O que eu particularmente gosto em jornais como "Público" e "Expresso" é o que eu sei que eles NÃO dizem aos leitores...
Sobre o "Expresso" estamos conversados - tentem, por exemplo, encontrar uma notícia sobre os encontros de Bilderberg como fez "O Crime" com as fotos de António Guterres...
Sobre o "Público", chamo a atenção para o artigo de hoje sobre a evocação da vitória de Cavaco Silva no Congresso do PSD de há 20 anos, na Figueira da Foz.
O "Público" lá conta que a história da rodagem do carro é "bonita", mas "falsa" e, para isso citam um trabalho do jornalista do "Expresso", Henrique Monteiro, datado de 1995. Ainda falam do facto de Cavaco ter ficado num canto "discreto como convinha a quem chegava sem ambições de maior", conforme o jornalista António Prata escreveu no "Independente" a 6 de Abril de 1990.
O que o "Público" não diz, é que Cavaco Silva escreveu na sua autobiografia política, primeiro volume (pág 62), que durante o funeral de Mota Pinto insistiram consigo para ser ele o líder do PSD no Congresso que se iria realizar daí a 10 dias...
O que o "Público" também não disse, citando a mesma biografia, que Cavaco Silva já tinha garantido pessoalmente o seu apoio à candidatura de Freitas do Amaral à Presidência da República, que tinha sido anunciada a 26 de Abril, dias antes da morte de Mota Pinto... Coisa que Freitas confirmou no seu livro de memórias de pequenas histórias.
Aliás, no trabalho do sábado passado, dia 7, sobre a passagem dos 20 anos da morte de Mota Pinto, o "Público" - dentro do género a que já nos habituou de não dar informações aos leitores que entregam os seus euros pelo papel impresso na expectativa de obter informações provenientes de encartados jornalistas que se acredita serem profissionais, isentos e livres -, não disse que Mota Pinto iria apoiar a candidatura de Mário Soares à Presidência da República e que tal só não ocorreu devido à sua morte súbita dez dias antes do Congresso da Figueira da Foz e, conforme o que é ainda garantido por Cavaco Silva no primeiro volume da autobiografia política (novamente na pág.62), "a ideia dominante era a de que o Congresso da Figueira da Foz apelaria ao regresso de Mota Pinto à liderança do partido"...
Os jornalistas do "Público" lá sabem porque optam em não dar estas informações aos seus leitores. Mas que as sabem, sabem...
Sem comentários:
Enviar um comentário