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20071007

Os homens de Glasgow

Após o anúncio da saída de Tony Blair do Nº10 de Downing Street (a 10 de Maio), o antigo ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, tomou em mãos a liderança do governo de Sua Majestade a meio do termo, sem eleições. Foi a 27 de Junho. Tal como Portugal 2004, com a saída de Durão Barroso para Bruxelas e a chegada de Santana Lopes a S. Bento, a oposição pediu eleições antecipadas para legitimar o novo poder. Gordon Brown beneficia de uma maioria superior a 60 lugares no Parlamento, tinha bons níveis de intenções de voto pelo que se especulava que iria convocar eleições para este mês. Ou Novembro. David Cameron, o jovem líder dos Conservadores preparava-se para o embate. Só faltava a decisão final de Brown - na Monarquia de Inglaterra, ao contrário do que acontece na nossa República, a Rainha não dissolve o Parlamento nem convoca eleições. É obrigação da consciência política do primeiro-ministro a tomada dessa decisão.
Gordon Brown estava encerrado no seu labirinto...



Este sábado, depois do aniversário do seu filho John (de quatro anos), conheceu-se a decisão final do primeiro-ministro inglês: não haverá eleições até ao fim do mandato originalmente dado a Tony Blair e que termina em 2009. O Governo de Brown, tal como o de Santana Lopes, está agora mais exposto às críticas...



Vão por mim, que tanto faz, que ainda haveremos de vir a ouvir falar de grandes coisas nos próximos tempos e acho mesmo que até o caso da pequena menina inglesa que desapareceu em Maio no Algarve, pouco antes de cumprir quatro anos de idade, poderá conhecer novos e interessantes desenvolvimentos.
Não é uma certeza. Apenas um receio...

2 comentários:

  1. O Santana saiu porque em apenas algumas semanas como PM estava já a tornar-se muito incómodo com certas medidas que preparava, como obrigar os bancos a pagar mais impostos. O próprio Sampaio nunca apresentou um único motivo contreto para a justificar a dissolução do governo santanista, poucos meses após uma tomada de posse que seguiu todas as regras do «jogo democrático».
    Acho que o Brown não é nada incómodo e por isso não tem nada a temer.

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  2. O Frederico tem que nos dar mais um bocadinho de informação sobre essas suas suspeitas (e descobertas?). Deve-nos isso a nós, os que seguimos as investigações que vai desenvolvendo. Não as guarde só para si.
    Parabéns pelo seu trabalho.

    Maria

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