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20081030

A contenda dos contentores



O sr. Tavares foi ontem alvo de uns piropos de estivadores por causa da petição contra a ampliação do terminal de contentores de Alcântara, promovida pela Cidadania LX. Sendo eu natural do Porto, entendo bem o crime contra a capital do país que obriga os lisboetas a viverem de costas voltadas para o imenso rio Tejo. É prioritário investir numa solução que permita ao Porto de Lisboa funcionar em harmonia com a qualidade de vida na cidade. Por isso, estou do lado das opiniões do sr. Tavares. Contudo, o presidente da Câmara, socialista eleito por quem vota em Lisboa, António Costa, disse: "Se do projecto de expansão do terminal de Alcântara resultasse uma muralha de aço, eu seria contra. Mas, como a APL explicou, não é disso que se trata. O que está em causa é saber se a cidade quer o seu porto ou não e todos disseram que sim. Quanto ao projecto em si, a câmara dará o seu parecer quando este lhe for submetido oficialmente ".
O povo é soberano e isso é expresso através de votos em eleições livres. Chama-se ao sistema Democracia, algo vulgarmente aceite por uma maioria de cidadãos desde há cerca de 30 anos. Essas são as regras. Se o sr. Tavares está contra a decisão do homem eleito pelo povo e acha que alguém anda a manipular os estivadores, tem boa solução: ir ele mesmo a votos.

5 comentários:

  1. Caro Frederico: Mas você ainda acredita nas eleições? Julgava-o menos ingénuo... A sério!

    Cumprimentos.

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  2. Ricardo, afinal você é que nos desilude. Acha que o Frederico é assim tão ingénuo? Estamos a falar do Miguel Sousa Tavares... esse é que deve explicar bem se a democracia funciona ou não. é que se ele acha que funciona, então deve candidatar-se. Se acha que não funciona, deve também candidatar-se para ter voz e denunciar isso mesmo!! Apre!!!
    Além disso quem diz que só fala com os estivadores se estiver ao pé de 200 amigos, não é muito democrático, não?

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  3. Miguel Sousa Tavares, ao ter pedido escolta policial para sair da reunião da câmara perante o apupo dos estivadores - que segundo ele estão a ser "manipulados" já que não é o seu emprego que está em causa - revelou que é um menino mimado, snob e sobretudo cobarde. Aliás, a acção teve tanto de encenação que se deve mesmo perguntar se o roubo do computador que diz ter sido vítima não terá sido também ele uma encenação.

    Rui Janeiro

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  4. Bruaca, não percebeu mesmo a ironia... :) Referia-me à frase do Frederico «O povo é soberano e isso é expresso através de votos em eleições livres»...

    Primeiro, não existe «povo», é uma abstracção de sociólogos e políticos. E quanto a «ele» ser «soberano», é de anedota.

    Depois, não há, e se calhar nunca houve «eleições livres»

    Mas o Frederico também estava obviamente a ironizar, daí a perguntinha «capciosa».

    Quanto ao Miguel, sempre foi assim, que fazer!

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  5. O Zenner agora deve ser Eng. de contentores.

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