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20041019

A culpa é da FIFA

Que foi golo, todos nós já sabemos. Agora, será que o árbitro do último Benfica-Porto, Oligário Benquerença, poderia ter decidido validá-lo conscientemente? Claro que não: na dúvida... não se assinala. Quer isto dizer que não se beneficia a equipa que ataca... Devo andar muito enganado, mas há uns tempos ouvi dizer a propósito da regra do fora-de-jogo, que, em caso de dúvida, deveria beneficiar-se a equipa que ataca, pois o objectivo do futebol, e o que leva as pessoas aos estádios e dá dinheiro aos clubes, são os golos. Aquilo a que se chama de "espectáculo".
Só que isto anda tudo ao contrário e, por isso, há muito que deixei de ir ver um jogo da bola aos estádios. Pensei ainda que aquela ideia de recorrerem às novas tecnologias, como, por exemplo, utilisar imagens televisivas para as decisões mais polémicas, teria pernas para correr. Uma câmara fixa junto à baliza poderia ter resolvido na hora a questão do golo. Tal e qual como as câmara fotográficas decidem os vencedores dos 100 metros nos Jogos Olímpicos. Se o comité Olímpico as usa, por que não a FIFA?! Pelos vistos, ainda há resistências.
Os norte-americanos têm um "slogan" para o basquetebol que é "I Love This Game". E nós? Francamente, só me ocorre algo dentro do estilo do que um seleccionador campeão do mundo disse há uns tempos a um jornalista. É melhor nem dizer.

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