Páginas

20081219

Não se esqueçam da Grécia

Alguns comentadores deste blogue pedem-me uma opinião sobre o que se está a passar na Grécia. Mas, como jornalista, nada posso dizer, pois não fui enviado ao país. Não conheço suficientemente quem está por detrás da real situação. Contudo, se nada opino como cidadão informado é apenas por respeito para com os gregos, que vão ter de resolver o assunto. E nada mais preciso dizer, porque há muito que ando a avisar que quem recusa mudanças pacíficas e democráticas abre as portas à revolução violenta. E esta Europa tem de aprender isso. Tal como avisou há dias um ex-primeiro-ministro português, ex-Presidente da República e ex-eurodeputado, basta uma pequena centelha para se produzir aqui o mesmo que já aconteceu em França e está agora a viver-se na Grécia. Mas, eu vou continuar a lutar para que cá não aconteça o que o Socialista, Laico e Republicano teme que pode vir a acontecer...

2 comentários:

  1. Antes de mais quero agradecer a resposta ao meu desafio de comentário sobre a situação que se vive na Grécia. Tratou-se de um teste, não com efeitos de avaliação de carácter, digamos antes uma radiografia ao que já há algum tempo tenho lido neste e outros blogs. E confirmou as minhas suspeitas. O paciente é definitivamente português até ao tutano.
    Se por um lado demonstra e expõe situações que muitos chamariam de bom grado 'teorias da conspiração', tentando investigar e aprofundar os assuntos com objectividade própria de um jornalista, por outro revela uma faceta de preconceito e até 'auto-censura' quando a realidade começa a ter contornos bem definidos e assusta, atemoriza o cidadão menos informado... O que não é o caso! Ambos sabemos que na Grécia estamos a assistir a um levantamento popular desorganizado, não apenas contra a repressão policial, mas contra esta forma deturpada de democracia que lentamente nos foi imposta em substituição da res publica.
    Mas compreendo o receio de fazer eco do que se está a passar naquele estado da União Europeia, a contestação e a violência poderia (e vai, a meu ver) extravasar fronteiras e seria o fim dos nossos dias felizes, neste cantinho esquecido da Europa...
    É preferivel uma atitude do género
    'Eles que se entendam, nós depois logo vemos...'
    Um pouco como o tema dos Deolinda: 'Agora não me dá jeito. Eu depois vou lá ter.'
    Definitivamente português até ao tutano.
    Mas a verdade é que não é isso que me incomoda. O que realmente me incomoda é a imprensa portuguesa, tirando pequenas excepções, não estar sequer a informar-nos em absoluto sobre um Estado que pertence à 'União' Europeia. É um acontecimento absolutamente fora do normal dentro da União Europeia e a cobertura do mesmo é uma constante repetição da noticia da morte do adolescente às mãos da policia e do grupo de 'anarquistas' que andam a pilhar Atenas e a destruir tudo à sua passagem?! JORNALISMO, FRED, JORNALISMO A SÉRIO!!! Porque as pessoas na ignorância podem revoltar-se cegamente contra tudo e todos.

    ResponderEliminar
  2. Um revoluçãozinha à séria, com cadáveres nos postes e rios de sangue, não me parece nada português... mas vamos ver até quando esta mula dormente aguenta pontapés nos dentes.

    ResponderEliminar