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20060202

Portugal tem solução

Portugal, ao contrário do que nos querem dar a entender não tem Rei.
Mas existe uma solução que tem estado escondida da discussão popular.
D. Duarte, apesar de ser apelidado de "Rei" por alguns cidadãos e até de ser considerado o digno representante da família real dentro do protocolo da República, não será automaticamente considerado o Rei de todos os portugueses no dia em que o país vier a progredir para uma Monarquia Constitucional.
Aliás, é precisamente devido ao facto de D. Duarte ser apresentado como Rei de Portugal, que os portugueses julgam que a Monarquia não faz sentido, uma vez que a sua pessoa não parece ter a capacidade mobilizadora para a tal aclamação popular da população que, adormecida pela propaganda republicana, não sabe que é monárquica em sentimentos e intenções.
Explique-se que o acontecimento que ontem fez 98 anos - o atentado ao Rei D. Carlos e Príncipe Real, D. Luiz II -, abriu caminho para a revolta republicana de 1910. Essa revolta obrigou ao exílio do jovem D. Manuel II, o último Rei de Portugal e que morreu em Inglaterra, sem descendência, na véspera de Salazar formar governo.
Graças ao vazio na realeza portuguesa e a uma divisão entre monárquicos em relação ao sucessor de D. Manuel II, Salazar ditou o que quis.
E, após o 25 de Abril, sente-se hoje na rua que Portugal continua a ser um país adiado em soluções sem que o povo perceba muito bem o que falhou...
É assim desde há 98 anos...
Acontece que a questão da sucessão de D. Manuel II nunca foi oficialmente determinada.
Portugal não tem Rei.
D. Duarte descende do ramo dinástico do Rei D. Miguel, que era o irmão mais novo de D. Pedro IV, também conhecido como D. Pedro I do Brasil.
A luta entre estes dois irmãos, o primeiro absolutista e o segundo constitucional, provocou a única guerra civil que Portugal conheceu, as lutas liberais de 1832 e 1834.
E, de acordo com a história, sabe-se que ganhou D. Pedro IV, pelo lado constitucional.
E, D. Miguel, derrotado, não foi fuzilado.
Mandaram-no para o exílio.
Viveu e criou descendência na Áustria, mas determinou-se, visto que tanto mal causara ao país, que os seus filhos, netos, trisnetos e assim por diante, jamais teriam direito ao trono de Portugal.
Salazar, nos anos 50, vinte anos após a sua chegada ao poder, vinte anos após a morte do último Rei de Portugal, determinou, por razões humanitárias, que os descendentes de D. Miguel podiam regressar a Portugal.
E o povo, entretanto com duas guerras mundiais nos ossos, com uma ditadura sem fim, esqueceu-se do Rei que ganhara a guerra, pois com a morte de D. Manuel II, que não deixou descendência, perdeu-se o ramo familiar de D. Pedro IV.
Havia família de D. Pedro no Brasil. Mas essa é do Brasil, logo sem direitos reais ao trono de Portugal.
Por isso, a facção que perdeu a guerra civil regressou ao poder no meio da noite...
E isso está hoje esquecido no seio da população. É também o resultado de branqueamento da História de Portugal.
Reina assim em Portugal a facção derrotada da guerra civil sem que o povo descendente de quem a combateu saiba disso.
Por isso, Portugal está derrotado no seu espírito e não compreende a razão desta falta de ordem e de Rei na sociedade...
Para repôr a ordem das coisas, Portugal precisa de começar a aprender a discutir abertamente os seus problemas.
Daqui a uns tempos vos direi que existe solução e quem poderá ser o legítimo Rei de Portugal.
Ele existe e não é um estrangeiro.
Ele é um empresário.
É descendente de uma irmã de D. Pedro e D. Miguel.
Ele está no meio de nós.

2 comentários:

  1. Já viram esta do aldrabão que anda a enganar Portugal http://www.duarteotretas.blogspot.com/

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  2. O único problema disto tudo é que o Duarte Pio muniu-se de "amiguinhos" para o ajudarem na promoção das mentiras e na conservação do trono e, em troca, concede-lhes umas medalhinhas e honras afins.

    Para que conste: a única sucessora directa da coroa portuguesa foi D. Maria Pia de Saxe Coburgo Bragança, filha do Rei D. Carlos I de Portugal com D. Maria Amélia Laredo e Murca e, consequentemente, irmã do Rei D. Manuel II.

    A seu tempo a verdade virá ao de cima e cairão por terra muitos dos monárquicos que andam enganados pela falsa Causa Real Duartina.

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