Na sua crónica desta semana no suplemento "Economia & Internacional" do semanário "Expresso", o jornalista Jorge Fiel, a propósito da polémca sobre a invasão económica de Portugal pelos espanhóis, escreve que "quando atravessamos o Minho, em direcção ao Norte, ou o Guadiana, rumando a Leste, muda a língua mas não muda a paisagem".
Nada mais falso!
Em Julho deste ano estive em Madrid.
Em Agosto deste ano estive na Galiza.
Ao atravessar qualquer uma das fronteiras, soube logo onde terminava Portugal e começava Espanha, pois bastou-me olhar para a paisagem.
Em Portugal, para além da estrada estar em pior estado e mal sinalizada, também as bermas da mesma estavam cheias de mata mal podada.
Em Portugal, não havia florestas uma vez que tinham ardido, enquanto que em Espanha, na zona da Galiza, imperava o verde graças a uma cultura mais civilizada de preservação dos recursos naturais.
E, a caminho de Madrid, a paisagem é diferente, com mais sinais de actividade agrícola a fazer pensar no triste Alentejo que deixámos para trás.
A potência económica de um país reflecte-se directamento na sua paisagem que ou é ordena ou desordenada. E em Portugal não há ordem.
Dá dó entrar em Portugal depois de percorrer as estradas espanholas...
Só os infiéis é que não vêem isto.
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