Páginas

20080518

Confissões sobre a morte de Robert F. Kennedy

Ao ler o artigo de capa do número deste mês da revista Vanity Fair, sobre Robert F. Kennedy...



... um artigo que lembra a esperança do ano de 1968, há 40 anos, quando o irmão de JFK foi assassinado durante a campanha de nomeação do partido Democrata para o cargo de Presidente dos EUA. A mesma campanha que Barack Obama anda a hoje a fazer...





... a dada altura, li que, quando RFK anunciou a candidatura, o Republicano Richard Nixon declarou: "Acabámos de ver algumas forças malignas serem lançadas". E profetizou ainda o homem que viria depois a ser eleito Presidente dos EUA: "Isto vai acabar mal" e "Só Deus sabe onde isto nos vai levar"...



Aquelas palavras de Richard Nixon fizeram-me lembrar algo que lera há uns anos, mais concretamente no livro "Um Político Confessa-se", o diário do antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Salazar, Franco Nogueira, que aborda os anos de 1960 a 1968...



O ano de 1968 estava bastante agitado, conforme se pode depreender por estas linhas que registam os acontecimentos entre os dias 28 de Março e 4 de Abril, onde Franco Nogueira analisa o anúncio da candidatura de Robert Kennedy e o assassinato de Martin Luther King...



O momento mais revelador das confissões do ex-ministro de Salazar, contudo, surgem quando ele fala da sua deslocação, 20 dias depois da morte de Luther King, à reunião anual do grupo Bilderberg...




É de reter a afirmação do ex-primeiro-ministro do Canadá, Lester Pearson, registada no diário de Franco Nogueira no dia 30 de Abril de 1968, na qual se diz que Robert F. Kennedy, tido como um "farsante", se fosse eleito tal seria "uma tragédia para os EUA e para todos". E ainda: "Espero que isso não aconteça" (entendendo-se nesta última frase que Pearson esperava era que RFK não fosse eleito)...



Respondendo aos desejos do homem de Bilderberg, RFK não seria, de facto, eleito. Pouco mais de um mês após aquelas palavras, no início de Junho, o candidato a candidato foi assassinado em Los Angeles, facto que provocou o seguinte comentário de Franco Nogueira...




Hoje, 40 anos volvidos, os EUA enfrentam uma guerra fora fronteiras, voltou uma crise mundial e há um candidato Democrata que oferece uma nova esperança, como aquele que seguia em frente em 1968...



Por isso, tal como há 40 anos, temo o pior em relação a Barack Obama ou "para todos nós", caso ele seja eleito. Aviso ainda que não faço profecias e uma convicção alicerçada em probabilidades não é uma certeza. É apenas uma opinião para ter em conta e ser partilhada para que todos estejam atentos...

1 comentário: