O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e membro do clube de Bilderberg (Inglaterra, 1977), Medeiros Ferreira, assina hoje um pequeno texto na última página do diário "Correio da Manhã" sobre o casos dos aviões da CIA que, alegadamente, terão passado em território nacional. Esse é um texto pequeno, mas cuja leitura nas entrelinhas merece alguns comentários que coloquei a negro na reprodução que aqui vos deixo:
"Os últimos a saber (É o título. Quem são os últimos a saber, nós ou os governantes? Vamos ver...)
Ainda não é desta que saberemos da missa a metade sobre os chamados "voos da CIA" em território nacional (Ah! Somos nós que nunca iremos saber. O facto de dizer que "ainda não é desta" deixa-nos alguma esperança quanto ao futuro, mas como Medeiros Ferreira fala depois em "missa a metade" e, ainda hoje, estamos para conhecer a verdade sobre muitas outras missas - exemplos: Camarate, Fax de Macau, papel de Portugual no Irangate, Caso Moderna, Caso Lusíada, Caso Casa Pia - creio que os aviões da CIA irão entrar em último lugar desta ilustre lista). Nem o facto de o Ministério da Defesa espanhol ter referido a existência de um avião desses nas Lajes levou as autoridades portuguesas a reagirem (Mas, neste ponto, caro Medeiros Ferreira, qual a surpresa? Há uns anos, os franceses prenderam dois mercenários portugueses que tinham sido contratados pelas autoridades policiais de Espanha para matarem elementos suspeitos de pertencerem à ETA, naquilo que ficou conhecido como caso GAL, e o assunto também foi abafadinho por cá...).
Essa posição fechada das autoridades não será a mais inteligente (Hé pá! Estás a chamar burro ao Sócrates? Olha que ainda apanhas com um processo disciplinar...), tendo em conta que daqui a um mês haverá eleições presidenciais nos EUA (Sim... E?...) e quer Obama, quer McCain já se declararam adversários das prisões em Guantánamo, e ainda mais dos maus tratos a prisioneiros (Sim, como aliás qualquer pessoa inteligente o faria... Mas, ainda assim não estou a entender o que isso significa...) . Isso significa que, para restaurar a imagem dos EUA como 'potência benevolente', vão querer queimar as sementes dos excessos praticados pela Administração Bush e instaurar inquéritos públicos sobre essas matérias. (Hei! Hei! Espera aí!... Queres tu dizer-nos, Medeiros Ferreira, que enquanto ex-ministro socialista dos Negócios Estrangeiros, logo uma pessoa com larga experiência nestes assuntos, que se o presidente dos EUA ainda fosse o W. Bush, então o mais inteligente e correcto seria nada se fazer? Isso não se chama, deixa lá ver se encontro a palavra certa... hum... deixa lá ver... sim, hipocrisia?! Não! Em diplomacia chama-se a isso o "princípio de fidelidade à cooperação e manutenção de boas relações entre duas nações amigas". No café da minha rua é também conhecido como cobardia e baixar as calças aos norte-americanos). Ou seja, há uma batata a aquecer nas mãos dos responsáveis portugueses… (Hé pá, para citar o Astérix: Sabes onde podes meter a brassica?!)".
José Medeiros Ferreira, Professor Universitário (Ex-ministro socialista dos Negócios Estrangeiros e membro do Grupo Bilderberg)
Gostei de ler. Excelente análise.
ResponderEliminarFico contente por ainda haver pessoas de espírito critico!
Frederico
ResponderEliminarSabe o que diz o meu rapaz mais velho?
"Os gajos estão velhos e a ficar gagás", os do grupo tá claro!...
Como vê continuo bem e dura de roer e com uma sapiência adquirida que nem imagina!;-)
Estas análises do Frederico são do melhor!
ResponderEliminarUm excelente trabalho.