O grande arquitecto do "Expresso" vai ser substituído.
Quem tem acompanhado este blogue conhece a minha opinião sobre o senhor, mas isso deve-se apenas a questões profissionais, uma vez que não nos conhecemos pessoalmente. Aliás, eu até deveria ter elogiado a sua crónica de análise política de há duas semanas. Num rasgo de originalidade, Saraiva supreendeu-me pela positiva quando apresentou um retrato da corrida presidencial completamente oposto à realidade. Ou seja, Cavaco Silva concorria a Belém contra outros candidatos à direita e Mário Soares é que conseguira a unidade à esquerda. Mas, na semana passada, Saraiva voltou a desiludir-me quando teve a necessidade de explicar que não estava "gagá", isto depois de vários familiares seus terem sido confrontados com a questão por parte de leitores...
Serviu este pequeno episódio para constatar várias coisas. Eis o que eu descobri:
Os amigos dos familiares do arquitecto não perceberam o que ele quis dizer, mas eu percebi e gostei.
Os amigos e familiares do senhor arquitecto pensaram que ele estava "gagá", mas eu vi naquela original crónica um rasgo de génio. Algo raro, algo que me surpreendeu a ponto de, na altura, nem sequer ter sabido o que escrever neste blogue, pois tal fora o espanto em mim causado... Porém, Saraiva sentiu que tinha a necessidade de se explicar na semana seguinte. Isso devolveu-o à normalidade básica da sua pessoa. Creio ter percebido que o mal do arquitecto, afinal, não é ele próprio. O mal são os que o rodeiam e não o deixam demonstrar as suas originais capacidades criativas.
Arquitecto Saraiva, deixo-lhe um conselho: mude de amigos!
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