Esta história é conhecida, contudo descobri o livro onde a mesma surge e aproveito para documentá-la aqui com as imagens todas.
Ver para crer...
Vamos então aos factos:
Em 1977, Artur Agostinho escreveu este livro...
... onde publicou a ordem de captura emitida contra si pela comissão de extinção da PIDE e assinada a 27 de Setembro de 1974, véspera da manifestação de apoio ao então Presidente da República, António Spínola, que ficou conhecida como a fracassada manifestação da "Maioria Silenciosa".
Conta depois o autor que foi detido no dia seguinte e mandado para a prisão de Caxias, a mesma onde estavam os prisioneiros políticos antes do 25 de Abril de 1974. Passados uns dias, e como estava detido sem culpa formada, Artur Agostinho pediu à mulher que fosse solicitar um advogado que o tinha representado no passado em casos não relacionados com a política. Porém, a mensagem que a mulher lhe transmitiu na volta foi a de esse advogado recusou-se a representá-lo tendo justificado que só falara com Artur Agostinho "duas ou três vezes", pelo que seria melhor procurar outra pessoa para a sua defesa política.
Artur Agostinho revelou depois o nome do "paladino da justiça e da Verdade" que se recusara a defendê-lo: Jorge Sampaio, com escritório na Rua Duque de Palmela, nº 27 - 5º Direito. E, para que não houvesse dúvidas quanto aos contactos anteriores, publicou o recibo que lhe fora passado anos antes por esse mesmo advogado e ainda...
... uma elogiosa carta a si dirigida e assinada pelo mesmo "Jorge Sampaio".
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