Blogue do jornalista Frederico Duarte Carvalho, com coisas que tanto faz que se saibam porque em nada servem para o que sabemos. e-mail: paramimtantofaz@gmail.com
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20050629
A prova
Para quem precisa de ver imagens para acreditar naquilo que eu sempre disse, aqui fica uma cópia do relatório da Inspecção-Geral de Finanças que foi entregue à VIII Comissão de Inquérito Parlamentar de Camarate, em Dezembro passado.
Pode-se constatar que no dia 2 de Dezembro de 1980, o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, enviou um ofício cujo teor era "Exportação de material de guerra para o Irão", onde solicitou que o Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) o informasse com "urgência" o que for tido como "conveniente".
A 5 de Dezembro de 1980, um dia após a morte do primeiro-ministro e ministro da Defesa em Camarate, o EMGFA elaborou um ofício com o teor: "Exportação de material de guerra para o Irão".
Idêntico ofício foi também elaborado no dia 22 de Janeiro de 1981, ou seja, um dia após a tomada de posse de Ronald Reagan e George Bush pai como presidente e vice-presidente do EUA, e que "coincidiu" com a libertação dos 52 reféns norte-americanos que estavam há 444 dias detidos em Teerão...
Conclusão: Portugal andava metido num negócio ilegal de exportação de armas para o Irão e isso terá beneficiado directamente George Bush, pai do actual presidente dos EUA.
Não sei se Camarate foi atentado ou acidente, mas uma coisa é certa: caso as informações constantes da fotografia que aqui se publica tivessem sido reveladas nos dias seguintes a Camarate, quer Ronald Reagan, quer George Bush, corriam o sério risco de virem a ser presos por diplomacia paralela (visto que negociaram a NÃO libertação dos reféns no Irão e impediram Jimmy Carter de ter condições políticas para ser reeleito) e conspiraram contra o seu país. Traição à pátria é o que se chama a esse crime...
Hoje, se esta foto chegar à América, ainda é capaz de chatear algumas pessoas bem importantes...
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