A ERC decidiu hoje a sorte do concurso do 5º Canal de televisão: "5º canal: concurso chega ao fim sem vencedores. Propostas da Zon e Telecinco voltam a ser chumbadas". Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas, reagindo a esta decisão, afirmou que "o Governo continua a considerar que 'há condições em Portugal para um quinto canal generalista de televisão', considerando-o 'essencial' para a futura televisão digital terrestre". Entretanto, a "Telecinco" marcou uma conferência de Imprensa para amanhã, às 15H00, no Hotel Ritz.
Para ajudar a perceber o que está em causa, explique-se que, em Portugal, para além dos canais pagos na TV Cabo, há quatro canais generalistas de emissão livre. Dois são do Estado (RTP1 e 2) e os outros dois são privados, SIC e TVI. O concurso seria para atribuir um quinto canal público, o último para Portugal.
Na realidade, em Portugal há apenas dois canais. Explique-se: o Estado está sub-divido em dois.
E os privados também.
Enquanto o Estado controlar a televisão, esta é dividida pelos dois partidos no poder, que têm sido PSD e PS. Os canais privados estão actualmente sub-dividos entre - e isto são factos - um ex-primeiro-ministro social democrata, Pinto Balsemão (que também é militante número 1 do PSD) e o seu "compadre" espanhol Juan Luís Cebrian (pessoa próxima dos socialistas em Espanha) que mantém à frente do canal um ex-director da RTP, José Eduardo Moniz. A pluralidade informativa é apenas uma ilusão...
Já agora, recorde-se o prefácio que o actual dono da TVI assinou na biografia de Pinto Balsemão, publicada em Dezembro de 1981, quando este último era primeiro-ministro de Portugal...
a resposta está no meu blog.
ResponderEliminar... e depois querem que os portugueses acreditam que Portugal é um Estado de Direito.
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