Quando o NYT disse que, provavelmente, existe um português chamado Jesus que é suspeito de espionagem, lembrei-me de uma anedota do Vuillemin:
Um pregador caminha no deserto a anunciar a vinda do Senhor para breve, até que vê, ao longe, um casal. A mulher vai montada num burro e está grávida. Corre até eles e, entusiasmado, pergunta-lhes:
- Como se chama a senhora?
- Maria.
- E você, o marido dela?
- José.
-Então isso significa que a criança que ela transporta no ventre é Jesus! - diz o pregador repleto de alegria.
o marido interrompe-o e, zangado, responde:
- Olha lá, tu deves estar enganado!... Nós não somos portugueses!
Ainda me lembro quando, há cerca de uma dezena de anos, durante o festival de BD em Angoulême, tive a oportunidade de dizer pessoalmente ao Vuillemin que, apesar do nome José e Maria serem dos mais comuns em Portugal, já o nome Jesus não o era assim tanto. Ele achou estranho, pois parecia ser mesmo lógico. Se Maria e José são nomes bastante comuns em Portugal, então por que não é Jesus? Expliquei-lhe que há casos, mas são as excepções que confirmavam a regra... Jesus, definitivamente, não é um nome que os portugueses usem amiúde, garanti-lhe.
Por isso é que eu acho que não há qualquer espião português chamado Jesus. Se fosse esse o caso, qualquer um de nós já o teria topado à légua.
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