando Cavaco Silva era primeiro-ministro e o Presidente era Mário Soares, também se falou que poderia haver escutas em Belém. Foi em 1994, na altura em que se encontrou um microfone no gabinete do Procurador-Geral da República, Cunha Rodrigues (26 de Abril). Era uma fase política muito sensível já que se aproximavam as eleições europeias (12 de Junho) e em Belém discutia-se uma possível dissolução da AR. Dias antes da descoberta do microfone na PGR, Soares acabara de fazer uma "Presidência Aberta" dedicada ao Ambiente e Qualidade de Vida, um bom pretexto para o Presidente levantar críticas ao primeiro-ministro e influenciar resultados eleitorais a favor de António Guterres - reeleito secretário-geral do PS a 13 de Março desse mesmo ano. Depois, a 24 de Junho, deu-se a carga policial sobre os manifestantes na ponte 25 de Abril, e começava a contagem decrescente do cavaquismo...

8 comentários:

  1. As coisas que você não deixa escapar ... Já pensou em ser investigador? :)

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  2. Mas...
    Ele É um investigador!
    As coisas que você deixa escapar...

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  3. virou-se o feitiço contra o feiticeiro ?

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  5. Se o Sr. Anónimo diz que ele é um investigador ... é porque deve ser! Se bem que eu referia-me a ser um investigador a sério...
    É natural eu deixar escapar algumas coisas, pois não sou investigadora nem tão pouco jornalista... sou apenas um ser humano ;)
    Mas obrigada pelo alerta, Sr. Anónimo

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  6. Cara Bela Adormecida:
    "Se bem que eu referia-me a ser um investigador a sério"
    Isto quer dizer que andamos aqui a brincar?
    "É natural eu deixar escapar algumas coisas, pois não sou investigadora nem tão pouco jornalista... sou apenas um ser humano"
    Isto quer dizer que os investigadores e os jornalistas não são seres humanos? Ou quer dizer que são eles os únicos que não deixam escapar as coisas?
    É porque se é um ser humano (o que acredito que sim) não devia deixar escapar certas coisas!
    Tal como toda a gente, independentemente da profissão.

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  8. Sr. Anónimo:
    Quando eu disse "(...) investigador a sério", referia-me a investigador de profissão, detective, etc, etc, etc. Obviamente que o criador deste blog é investigador, uma vez que é jornalista tem de investigar, a menos que já lhe passem as noticias prontinhas para ele não ter trabalho.
    "Isto quer dizer que andamos aqui a brincar?" - Não me lembro de ter falado em o criador deste blog andar a brincar às investigações...(se bem que um pouco de brincadeira de vez em quando ajuda a fastar o mau humor, o stress e ajuda a ficar mais descontraído).
    Obviamente que investigadores, jornalistas, etc., são seres humanos e quando digo que é natural eu deixar passar algumas coisas por não ter essa profissão, quis dizer que eu de certeza deixo escapar coisas mais meticulosas do que uma pessoa que está habituada a estar com atenção às coisas mais pequenas, aos mínimos detalhes.
    E de certeza que o sr. Anonimo, percebeu isso.
    Aproveite para fazer uma pequena brincadeira, relaxe e sorria :)

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