Quarta carta a um estrangeiro sobre o Portugal de hoje
Caro estrangeiro,
Hoje morreu a irmã Lúcia.
Esta senhora faleceu com 97 anos e foi a última sobrevivente do grupo de três postorinhos que, em 1917, testemunharam a aparição da Virgem Maria em Fátima. Por causa desta morte, o líder do PSD, Santana Lopes, e o seu companheiro da actual coligação governamental, o líder do Partido Popular (PP), Paulo Portas, adiaram as acções de campanha.
Ontem, o semanário "Expresso", um dos jornais mais lidos no País e uma referência política única - que pertence a um empresário chamado Francisco Pinto Balsemão, membro número 1 do PSD, antigo primeiro-ministro (1981-1983) e dono de uma importante televisão privada, a SIC - noticiou que aquele artigo publicado no diário "Público" a garantir que um outro antigo primeiro-ministro do PSD, Cavaco Silva, teria confessado em privado que preferia a vitória do PS em vez da de Santana Lopes, afinal terá tido origem dentro do seio de apoiantes de Santana Lopes. Tudo para obrigar depois Cavaco Silva a esclarecer publicamente a sua posição política.
Não está nada mal vista a ideia...
Só que há umas questões que tal situação levanta e que o "Expresso" não consegue explicar: Quer-se então dizer que os jornalistas do "Público" foram "instrumentalizados" pelas suas fontes? Ou pretende o "Expresso" insinuar que os jornalistas do "Público" foram uns meros escribas que servem apenas para os políticos fazerem os seus joguinhos?
Quereria o "Expresso" apontar ainda um dedo acusador ao diário "Público" e classificar os seus profissionais de serem maus jornalistas, uma vez que os artigos sobre Cavaco Silva não mencionavam nomes de fontes e, afinal, destinavam-se a favorecer Santana Lopes?
E, o mais engraçado, é que nos querem convencer que Santana Lopes, afinal, depois de tantos ataques que teve contra si, agora já tem jornalistas a fazerem-lhe "carinhos" num diário que pertence a um empresário, Belmiro de Azevedo, que é público o facto de nunca ter estado a favor do actual primeiro-ministro.
Isto anda muito confuso, mas ainda bem que já só falta uma semana para as eleições...
Hoje morreu a irmã Lúcia.
Esta senhora faleceu com 97 anos e foi a última sobrevivente do grupo de três postorinhos que, em 1917, testemunharam a aparição da Virgem Maria em Fátima. Por causa desta morte, o líder do PSD, Santana Lopes, e o seu companheiro da actual coligação governamental, o líder do Partido Popular (PP), Paulo Portas, adiaram as acções de campanha.
Ontem, o semanário "Expresso", um dos jornais mais lidos no País e uma referência política única - que pertence a um empresário chamado Francisco Pinto Balsemão, membro número 1 do PSD, antigo primeiro-ministro (1981-1983) e dono de uma importante televisão privada, a SIC - noticiou que aquele artigo publicado no diário "Público" a garantir que um outro antigo primeiro-ministro do PSD, Cavaco Silva, teria confessado em privado que preferia a vitória do PS em vez da de Santana Lopes, afinal terá tido origem dentro do seio de apoiantes de Santana Lopes. Tudo para obrigar depois Cavaco Silva a esclarecer publicamente a sua posição política.
Não está nada mal vista a ideia...
Só que há umas questões que tal situação levanta e que o "Expresso" não consegue explicar: Quer-se então dizer que os jornalistas do "Público" foram "instrumentalizados" pelas suas fontes? Ou pretende o "Expresso" insinuar que os jornalistas do "Público" foram uns meros escribas que servem apenas para os políticos fazerem os seus joguinhos?
Quereria o "Expresso" apontar ainda um dedo acusador ao diário "Público" e classificar os seus profissionais de serem maus jornalistas, uma vez que os artigos sobre Cavaco Silva não mencionavam nomes de fontes e, afinal, destinavam-se a favorecer Santana Lopes?
E, o mais engraçado, é que nos querem convencer que Santana Lopes, afinal, depois de tantos ataques que teve contra si, agora já tem jornalistas a fazerem-lhe "carinhos" num diário que pertence a um empresário, Belmiro de Azevedo, que é público o facto de nunca ter estado a favor do actual primeiro-ministro.
Isto anda muito confuso, mas ainda bem que já só falta uma semana para as eleições...
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